segunda-feira, 31 de maio de 2010

ORAÇÃO DO DINHEIRO


DINHEIRO - Bezerra de Menezes

O dinheiro não é luz, mas sustenta a lâmpada.
Não é a paz, no entanto, é um companheiro para que se possa obtê-la.
Não é calor, contudo, adquire agasalho.
Não é o poder da fé, mas alimenta a esperança.
Não é amor, entretanto, é capaz de erguer-se por valioso ingrediente na proteção afetiva.
Não é tijolo de construção, todavia, assegura as atividades que garantem o progresso.
Não é cultura, mas apoia o livro.
Não é visão, contudo, ampara o encontro de instrumentos que ampliam a capacidade dos olhos.
Nao é base da cura, no entanto, favorece a aquisição do remédio.
Em suma, o dinheiro associado à consciência tranquila, é alavanca do trabalho e fonte da beneficência, apoio da educação e alicerce da alegria, é uma bênção do Céu que de modo imediato, nem sempre faz felicidade mas sempre faz falta.






domingo, 30 de maio de 2010

JESUS E O RICO INSENSATO


Jesus realizava uma de suas concorridas reuniões. A multidão estava extasiada. Até que, numa pausa mais longa, um dos presentes pediu:
- “Mestre, diga a meu irmão que reparta comigo a herança.”
Por que aquela pessoa interrompeu a pregação? Para tirar dúvidas sobre o assunto? Acrescentou algo às lições transmitidas? Nada disso! Desejava apenas cuidar de seu interesse pessoal. Enquanto Jesus revelava os segredos do Céu, ele pensava nos cofres da Terra.
Assim acontece nas Casas Espíritas, principalmente em reuniões mediúnicas. Onde este intercâmbio sublime é um contato com o sagrado, convocando-nos ao cultivo de valores espirituais; os benfeitores do Além retornam para orientar-nos em relação aos deveres da vida; alertam quanto ao indispensável esforço em favor de nossa renovação; advertem quanto aos vícios e mazelas; estimulam ao Bem e à Verdade. Mas, infelizmente, sempre há os que parecem cegos aos objetivos da reunião, surdos aos apelos da Espiritualidade. Porque cultivam o intercâmbio como quem procura um gabinete médico, uma agência de empregos, um consultório sentimental. Assediam os mentores espirituais com pedidos inoportunos em torno de interesses imediatistas. E se não são atendidos, logo se afastam dizendo: “CENTRO FRACO!”
Mas Jesus respondeu dizendo:
- “Homem, quem me nomeou juiz entre vocês?”
E dirigindo-se ao povo disse:
- “Tenham cautela e preservem-se de toda avareza, porque a vida de cada um não consiste na abundância dos bens que possui.”
E usando da habilidade de sempre, ensinou contando uma parábola:
- “O campo de um homem rico produziu em abundância. E ele questionava consigo mesmo: “Que farei, pois não tenho onde guardar os meus frutos. E disse: Farei o seguinte: demolirei os meus celeiros, construirei outros maiores e neles amontoarei toda a minha colheita e os meus bens. Então, direi à minha alma: você tem em depósito muitos bens para muitos anos. Descansa, come, bebe e regala-te!”
Mas Deus lhe disse:
- “Insensato, nesta noite pedirão a tua alma, e o que amontoaste de quem será?”
E Jesus conclui dizendo:
- “Assim acontece a quem entesoura para si e não é rico relativamente a Deus.”
Aqui, Jesus aborda a preocupação com os bens materiais em detrimento dos bens espirituais. A ilusão sobrepondo-se à realidade. O transitório ao permanente. Para a maioria das pessoas, a vida não vai além dos horizontes humanos. Sabem que a morte é a única certeza da jornada terrestre. Em alguns anos ou algumas décadas todos retornaremos à espiritualidade. No entanto, vivem como se devessem estagiar na carne, indefinidamente. Por isso, envolvem-se demasiadamente com valores passageiros. Quantas oportunidades jogamos fora, simplesmente porque esquecemos que aqui estamos para evoluir, superando mazelas e imperfeições. Perdemos tempo perseguindo bens que nunca chegaremos a usar. Transformamos o dinheiro, que deveria ser apenas parte da vida, em finalidade dela. Advogados astutos estimulam clientes em potencial a reivindicar nebulosos direitos. Não estão interessados em promover a justiça. Pensam em gordos honorários. Em repartições públicas, funcionários aceitam propina para dar andamento a uma petição, para despacho rápido e favorável. Há médicos que, pedem uma bateria de exames desnecessários. Porque tem acordo com os laboratórios. Ganham comissão sobre o valor cobrado. Na atividade religiosa, temos pregadores que literalmente cobram pedágio dos crentes para o céu.
Pessoas assim ficam bem, financeiramente. Mas espiritualmente, acabam mal. Porque detemos os bens materiais em caráter precatório. Não nos pertencem. Deles prestaremos contas a Deus. Jesus recomenda que sejamos ricos diante de Deus. Uma riqueza formada de valores imperecíveis. Isto não significa que devemos ser pobres diante dos homens. Não é “pecado” ter dinheiro. Podemos melhorar nosso padrão de vida, desfrutar de conforto, desde que observemos dois princípios fundamentais: HONESTIDADE E DESPRENDIMENTO. Nossas iniciativas envolvem pessoas que nos compete respeitar. Por exemplo? Cobramos o preço justo por nossos serviços? Remuneramos adequadamente nossos funcionários? Vendemos nosso produto sem explorar o comprador ou lesá-lo em sua boa fé? Agimos com justiça em nossas transações?
Por isso, podemos nos dar muito bem ou muito mal com nosso dinheiro. Se o usamos para ajudar e amparar os menos afortunados, estaremos construindo um futuro de bênçãos. Se, porém, nos apegamos, estaremos apenas cristalizando tendências à usura e à ambição, que resultarão em amargos desenganos quando formos convocados a prestar contas de nossa vida.
Num dia qualquer, quando pedirem nossa alma, o que levaremos? O que nos pertence? Como disserem os Espíritos à Kardec: “Levaremos aquilo que pudermos carregar.” Então podemos concluir que, nossos pertences encontram-se na alma. Ela sim deve ser o celeiro de boas ações.

