quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

BODE EXPIATÓRIO - Richard Simonetti


Como surgiu a expressão "bode expiatório"?

Infelizmente, tendemos a corromper a atividade religiosa com o formalismo, os ritos e as rezas.
É mais fácil aparentar virtude; e mais difícil exercitá-la.
Isso era comum ao tempo de Jesus, principalmente entre os fariseus.
Julgavam que comparecer à sinagoga, efetuar sacrifícios de animais e aves, oferecer dízimo, cumprir as disciplinas do culto, respeitar o sábado, jejuar e observar outras práticas formais, era suficiente para ter a consciência tranqüila e merecer as graças de Jeová (Deus).
Se problemas surgiam no seio da comunidade, em virtude de comportamento pecaminoso ou por transgressão dos textos sagrados, realizava-se um culto especial, onde, por força de sortilégios, os pecados dos fiéis eram transferidos para um bode que seria sacrificado.
Daí a expressão "bode expiatório", quando se pretende arranjar um inocente para pagar por culpas alheias.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A MELHORA DA MORTE - Richard Simonetti


(...) Quando os familiares não aceitam a perspectiva da separação (desencarnação) formando a indesejável teia vibratória, os técnicos da Espiritualidade promovem, com recursos magnéticos, uma recuperação artificial do paciente que, "mais prá lá do que prá cá", surpreendentemente começa a melhorar, recobrando a lucidez e ensaiando algumas palavras...

Geralmente tal providência é desenvolvida na madrugada. Exaustos, mas aliviados,
os "retentores" vão repousar, proclamando:

"Graças a Deus! O Senhor ouviu nossas preces!"

Aproveitando a trégua na vigília de retenção os benfeitores espirituais aceleram o processo desencarnatório e iniciam o desligamento.

A morte vem colher mais um passageiro para o Além.

Raros os que consideram a necessidade de ajudar o desencarnante na traumatizante
transição. Por isso é freqüente a utilização desse recurso da Espiritualidade, afastando aqueles que, além de não ajudar, atrapalham. Existe até um ditado popular a respeito do assunto:

"Foi a melhora da morte! Melhorou para morrer!”



sábado, 19 de fevereiro de 2011

QUEREMOS JUSTIÇA OU VINGANÇA? - J. Raul Teixeira

"(...)Muitas coisas que o juiz humano não consegue captar, não consegue ver, só o olhar da Divindade pode ver.
Jamais um juiz humano entenderá, de fato, as reais motivações que levaram ou que levam uma criatura cometer um crime, um desatino.
Todas as respostas que temos, nesse sentido, são as respostas exteriores, aquilo que a gente pode ver.
Foi a pobreza, foi a fome, foi o desemprego, foi o desespero. Mas as razões profundas, a bagagem que esse Espírito traz, as marcas que essa alma carrega em si, nenhum juiz humano consegue ver. Só o Pai da vida, somente o Senhor Supremo pode saber.
Então, muitas vezes, quando as criaturas clamam por justiça, estão clamando por vingança, porque toda justiça que age fora das bases do amor se torna crueldade. A justiça sem amor é vingança social.
Daí, a nossa necessidade de entendermos bem o que vem a ser justiça.
Todas essas pessoas que clamam por justiça contra os outros exercem a injustiça.
Fazem greves por melhores salários para si, por exemplo, mas não melhoram o salário dos seus empregados. São pessoas injustas.
Reclamam que a cidade está desorganizada, mas atiram papéis, lixo da janela do carro, dos ônibus, na via pública, para onerar a cidade e impor que alguém vá limpar a sua sujidade.
Estacionam seu carro sobre calçadas por onde as pessoas deveriam passar e essas pessoas têm que disputar a rua com os outros carros que passam.
Elas querem justiça contra os outros, mas não vivenciam o princípio básico da justiça: Fazer ao outro o que o outro merece. Dar às pessoas aquilo que as pessoas merecem.
Desejamos considerações da justiça para conosco; queremos os direitos, mas não exercitamos a prática da justiça, quando se trata de beneficiar os outros.
Quantas vezes colocamos, nas nossas festas, no apartamento, nas casas, a nossa música no maior volume, com todos os decibéis, não nos importando se há crianças recém-nascidas, se há idosos cansados, doentes ou, simplesmente, se as pessoas não querem ouvir o nosso barulho.
Nosso critério de direito está muito equivocado.
Nosso critério de democracia é equivocadíssimo porque temos um conceito de democracia que só serve para nós, que é contra os outros, quando a democracia propõe o direito de todos, a justiça para todos.
Se não respeito a minha vizinhança quando desejo dar a minha festa, estou tratando com a injustiça social. Como é que eu cobro das autoridades justiça para mim?
É com isto que nós começamos a pensar como têm sido equivocadas as nossas posturas diante da vida, no capítulo que se refere à justiça.
Vale a pena pensar que, quando o Cristo propôs que nós não julgássemos porque, com a mesma medida com que julgássemos seríamos julgados, ficamos pensando na responsabilidade do magistrado, daquele que tem o dever profissional de julgar, de sentenciar.
Se ele não tiver luz por dentro, se ele não tiver lucidez na alma, amor no coração, ele será um verdugo da sociedade porque estará punindo as pessoas em nome do seu sentimento de mágoa, de revolta ou de sua displicência.
Não é por outra razão que o Evangelho do Reino nos diz que quem com ferro fere, com ferro será ferido, representando a lei de Talião, o dente por dente, olho por olho.
Só em Cristo encontramos a proposta do amor. E, quando amamos, até a nossa avaliação e o nosso juízo, são macios."