JESUS CUROU O PARALÍTICO DA PISCINA



Em Jerusalém, havia um grande tanque (ou piscina), destinado a banhos em comum. Tal piscina era alimentada por uma fonte natural, cuja água parece ter tido propriedades curativas, como acontece com várias fontes do nosso país, como: Poços de Caldas, Lindóia, Caxambu, etc. E esta fonte, em certas épocas, jorrava com força, agitando a água da piscina. Um grande número de enfermos, cegos, coxos, paralíticos, ficavam em volta esperando que a água se movesse. Porque eles creditavam que a água se movia, porque descia um anjo que a agitava, e o primeiro que entrasse no tanque, depois da movimentação da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse.
Então, um dia, Jesus que estava por ali, viu naquele tanque um homem que estava enfermo há 38 anos. E com seu olhar perscrutador (investigador), Jesus desceu aos foros (tribunais de justiça) mais recônditos (escondidos) da consciência daquele homem, e tomado de compaixão pelo enfermo, e para dar um ensinamento que deveria repercutir através das gerações, sem aguardar a agitação das águas, ele próprio, deliberou curar o paralítico. E com um gesto de generosidade se dirige ao enfermo e lhe diz:
- Queres ficar são?
O doente, com sua crença infantil e sem conhecer aquele que consigo falava, lhe respondeu:
- Senhor! Não tenho quem me ponha no tanque quando a água se mover; enquanto eu vou, outro desce antes de mim.
Disse-lhe, então Jesus:
- Levanta-te, toma teu leito e anda.
E imediatamente, ao influxo da divina palavra, a paralisia desapareceu, e o homem tomou seu leito e andou.

* A poderosa ação de Jesus, cuja autoridade moral sobre os Espíritos maléficos era extraordinária, aliada à manipulação dos fluidos atmosféricos convertidos em substancia medicamentosa; explica a cura do enfermo há tantos anos paralítico. Ou seja, Jesus, talvez, tenha afastado algum Espírito que obsidiava aquele enfermo (como aconteceu à Peixotinho, que antes de ser o grande médium de efeitos físico que foi, sofreu de uma dura obsessão, que o fez sofrer com uma paralisia nas pernas sem explicação e ataque de letargia, morte aparente, foi salvo por seu pai de ter sido enterrado vivo); e Jesus, também, aplicou-lhe um passe magnético (quando ministrado somente com os recursos fluídicos do próprio passista). E isto incomodou os judeus . . .
Porque os judeus eram rigorosos em guardar o sábado. Por isso, revoltaram-se contra Jesus por haver “violado este dia”, e quiseram impedir o “curado” de levar a cama. Mas o recém sarado, não os obedeceu e respondeu:
- Aquele que me curou disse: “Toma o teu leito e caminha.”
Como quem diz: “Eu não posso deixar de ouvir a palavra de quem me curou para ouvir a vossa, que nunca teve poder de me curar, nem mesmo de me colocar no tanque quando a água se movia.”
O “curado” não sabia ao certo quem o curou, porque Jesus retirou-se rapidamente, por haver muita gente naquele lugar. Só depois Jesus o encontrou no templo e lhe disse:
- Olha, já estás são; não peque mais, para que não te suceda coisa pior.
Por essas palavras, Jesus deu-lhe a entender que a sua doença era efeito de algo que ele havia causado contra a lei divina e que, se ele não melhorasse sua atitude, poderia vir a ficar enfermo novamente, e com mais rigor.
* Como disse Joanna de Ângelis: “Não há doenças, há doentes”; ou seja, as doenças existem porque somos doentes da alma. Ex: ódio, rancor, mágoa, vingança, vícios de bebida, cigarro, tóxicos, sexo desregrado, etc.
* Mas, por que será que só um enfermo mereceu a graça da cura sem a agitação das águas, enquanto os outros permaneceram esperando o momento propício para entrar no tanque?
Cairbar Schutel: É, que, provavelmente, todos os que ali estavam, como acontece ainda hoje com a maioria dos enfermos que buscam as curas espiritas, buscavam unicamente a cura do corpo, a cura dos males físicos, enquanto que o paralítico provavelmente não só desejava a liberdade do corpo, como também a do Espírito.
Então, lembremos que o Espiritismo “cura sobretudo as moléstias morais”. Não queiramos dar maior importância à cura de corpos do que ao fim principal do Espiritismo, que é “tornar melhores aqueles que o compreendem.”

sábado, 29 de maio de 2010

JESUS FALA DA CASTIDADE


Disse Jesus:

- Há eunucos, que nasceram assim; outros foram feitos eunucos pelos homens; e outros há que se fizeram eunucos por causa do Reino dos Céus . . . (Mateus, 19:10-12).

Eunuco, é o indivíduo impotente, cujas glândulas sexuais estão atrofiadas ou foram extraídas.

Jesus reporta-se a três tipos de eunuquismo:


· Os que nasceram assim.
Em virtude de deficiência fisiológica congênita, estão impedidos de uma vida sexual normal.
Certamente, guardam embaraçosa dúvida:
- Por quê?
Outra, decididamente perturbadora:
- Por que comigo?
Se aceitamos a existência de Deus e concebemos que é absolutamente justo, será impossível responder a essas indagações sem admitir a reencarnação.
O eunuco congênito está em resgate cármico. Paga por deslizes de pretéritas existências.
O libertino, empolgado com aventuras nos domínios do sexo, que elegeu a irresponsabilidade por padrão de conduta, candidata-se a renascer com problemas dessa natureza.
A impossibilidade de dar razão aos seus impulsos o ajudará a refrear suas tendências, ao mesmo tempo que o situará em conflito íntimo, quais tormentas reparadoras em seu Espírito.

· Os eunucos feitos pelos homens.
No passado, potentados orientais tinham em seus palácios uma dependência especial, o harém, onde desfrutavam de mulheres selecionadas dentre as mais belas.
Para protegê-las e ao mesmo tempo evitar que fugissem, eram montados fortes esquemas de segurança.
Mas, como impedir que os próprios guardas molestassem ou seduzissem as mulheres?
Solução simples: eram castrados, tornando-se impotentes.
Nesse segundo grupo podemos situar outro tipo de eunuco, envolvendo as ordens religiosas que impõem a castidade.
É o que situaríamos por “castração moral”, também geradora de conflitos, porquanto o indivíduo pode ter aptidão para a vida religiosa, sem vocação para a castidade e o celibato.
Freqüentemente gera problemas. Ex: pedofilia.
Passada a fase heróica, de empenho por seguir tão rígida imposição, quando cessa a luta íntima por forçar um comportamento para a qual não está preparado, o religioso poderá:
Cair na hipocrisia, simulando castidade.
Desistir de seus votos e ir cuidar da vida.
Celibato e castidade não encontram respaldo nas tradições cristãs. Discípulos de Jesus, que pontificaram no movimento inicial, eram casados, tinham vida sexual, cuidavam da prole, a começar pelo próprio Simão Pedro, que a ortodoxia religiosa situa como o primeiro papa.
Na primitiva igreja, sacerdotes, bispos e diáconos, bem como os demais membros engajados na sustentação do serviço, constituíam família, sem nenhum inconveniente.
Ao contrário, era até desejável, colocando-os a salvo das tentações.
Outra vantagem: o relacionamento conjugal lhes dava a experiência necessária para cuidar de problemas familiares dos fiéis.

· Os que se fizeram eunucos por causa do Reino dos Céus.
Espíritos superiores, participando de sagradas tarefas no Bem, fazem-se castos para produzir mais e melhor.
Na energia sexual manifesta-se o impulso criador, estimulado pela procura de prazer que, segundo Freud, é o móvel de nossas ações.
O homem comum realiza-se, canalizando-a para os domínios das sensações, no arrebatamento da comunhão física que gera filhos.
O homem superior realiza-se canalizando a energia sexual para gloriosas realizações nos domínios da arte, da ciência, da religião, da filosofia . . .
Temos em Francisco Cândido Xavier um exemplo típico. Lembro-me de que, certa feita, numa entrevista, revelou que jamais experimentou um orgasmo. Mas, certamente, terá experimentado incontáveis êxtases, o prazer do Espírito superior que sublimou o impulso criador.
Liberando-se das imposições do sexo carnal, fez-se agente do Céu a fecundar a Humanidade para as realizações supremas da Virtude e do Bem.
Imaginemos Jesus . . .

De: Richard Simonetti

JESUS CUROU MAS NÃO CONSEGUIU ILUMINAR

 


Numa das viagens de Jesus, surgiram dez leprosos. Estes não podiam aproximar-se, em virtude dos rigorosos costumes da época. Eram considerados imundos.
Estes gritaram ao longe:
- Jesus, Mestre, tem misericórdia de nós.
Ele respondeu:
- Ide e mostrai-vos aos sacerdotes.
Para retornar ao convívio social, todo portador de moléstia contagiosa devia submeter-se a exame de um sacerdote e dele receber o atestado de cura.
Cumprindo a determinação os leprosos partiram, confiantes de que seriam beneficiados. E em plena caminhada os dez perceberam que a pele se recompunha, as manchas desapareciam. A cura consumava-se. Um deles apenas, por sinal samaritano, voltou para agradecer, glorificando a Deus em altas vozes.
Jesus perguntou:
- Não foram dez os que foram limpos? Onde estão os nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus senão este estrangeiro?
De dez beneficiados por Jesus, um apenas deu-se ao trabalho de lhe agradecer, e nem sabemos se foi além disso. Não há notícias sobre possível participação dele na comunidade dos discípulos.
É assim mesmo.
Muitos foram beneficiados, sem se ligarem à sua mensagem. Não se conhece nenhum cego, surdo, paralítico ou mudo curado, a participar da comunidade cristã.
Nenhum deles esteve no julgamento de Jesus para defendê-lo, atestando sua integridade moral, seus poderes maravilhosos.
Nenhum deles o acompanhou na via-crúcis, disposto a testemunhar fidelidade aos seus princípios.
É assim até hoje.
Essas reações são típicas da natureza humana.
Os fenômenos, mesmo quando envolvam prodígios de cura, funcionam como fogos de artifício.
Empolgam, atraem, deslumbram, mas logo passam, sem deixar rastros.
Assim como no tempo de Jesus, as pessoas continuam preocupadas com o imediatismo terrestre, sem cogitações espiritualizantes. Desejam apenas a cura de seus males e solução de seus problemas. (Richard Simonetti)

Observações de Rudymara:

1º) André Luiz em Opinião Espírita, cap. 55 explica que: “(...) OS CENTROS ESPÍRITAS PRECISAM, AO LADO DO TRABALHO DE PASSE, PROPICIAR OS MEIOS PARA QUE FREQUENTADORES CONHEÇAM A DOUTRINA E SE EXERCITEM NUM TRABALHO ÍNTIMO DE EVANGELIZAÇÃO, PARA A CONQUISTA DA SAÚDE DEFINITIVA.”
Porque com a cura física, muitas pessoas se atiram de novo ao desregramento, voltando a se prejudicarem. Mas quem aprende que precisa se aprimorar espiritualmente na prática do Bem e nisso se empenha, quer alcance ou não a cura do corpo, encontrará o caminho para a cura verdadeira e duradoura, a manutenção do equilíbrio em seu espírito imortal. Mas, onde encontramos a solução ou prevenção para nossas dores e aflições? Em Jesus. Jesus trouxe as normas, as regras que devemos seguir para não sofrermos. Porque, nossas dores e aflições, nada mais são que colheitas de nossos próprios atos. De transgressões que causamos nesta ou em outra vida. Salvo aqueles que pedem aflições sem ter débitos, por exemplo, para evoluir mais rápido. Muitos de nós, todos os dias, gritamos à Jesus pedindo ajuda como aqueles leprosos. Jesus ouve e ajuda dentro das possibilidades, do merecimento, da necessidade, enfim, só Ele sabe o que é melhor para nós, para nossa evolução. Mas, os que são ouvidos, poucos são gratos. Muitos caem nos desregramentos novamente, nos mesmos erros do passado. Não retribuem o bem recebido com o bem que alguém possa precisar também. Com o bem que seu corpo e espírito necessitam. Poucos dizem:
- O que Jesus espera de mim? Quero retribuir a benção que recebi. Quero fazer a vontade Dele, assim como Ele fez a minha.
Se a ajuda veio através de certa religião, muitas pessoas vão embora como fizeram os 9 leprosos. Poucos ficam para ajudar outros que precisam de ajuda naquela casa que lhe acolheu.
Isto se chama “INGRATIDÃO”.

2ª )  A ingratidão – chaga pestífera que um dia há de desaparecer da Terra – tem suas nascentes no egoísmo, que é o remanescente mais vil da natureza animal, lamentávelmente persistindo na Humanidade. A ingratidão sob qualquer forma considerada expressa o primarismo espiritual de quem a carrega, produzindo incoercível mal-estar onde se apresenta. O ingrato, isto é, aquele que retribui o bem pelo mal, a generosidade pela avareza, a simpatia pela aversão, o acolhimento pela repulsa, a bondade pela soberba é sempre um atormentado que esparze insatisfação, martirizando quantos o acolhem e socorrem. O homem vitimado pela ingratidão supõe tudo merecer e nada retribuir, falsamente acreditando ser credor de deveres do próximo para consigo, sem qualquer compensação de sua parte. – Joanna de Ângelis
 
 
 
 
 
 
 


sexta-feira, 28 de maio de 2010

JESUS ESTÁ NO LEME DO BARCO

Então Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve grande agitação no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, estava dormindo. Os discípulos se aproximaram e o acordaram, dizendo:

- Senhor, salva-nos, porque estamos afundando!
Jesus respondeu:
- Por que vocês tem medo, homens de pouca fé?
E, levantando-se, ordenou os ventos e o mar, e tudo ficou calmo. Os homens ficaram admirados e disseram:
- Quem é esse que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mateus, 8:23-27)

Nós podemos dizer que, nossa jornada terrestre é uma longa viagem por mares desconhecidos.
Onde, às vezes, o oceano está belo e calmo, porque seguimos saudáveis e bem dispostos; finanças em ordem; estabilidade no emprego; família em paz ; sentimo-nos ajustados e felizes . . .
Mas que, de repente, sopram os ventos, levantam-se ondas que nos ameaçam. É quando uma doença inspira cuidados; somos demitidos do emprego; explode a crise familiar; parte o ente querido . . .
Muitas vezes, experimentamos a dificuldade para lidar com essas situações.
Vai a coragem; chega o pessimismo; nasce o medo; falece a esperança . . .
Manifestando a perturbação, o desencanto, a revolta, a rebeldia . . .
Em casos extremos, há quem caia no álcool, nas drogas, no desatino, na depressão, e até o suicídio, essa falsa porta de fuga que apenas nos precipita em sofrimentos mil vezes maiores.
Daí perguntamos: “Por quê nos comportamos assim?”
A resposta: “Falta de fé.”