QUEM DEVEMOS CONVIDAR PARA NOSSA FESTA?


 
Jesus disse aos que o tinha convidado: Quando deres algum jantar ou alguma ceia, não chames nem teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos que forem ricos, para que não aconteça que também eles te convidem à sua vez, e te paguem com isso; mas quando deres algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos; e serás bem-aventurado, porque esses não tem com que te retribuir, mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos. Tendo ouvido estas coisas, um dos que estavam à mesa disse para Jesus: Bem-aventurado o que comer o pão no Reino de Deus. (Lucas, XIV: 12-15).

“Quando fizeres um banquete, disse Jesus, não convides os teus amigos, mas os pobres e os estropiados”. Essas palavras, absurdas, se as tomarmos ao pé da letra, são sublimes, quando procuramos entender-lhes o espírito. Jesus não poderia ter querido dizer que, em lugar dos amigos, fosse necessário reunir à mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada, e para os homens incapazes de compreender os tons mais delicados do pensamento, precisava usar de imagem fortes, que produzissem o efeito de cores berrantes. O fundo de seu pensamento se revela por estas palavras: “E serás bem-aventurado, porque esses não têm com o que te retribuir”. O que vale dizer que não se deve fazer o bem com vistas à retribuição, mas pelo simples prazer de fazê-lo. Para tornar clara a comparação, disse: convida os pobres para o teu banquete, pois sabes que eles não podem te retribuir. E por banquete é necessário entender, não propriamente a refeição, mas a participação na abundância de que desfrutas.

Essas palavras podem também ser aplicadas em sentido mais literal. Quantos só convidam para a sua mesa os que podem, como dizem, honrá-los ou retribuir-lhes o convite. Outros, pelo contrário ficam satisfeitos de receber parentes ou amigos menos afortunados, que todos possuem. Essa é por vezes a maneira de ajudá-los disfarçadamente. Esses, sem ir buscar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e se sabem disfarçar o benefício com sincera cordialidade.

A - Conclusão:
O convite à participação nos bens de que desfrutamos deve ser inspirado na mais pura fraternidade. Se for motivado pelo desejo de retribuição é mero comércio e demonstração de orgulho e vaidade.

B - Questões para estudo:

1 - Quem são os pobres e estropiados referidos no texto?
São os nossos irmãos mais necessitamos, que não têm condições de retribuir o nosso convite, a nossa doação, a nossa visita, enfim, as nossas atenções.
"E sereis ditosos por não terem eles meios de vô-lo retribuir..."

2 - Como deve ser a atitude do cristão, quando auxilia o irmão necessitado?
Fraterna e discreta, movida pelo sentimento da verdadeira caridade, que nos manda fazer o bem tão somente pelo prazer de o praticar, sem esperar retribuição alguma.