A fé é a bússola, a segurança, o apoio para todas as situações.
Quem conquistou esta fé, nunca se perde nos balanços da vida, mesmo quando sopra o vento da infelicidade.
Geralmente nos enganamos a respeito da fé. Porque julgamos possuí-la. Mas, nosso comportamento sugere o contrário, principalmente nas dificuldades da vida.
O Evangelho de Mateus termina com a divina promessa (28:30):
- Estarei convosco até a consumação dos séculos.
É preciso observar estas palavras. Porque com Jesus não há problema insolúvel, desafio invencível ...Contar com Jesus é o nosso grande trunfo em todas situações.
Observemos porém, que o evangelista refere-se aos seguidores de Jesus. Seguidor, como sabemos, é aquele que segue alguém, que lhe observa as orientações e imita os exemplos. E nós, geralmente, na primeira sacudida em nosso barco, corremos para Jesus e pedimos para que ele solucione nossos problemas, como fizeram os apóstolos.
Nós, dificilmente buscamos saber “por que sofremos”, “por que estamos aqui”, “o que Deus quer de nós”, etc. Nós não queremos saber porque quando obtermos as respostas, teremos que mudar nosso modo de pensar e agir. E isto dá trabalho. É mais fácil pedir.

Quando a fé é cega, nós geralmente achamos que “não temos sorte”, “que Deus nos abandonou”, “que alguém fez alguma coisa para nós”, ou seja, que não merecemos aquilo que estamos passando, quando na verdade, estamos colhendo os frutos dos nossos abusos. E foi o próprio Jesus que disse: "o plantio é livre, mas a colheita obrigatória."
Com a fé raciocinada pedimos ajuda a Jesus, mas não para que ele resolva problemas que cabe a nós resolver, mas sim, dando-nos força, consolação, tranquilidade através de seus ensinamentos e de seus trabalhadores espirituais, para que aprendamos a observar onde erramos para não errarmos mais.
Então, diante das sacudidas do barco da vida o que não podemos esquecer, é que Jesus está no leme deste barco.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

JESUS CONVERSA COM A SAMARITANA



Judéia, Galiléia
e Samaria eram províncias da Palestina.
Dentro de cada província havia muitas cidades por onde Jesus visitava constantemente.
Por exemplo: Na Judéia ficava Jerusalém, Jericó, Belém, Betânia; na Galiléia ficava Betsaída, Cafarnaum, Caná, Naim e Nazaré; na Samaria, Jesus esteve poucas vezes, porque os samaritanos recebiam seus compatriotas com hostilidade.
Os samaritanos achavam que o culto a divindade deveria ser feito no Monte Garizim, onde existiu um grande templo. E o restante do país, consagrava o templo em Jerusalém.
Eram filhos da mesma raça separados por preconceitos e divergências religiosas, coisa que acontece até hoje. Desentendimentos entre irmãos em nome de Deus, como se o objetivo do culto fosse a guerra, não a paz.
Mas Jesus decidiu atravessar a região hostil. Já em terra dos samaritanos, o sol estava abrasador, Jesus sentou-se a um poço. Uma mulher aproximou-se. Jesus pediu-lhe água. A mulher, percebeu que se tratava de um galileu, provavelmente pelo sotaque, surpresa ela disse:
- Como, sendo tu galileu, me pedes de beber, a mim que sou mulher samaritana?
Jesus respondeu:
- Se conhecesses o dom de Deus e quem é que te pede água, tu terias pedido e eu te daria água viva.
Sem entender a resposta, mas certamente impressionada com aquele forasteiro corajoso que rompia arraigados preconceitos, a mulher comentou:
- Senhor, não tens com que tires água do poço, que é fundo. Donde tens, então essa água viva? És tu, porventura, maior do que nosso pai Jacó, que nos deu esse poço, do qual bebeu, assim como seus filhos e seus rebanhos?Jacó é um dos pais do povo judeu, aquele poço teria sido aberto por ele.
Jesus respondeu:
- Quem bebe desta água tornará a ter sede, mas quem beber da água que eu lhe der, jamais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele fonte a jorrar para a vida eterna.Muitas pessoas anciosas e desatinadas, buscam saciar sua sede em águas enganosas, como nos vícios. Porque os vícios são poços sedutores, que oferecem euforia em princípio, mas nos jogam no fundo do poço em tormentosas perturbações e desequilíbrios. Muitas pessoas buscam também, em outros poços como: no poço do conforto, no poço do poder, no poço da riqueza. Mas, de poço em poço, constatam que essas águas não saciam. Somente uma fonte é capaz de saciar plenamente nossa sede de paz.
“A fonte de água viva oferecida por Jesus.”
Esta fonte, bruta pura e cristalina de seus ensinamentos, nos oferece uma perspectiva de vida mais nobre, bela e digna, marcada pelos valores do Bem e da Virtude.
Mas, por que há uma busca em igrejas e templos religiosos da água que sacia a sede, mas muitos continuam sedentos?
Porque a água na cisterna (cacimba) não sacia a sede, ou seja, nós temos a água, mas falta-nos a iniciativa de buscá-la. Porque, isso pede algumas mudanças drásticas em nossa vida, que nem sempre estamos dispostos a efetuar. Por exemplo: perdoar, superar as ambições, eliminar os vícios, combater os impulsos agressivos, ajudar o semelhante . . . Porque como diz André Luiz: “O semelhante é a ponte que nos leva à Deus.”

Mas, a samaritana não entendeu que água era aquela que saciaria a sua sede para sempre. Então, pediu anciosa:
- Senhor, dá-me dessa água para que eu não tenha mais sede, nem precise vir tirá-la daqui.Jesus respondeu:
- Vai, chama o teu marido e volta aqui.
Ela, constrangida disse:
- Senhor, eu não tenho marido . . .
Jesus disse:
- Disseste bem, declarando que não tens marido, porquanto cinco maridos tiveste e o que agora tens não é teu marido.
Impressionada com aquele forasteiro que mau a conhecia, mas que muito sabia de sua vida, a samaritana pediu:
- Senhor, vejo que és profeta. Dize-me, então: nossos pais adoraram Deus neste monte (Garizin) e vós outros dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorá-Lo.Este momento, é dos mais importantes no Evangelho. Porque o Mestre lança os fundamentos da verdadeira adoração dizendo:
- . . . Mulher, crede-me. Virá a hora em que não será nem neste monte, nem em Jerusalém que adorareis o Pai. Deus é espírito e em espírito e verdade é que o devem adorar os que o adoram.
Em nosso relacionamento com Deus, julgamos que haveremos de encontrá-lo nos templos religiosos. Mas, se Deus é espírito, Ele está em todos os lugares, dentro e fora dos templos. E agradá-Lo, não é freqüentar templos religiosos, em dias e horas certas, ou então, utilizando práticas exteriores, e esquecer o fundamental, que é o combate às nossas imperfeições, no esforço de renovação íntima que marca a verdadeira religiosidade. Temos que ser verdadeiros (diante dos ensinamentos evangélicos) em todos os lugares, dentro e fora dos templos, no lar, no trabalho, na rua, no trânsito, etc . . . Nos templos buscamos o entendimento e o fortalecimento para enfrentarmos os problemas, as dores, as aflições que apareçam em nossas vidas. Para isso é preciso procurar Deus “em espírito e verdade.”

· Em Espírito: é buscá-lo dentro de nós, nos dispondo a ouvi-lo na intimidade da nossa consciência. Diariamente, num canto qualquer, onde estejamos a sós, façamos cessar o pedido dos interesses imediatistas e cultivemos a reflexão, buscando meditar sobre nossa vida, o que somos, o que estamos fazendo na Terra, e o que Deus espera de nós, e fazendo um pouco a Sua vontade.

· Em verdade: é quando cultivamos o bem, a verdade e a virtude em todas as situações, em todos os lugares, que testemunhamos a autenticidade de nossa fé. Porque muitos, freqüentam seus templos religiosos, em hora e dia marcado, como se aquele ato fosse agradar a Deus. E quando saem dali, odeiam, revidam agressões, blasfemam, estragam seus corpos e comprometem o espírito com vícios. Ser verdadeiro, diante dos ensinamentos do Cristo, são nas 24 horas do dia, onde estivermos, com todos e conosco mesmo. Por exemplo: Em público dizemos:

- Os meios de comunicações estão pervertidos. É só sexo, violência, imoralidade, degradação! É o fim do mundo! Precisamos combater essa invasão das trevas!
Na intimidade agimos diferente dizendo:
- Hoje é dia daquele filme apimentado, no canal de variedades. Não posso perder.

Toca o telefone. O filho informa:
- Papai, é o prefeito. O senhor atende?
- Claro, imediatamente!

Pouco depois batem à porta:
- Papai, é um pedinte. Quer falar com o dono da casa.
- Diga que não estou . . .

No templo religioso, alguém conclama:
- Somos todos filhos de Deus. É chegada a hora de mudar. Não podemos resistir aos apelos do Bem.
Na saída do templo, ao ver que seu automóvel foi riscado, grita:
- Pivete ordinário! Mau caráter. Se o pego hei de esganá-lo. Esses bandidos devem ser fuzilados.


Se agirmos assim, estaremos enganando a nós mesmos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

JESUS ENSINOU COMO DEVEMOS ORAR



“E quando orares, não seja como os hipócritas, porque gostam de orar em pé, nas sinagogas e nos cantos das praças para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai que está em secreto. E teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs palavras, como os gentios, porque presumem que pelo muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis, pois, a eles, porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.”
(Mateus, 6:5-8)

A oração fazia parte das rígidas disciplinas do culto judaico. Os judeus rezavam duas vezes por dia, mais ou menos às 9 e 13 horas, postados em direção a Jerusalém. Na cidade santa, voltavam-se para o Templo.
Muitos faziam dessa prática um recurso de ostentação de religiosidade (é bem mais fácil aparentar contrição do que viver os princípios religiosos). Indivíduos assim chegam a enganar a si mesmos, crendo que se habilitam ao recebimento das graças divinas submetendo-se ao culto exterior, tornando tão mecânicas suas manifestações que se fazem impermeáveis à finalidade maior da religião, que é a de incentivar os fiéis à própria renovação. Jesus referia-se a eles como sepulcros caiados – brancos por fora, cheios de podridão por dentro! Uma imagem forte, mas real. Não há nada mais lamentável do que a falsa religiosidade.
Ao recomendar que busquemos nosso quarto para orar, o Mestre não está estabelecendo um posicionamento físico para a comunhão com o Céu. Afinal, há uma multidão de criaturas que não tem nem mesmo onde se trancar. O que ele pretende é que busquemos o recolhimento para, a sós, dialogarmos com Deus. Ele mesmo oferece exemplos desta natureza. Os evangelistas registram assim: “Jesus deixou os discípulos e foi orar”; “Jesus levantou-se alta madrugada, e foi para um lugar deserto, orar”; “Jesus passou a noite orando a Deus.”
No insulamento, a oração flui com maior naturalidade, sem interferências, sem preocupações com fórmulas e formas, favorecendo a comunhão legítima com a Espiritualidade.
Esse contato é um dos recursos mais preciosos de que dispõe a criatura humana para enfrentar as vicissitudes da Terra. Em tempos difíceis, quando surgem tormentosos problemas familiares ou profissionais, pensamos, não raro, em mobilizar a interferência de pessoas influentes em nosso benefício. Ansiosos, submetemo-nos ao sacrifício da espera – é gente muito importante e ocupada que nem sempre pode ou deseja receber-nos.
No entanto, pela oração nos comunicamos instantaneamente com intercessores muito mais solícitos e poderosos, em inesgotáveis fontes espirituais de socorro, sem que se pergunte se somos ricos ou pobres, bem situados na sociedade ou humildes serviçais.
Nesses instantes, orienta Jesus, não nos preocupemos em falar muito, como se as respostas estivessem condicionados empenhados em convencer o Céu a ajudar-nos.
Isso não é fácil, porquanto estamos milenarmente viciados no petitório. Vemos na oração muito mais um gabinete de solicitação do que um exercício do coração. Pedimos saúde, solução para problemas, ajuda para os familiares, afastamento da dor... Há quem peça casamento, palpite certo na loteria, emprego, fortuna poder!...
Evidentemente, não estamos impedidos de pedir. Qual o pai que proibiria o filho de fazê-lo? Todavia, não se sentiria feliz se fosse, invariavelmente, um quebra-galho, alguém procurado sempre, mas apenas porque sempre há algo a pedir.
O petitório desvirtua a oração, deslocando-a do solo sagrado das cogitações superiores para situá-la no deserto dos interesses imediatistas.

terça-feira, 25 de maio de 2010

JESUS EXPLICA O QUE É A VERDADEIRA PUREZA



Infelizmente, tendemos a corromper a atividade religiosa com o formalismo, os ritos e as rezas.
É mais fácil aparentar virtude; e mais difícil exercitá-la.
Isso era comum ao tempo de Jesus, principalmente entre os fariseus.
Julgavam que comparecer à sinagoga, efetuar sacrifícios de animais e aves, oferecer dízimo, cumprir as disciplinas do culto, respeitar o sábado, jejuar e observar outras práticas formais era suficiente para ter a consciência tranqüila e merecer as graças de Jeová (Deus).
Se problemas surgiam no seio da comunidade, em virtude de comportamento pecaminoso ou por transgressão dos textos sagrados, realizava-se um culto especial, onde, por força de sortilégios, os pecados dos fiéis eram transferidos para um bode que seria sacrificado.
Daí a expressão "bode expiatório", quando se pretende arranjar um inocente para pagar por culpas alheias.
Ao tempo de Jesus, havia o ritual de lavar as mãos antes das refeições.
Muitos dirão que é um hábito saudável. As mãos são repositórios de bactérias . . .
Mas não era essa a intenção, mesmo porque não havia mínima noção sobre a existência dos microrganismos.
Trata-se de mera prática ritualística religiosa.
Ritual enjoado. Pois, devia-se banhar as mãos duas vezes, até os pulsos. Na primeira eram retiradas as impurezas. Na segunda, as gotículas residuais contaminadas. Depois, ficavam erguidas, até secarem.
Esta tradição dos antigos, tornara-se prática formal que devia ser seguida com rigor pelos judeus.
A maior divergência de Jesus com o judaísmo dominante era essa intransigência.
O Mestre reiterava que os aspectos exteriores da religião são secundários.
O que importa é o empenho de renovação, o esforço por cumprir a vontade de Deus, amando e servindo o semelhante.
Freqüentemente aproximavam-se escribas e fariseus, enviados pelas autoridades religiosas de Jerusalém, a fim de vigiar suas ações.
Jesus operava prodígios e transmitia ensinamentos que contrariavam a orientação mosaica (as leis de Moisés). Por isso os judeus tinham medo daquele galileu, que muitos julgavam o Messias, porque achavam que ele poderia subverter a ordem religiosa. Eles acompanhavam seus passos, buscando uma falha que pudesse servir de motivo para liquidar com Jesus. Foi então que observaram que os discípulos do nazareno não se submetiam ao ritual de lavar as mãos.
Talvez até as lavassem, mas superficialmente, sem cumprir os preceitos.
Tantos assuntos importantes, tantas lições a aprender com o mensageiro divino, e eis um bando de fanáticos preocupados com formalidades, envolvidos em ridículas querelas!
E questionaram:
- Por que teus discípulos transgridem a tradição dos mais velhos? Pois não lavam as mãos quando comem.
Respondeu Jesus:
- E por que vocês transgridem o mandamento de Deus, por causa da sua tradição? Moisés ensinou: "Honra a teu pai e a tua mãe e quem amaldiçoar o pai ou a mãe seja punido com a morte". Vocês, porém, proclamam: "Quem disser ao pai ou à sua mãe: - o sustento que vocês poderiam receber de mim é consagrado a Deus -, esse não precisa honrar nem a seu pai nem a sua mãe." Assim, vocês invalidam, pela sua tradição, o mandamento de Deus. Hipócritas! É verdadeiro o que Isaías profetizou de vocês, quando disse: "Este povo honra-me com os lábios, enquanto o seu coração está bem longe de mim. Em vão me prestam culto, ensinando doutrinas que são preceitos humanos."

Honrar pai e mãe implica não apenas em respeitá-los, mas, também, em dar-lhes amparo e assistência na velhice. No entanto, para livrarem-se desses encargos, certamente vários daqueles questionadores situavam seus bens como "corbã", isto é, constituíam ofertas ao templo. Poderiam ser utilizados para o que desejassem, menos para dá-los aos genitores.
Assim, sentiam-se desobrigados de ampará-los na velhice e, consequëntemente, de seguir o preceito divino.
Era mais interessante e econômico cumprir o "corbã".
Com invejável conhecimento das escrituras, Jesus expunha as mazelas dos escribas e fariseus.

O que mudou do tempo de Jesus até hoje?
Muito pouco.
Ainda há religiões que se apegam aos rituais, cultos, amuletos, etc., e esquece-se do mais importante: “a transformação moral”.

Muitos ficam horrorizados quando alguém não casa-se na igreja, não batizam os filhos, etc., mas perguntemos:

- O mais importante é o ritual do casamento ou seguir a lei de Deus (dentro do casamento) que diz: “Não adulterarás”?

- O mais importante é batizar com água na cabeça ou no corpo inteiro ou seguir o pedido de João Batista quando disse: “Produzi frutos sinceros de arrependimento . . . Aquele que tem duas túnicas, dê uma ao que nenhuma possui . . . E quem tem o que comer, divida com o que passa fome . . .?

- O mais importante é flagelar o corpo com cruzes pesadas, etc., ou flagelar a alma, retirando dela nossas falhas morais como: orgulho, vaidade, egoísmo, ódio, vingança, etc., etc., etc.?

Questionemos nossa consciência.
Busquemos analisar o que Deus, os Espíritos Superiores (os santos, o Espírito Santo), Jesus, etc., esperam de nós.
Se toda esta parte do culto externo fosse abolida, estaríamos mais preocupados em viver os ensinamentos do Cristo.


domingo, 23 de maio de 2010

JESUS CURA MULHER COM HEMORRAGIA - Richard Simonetti



Então, uma mulher, que há doze anos sofria de uma hemorragia; que sofrera muito nas mãos dos médicos e que, tendo gasto todos os seus haveres, nenhum alívio conseguira, quando ouviu falar de Jesus, veio com a multidão atrás dele e lhe tocou as vestes, porquanto, dizia: "Se eu conseguir ao menos lhe tocar nas vestes, ficarei curada". No mesmo instante o fluxo sangüíneo lhe cessou e ela sentiu em seu corpo que estava curada daquela enfermidade. Logo, Jesus, conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, se voltou no meio da multidão e disse: "Quem me tocou as vestes?" seus discípulos lhe disseram: "Vês que a multidão te aperta de todos os lados e perguntas quem te tocou?" Ele olhava em torno de si à procura daquela que o tocara. A mulher, que sabia o que se passara em si, tomada de medo e pavor, veio lançar-se-lhe os pés e lhe declarou toda a verdade. Disse-lhe Jesus: "Minha filha, tua fé te salvou; vai em paz e fica curada da tua enfermidade." (Marcos, cap. V, vv. 25 a 34)

Estas palavras: "conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra", são significativas. Exprimem o movimento fluídico que se operara de Jesus para a doente; ambos experimentaram a ação que acabara de produzir-se. É de notar-se que o efeito não foi provocado por nenhum ato da verdade de Jesus; não houve magnetização, nem imposição das mãos. Bastou a irradiação fluídica normal para realizar a cura.

Mas, por que essa irradiação se dirigiu para aquela mulher e não para outras pessoas, uma vez que Jesus não pensava nela e tinha a cercá-lo a multidão?

É bem simples a razão. Considerado como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, numa palavra: pela fé do doente. Com relação à corrente fluidica, o primeiro age como uma bomba calcante e o segundo como uma bomba aspirante. Algumas vezes, é necessária a simultaneidade das duas ações; doutras, basta uma só. O segundo caso foi o que ocorreu na circunstância de que tratamos.

Razão, pois, tinha Jesus para dizer: "Tua fé te salvou". Compreende-se que a fé a que ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. Assim sendo, também se compreende que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade, possa um ser curado e outro não. É este um dos mais importantes princípios da mediunidade curadora e que explica certas anomalias aparentes, apontando-lhes uma causa muito natural.

A cura se opera mediante a substituição de uma molécula malsã por uma molécula sã.

O poder curativo estará, pois, na razão direta da pureza da substância inoculada (transmitida); mas, depende também da energia da vontade que, quanto maior for, tanto mais abundante emissão fluídica provocará e tanto maior força de penetração dará ao fluido. Depende ainda das intenções daquele que deseje realizar a cura, seja homem ou Espírito. Os fluidos que emanam de uma fonte impura são quais substâncias medicamentosas alteradas.

Os efeitos fluidicos são variados. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado; doutras vezes é rápida, como corrente elétrica. (A Gênese, Allan Kardec, cap. XIV, item 10 e 11)

Jesus não comparece às câmaras de passes, nos Centros Espíritas, onde buscamos cura para nossa enfermidade e lenitivo para nossas dores.

Faz-se representar por mentores espirituais que se utilizam de servidores de boa-vontade- os passistas.

À semelhança da mulher com hemorragia, não é preciso expor mágoas e desejos, nem enunciar problemas e enfermidades . . .

Basta ter fé, a certeza plena de que seremos agraciados.

Imaginemo-nos a estender as mãos para Jesus, como fez a mulher . . .

Haveremos de sentir o poder que flui dos passistas, emanado da espiritualidade, fazendo cessar o fluxo de nossas dores!

JESUS NA CASA DE ZAQUEU


"E tendo entrado em Jericó, atravessava Jesus a cidade. E vivia nela um homem chamado Zaqueu, e era um dos principais entre os publicanos, e pessoa rica. E procurava ver Jesus, para saber quem era, e não o podia conseguir, por causa da muita gente, porque era pequeno de estatura. E correndo adiante, subiu a um sicômoro para ver, porque por ali havia de passar. E quando Jesus chegou àquele lugar, levantando os olhos, ali o viu, e lhe disse: "Zaqueu, desce depressa, porque importa que eu fique hoje em tua casa." E desceu ele a toda pressa, e recebeu-o contente. E vendo isto todos, murmuraram, dizendo que tinha ido hospedar-se em casa de um homem pecador. Entretanto, Zaqueu, posto na presença do Senhor, disse-lhe: "Senhor, eu estou para dar aos pobres metade dos meus bens, e naquilo em que eu tiver defraudado alguém, pagar-lho-ei quadruplicado." Sobre o que Jesus lhe disse: "Hoje entrou a salvação nesta casa, porque este também é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que tinha perecido." (Lucas, XIX: 1-10)

No "O Evangelho segundo o Espiritismo", cap. XVI, item 4, encontramos a narrativa de Lucas sobre a visita de Jesus na casa de Zaqueu. Poucos buscam saber quem foi ele. Por isso, perguntamos: QUEM FOI ZAQUEU? Zaqueu foi chefe dos cobradores de impostos, talvez um dos homens mais odiados na cidade. Ficou rico por cobrar abusivos impostos. Mas, quando ouviu falar de Jesus, e que Ele estaria por perto, sabia que precisava vê-lo. Quando Jesus passou por perto de onde Zaqueu estava, Jesus fez "um convite" que se estende até hoje para nós:

- "Ceiarei hoje em sua casa".

E Zaqueu o recebeu com alegria. Aceitou a presença de Jesus, não apenas em sua casa, mas em sua vida. Ele entendeu que não adiantava ser rico de bens materiais e pobre de bens espirituais. Reconhecendo o erro comprometeu-se em dividir metade de seus bens com os pobres e devolver quadriplicado o que cobrou abusivamente do povo. Por isso, Jesus disse:

- "Eis que a salvação entrou nesta casa".

Aqui vemos uma conversão seguido de transformação.

Porque são muitos os que se convertem, mas poucos os que se transformam.
Muitos chegam à religião, submetem-se aos rituais, cultos, dogmas, etc, mas não se transformam, não buscam saber o que Deus ou Jesus esperam delas.

Geralmente, esperam favores Dele, sem esforçarem-se para merecerem.
Porque converter-se não é só a palavra, o conhecimento, converter-se é transformar a palavra, o conhecimento em ação.

Temos que aliar o conhecimento e o sermão ao exemplo.
Porque há muitas pessoas que, na aparência, mostram seguir Jesus, mas, de fato, não o seguem; ao passo que, muitos que parecem não o seguir, estão a caminho com Ele.

Hoje os templos, as igrejas, as casas religiosas estão repletas, mas poucos buscam uma mudança em seus hábitos. Poucos esforçam-se para passar pela porta estreita, porque para passar por essa porta, é preciso deixar para trás a bagagem má, e isso, exige esforço e sacrifício. Mesmo aprendendo a Doutrina do Cristo, o Ser continua maledicente, avaro, egoísta e orgulhoso, nunca tendo complacência de ninguém; diz-se cristão, mas no trabalho, em casa, no trânsito ou na rua é um verdadeiro fariseu hipócrita, que prega a moral e a perfeição, mas longe se encontra do dever.
Portanto, nos perguntemos:

- Se Jesus nos fizesse uma visita, o que Ele encontraria em nossa casa? O que faríamos para agradá-Lo? Ele encontraria tolerância, respeito, carinho, tranqüilidade, abnegação, renúncia, esforço, sacrifício, perdão, ou brigas, discórdia, violência, intolerância, egoísmo, desrespeito?

Que possamos servir o melhor, para que Ele possa dizer:
- Hoje a salvação entrou nesta casa.

Ou seja, os membros desta casa conseguiram se salvar, se libertar, se livrar, dos sentimentos e atitudes que não condizem com os pedidos do Evangelho.

sábado, 22 de maio de 2010

JESUS CUROU NO SÁBADO



Algumas das múltiplas facções em que se dividiu a reforma protestante promovida por Lutero encasquetaram que devem observar a orientação bíblica, guardando o descanso no sábado. O sabatista pretende reviver uma orientação arcaica, superada, que não condiz com a atualidade. Sua intransigência é um atestado dos problemas que o fanatismo ocasiona ao observar literalmente textos religiosos que dizem respeito a outros tempos, outros costumes, sem sabor de perenidade. Foi registrado por Moisés, na Tábua da lei, terceiro mandamento: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás todo a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra, o mar e tudo o que neles há, e o sétimo dia descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.” Segundo a alegoria bíblica, Deus trabalhou duro e edificou o Universo, incluindo a Terra e os seres vivos, em seis dias. A Ciência nos diz que gastou um “pouquinho” mais: perto de cinco trilhões e quinhentos bilhões . . . Então, Moisés impôs a orientação para o sábado, praticamente instituindo a primeira legislação trabalhista, atendendo a justa necessidade de descanso para o servo, o animal, o escravo . . . Ocorre que, como fazia habitualmente, dizia tratar-se de ordem divina. As penalidades eram absurdas. Em Números, um dos livros sagrados do judaísmo, no capítulo 15, um homem foi surpreendido a amontoar lenha no sábado. Imediatamente foi levado à presença de Moisés. Registram os versículos 35 e 36: Então disse o Senhor a Moisés: “Tal homem será morto. Toda a congregação o apedrejará fora do acampamento. Portanto, toda a congregação o levou para fora do acampamento, e o apedrejou até que morreu, como o Senhor ordenara a Moisés.” Pobre Jeová! Tinha costas largas . . . Mas para Jesus, estas disciplinas não passavam de tolices sustentadas pelo fanatismo. Em pleno sábado visitava, curava, ajudava, orientava, viajava. Não tardaram os problemas com o judaísmo dominante. Certa vez, Jesus passava pelas searas com seus discípulos, quando estes, famintos, colhiam espigas que debulhavam e comiam. Os fariseus se escandalizaram, Era sábado! Aqueles galileus atrevidos estavam exercitando uma atividade proibida no dia consagrado ao Senhor. Pacientemente, Jesus explicou: “Nunca lestes o que fez David quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, tomou e comeu os pães da proposição, que somente aos sacerdotes era lícito comer, e os deu também aos que estavam com ele?" Na liturgia judaica, pães da proposição eram sagrados ao Senhor, de uso reservado aos sacerdotes. Numa situação especial, David e seus companheiros alimentaram-se deles. E Jesus conclui: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado.”
No sábado seguinte Jesus foi à sinagoga, onde encontrou um homem com a mão ressequida (atrofia muscular). Os fariseus, vendo que Jesus se dispunha a ajudá-lo, perguntaram: “É lícito curar no sábado?” E Jesus respondeu: “Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha e, num sábado esta cair numa cova, deixará de esforçar-se por tira-la dali? Ora, um homem vale muito mais do que uma ovelha. Logo, é lícito fazer o Bem no sábado.” Calaram-se os fariseus e Jesus curou o homem partindo em seguida com seus discípulos. Comenta o evangelista Marcos: “Tendo saído, os fariseus tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam.”
A controvérsia do sábado lembra as convenções humanas. São úteis mas, se levada a extremos de intransigência, deixam de servir o homem e passam a escraviza-lo.
Exemplo: Um rapaz budista concordou em casar-se em igreja católica, atendendo às convenções religiosas da noiva. O sacerdote exigiu que os noivos participassem de um curso preparatório e se submetessem a determinados sacramentos. Trata-se uma convenção aceitável para os católicos. Mas para o adepto de outra religião deveria estar contida nos limites da opção, em saudável exercício de fraternidade. Se levada ao pé da letra, com intransigência nada fraterna, gera um impasse. O noivo, então, procurou inúmeros sacerdotes, até encontrar um mais esclarecido que o dispensou daquelas preliminares.
Então, devemos encarar as convenções com espírito aberto, sem condicionamento. Caso contrário, em determinadas circunstâncias, perderemos a iniciativa e seremos dominados por elas, esquecendo que foram feitas para servir o Homem e não para oprimi-lo.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

JESUS FAZ DESOBSESSÃO



Jesus e os companheiros chegaram de barco ao território de Gerasa, cidade de origem grega que fazia parte da Palestina, conforme divisão administrativa estabelecida por Roma.
Ao desembarcarem, veio ao encontro do grupo um homem nu, esquálido, cabelos em desalinho, extremamente agitado. Ele morava num cemitério, nas proximidades. Dormia nos túmulos. Dia e noite gritava pelos campos e montes, agredindo-se e ferindo-se com pedras. Era forte e ameaçador. Por vezes arrebentava grilhões e cadeias com as quais o prendiam. Ninguém conseguia dominá-lo. O povo tinha medo dele. Por isso vivia por ali, isolado.
Quando chegou perto, Jesus percebeu que seu problema era de ordem espiritual, envolvendo a influência de Espíritos.
Então ordenou:
- Espírito impuro, sai desse homem.
O Espírito respondeu por intermédio de sua vítima:
- Que importa a mim e a ti Jesus, filho de Deus Altíssimo? Rogo-te que não me atormentes!
- Qual é teu nome? – perguntou Jesus.
- Legião é meu nome, porque somos muitos.
Muitos Espíritos obsidiavam aquele homem. Presos às sensações humanas, ávidos das emanações dos seres vivos, sugam suas vítimas. Desvitalizam seus corpos, desajustam seu psiquismo e dominam sua vontade. Doenças mentais, em que o paciente fica fora de si e acaba no hospital psiquiátrico, podem nascer dessa influência.
Nas proximidades pastavam grande vara de porcos. Segundo Marcos, eram dois mil. Os Espíritos vampirizadores imploraram a Jesus que não os expulsasse dali. Que lhes permitisse entrar naqueles porcos. O Mestre concordou. Então, deu-se o inesperado. Assustados os animais precipitaram-se num declive, caíram no lago e morreram afogados. O homem nu, agora vestido, mostrava-se tranqüilo, em perfeito juízo. Jesus lhe recomendou:
- Vai para tua casa e para os teus, e conta-lhes quanto te fez o Senhor, e como teve compaixão de ti.
Segundo relato evangélico, os moradores do lugar pediram a Jesus que partisse. O Mestre considerou que seria melhor retirar-se, a fim de evitar tumultos.
Pode parecer estranha a presença dos porcos (É proibido comer carne de porco, lebre ou coelho - Levítico, 11: 5-7). Pois os judeus eram proibidos de consumir carne de porco. Mas é que a população da região era predominantemente pagã.
E quanto ao estouro da manada, os animais sofreram uma pressão psíquica, que os levaram a saltar para a morte. E a morte deles teve como objetivo ressaltar os poderes de Jesus.
E a reação dos gerasenos, é curiosa. Certamente composta pelos proprietários dos suínos. Mas compreensível. Pois, apesar de conseguirem livrarem-se do homem violento, estavam assustados e mais provavelmente, indignados com os prejuízos ocasionados pela morte dos animais.
Frequentemente cometemos o mesmo engano dos gerasenos. Pensamos primeiro nos prejuízos materiais, sem cogitarmos o ganho espiritual. Ficamos revoltados, aborrecidos, com determinadas situações difíceis e problemáticas que nos afligem. Tempos depois, quando as analisamos sob perspectiva mais realista, constatamos que funcionaram em nosso favor.