"... praticam a máxima de Jesus se o fazem por benevolência, sem ostentação, e sabem dissimular o benefício, por meio de uma sincera cordialidade."

3 - Como exercitar esta lição em nossa vivência diária?
Convidando para nossa mesa os irmãos, amigos e parentes menos felizes, e atendendo-os fraternalmente em suas necessidades, ao invés de buscarmos apenas o convívio daqueles que nos podem beneficiar com a retribuição de nossos favores.
Encontramos os pobres e os estropiados no seio de nossa própria família.




quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

EVANGELHO NO LAR - André Luiz


Após o Evangelho no lar de Isabel, que está no livro "Os Mensageiros", André Luiz comenta:

"Notei que os céus prometiam aguaceiros . . . Notei que formas sombrias, algumas monstruosas, se arrastavam na rua, à procura de abrigo conveniente. Reparei, com espanto, que muitas tomavam a nossa direção, para, depois de alguns passos, recuarem amedrontadas. Provocavam assombro. Muitas, pareciam verdadeiros animais perambulando na via pública. Confesso que insopitável receio me invadira o coração. Calmo, como sempre, Aniceto nos tranqüilizou:

- Não temam - disse. Sempre que ameaça tempestade, os seres vagabundos da sombra se movimentam procurando asilo. São os ignorantes que vagueiam nas ruas, escravizados às sensações mais fortes dos sentidos físicos. Encontram-se ainda colados às expressões mais baixas da experiência terrestre e os aguaceiros os incomodam tanto quanto ao homem comum, distante do lar. Buscam, de preferência, as casas de diversões noturnas, onde a ociosidade encontra válvula nas dissipações. Quando isto não se lhes torna acessível, penetram as residências abertas, considerando que, para eles, a matéria do plano ainda apresenta a mesma densidade característica.

E, demonstrando interesse em valorizar a lição do minuto, acrescentou:

- Observem como se inclinam para cá, fugindo, em seguida, espantados e inquietos. Estamos colhendo mais um ensinamento sobre os efeitos da prece. Nunca poderemos enumerar todos os benefícios da oração. Toda vez que se ora num lar, prepara-se a melhoria do ambiente doméstico. Cada prece do coração constitui emissão eletromagnética de relativo poder. Por isso mesmo, o culto familiar do Evangelho não é tão só um curso de iluminação interior, mas também processo avançado de defesa exterior, pelas claridades espirituais que acende em torno. Ao homem que ora traz consigo inalienável couraça. O lar que cultiva a prece transforma-se em fortaleza, compreenderam? As entidades da sombra experimentam choques de vulto, em contato com as vibrações luminosas deste santuário doméstico, e é por isso que se mantêm a distância, procurando outros rumos . . .

"Institua o Evangelho no Lar. Quando nos reunimos para estudar os ensinamentos de Jesus é como se abríssemos as portas de nossa casa aos benfeitores espirituais, da mesma forma que desentendimentos e brigas, gritos e xingamentos, favorecem o assalto das sombras." - Richard Simonetti



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O OBSESSOR RENOVADO - história de Divaldo Franco


Divaldo contou uma história verídica, aliás, utilíssima para os dirigentes e doutrinadores de reuniões mediúnicas, que é assim:

Uma jovem já havia passado por reuniões mediúnicas de várias Casas Espíritas. Havia se submetido à fluidoterapia, água fluidificada, afirmando que orava e que estudava a Doutrina Espírita, a fim de se libertar da obsessão.
Chegou ao Centro Espírita Caminho da Redenção solicitando auxílio para sua perturbação espiritual, passando a freqüentar as reuniões doutrinárias.
Passados alguns anos, numa das reuniões mediúnicas da Casa, o obsessor fora doutrinado, como sempre, com amor, mas também com doce energia. O doutrinador finalizou o seu trabalho dizendo que havia tentando os melhores argumentos, esperando encontrar uma resposta, esperando sensibilizá-lo mas . . . não obteve sucesso.
O Espírito que se conservou mudo até aquele presente momento, redargüiu:

- Vocês estão enganados. Eu preciso esclarecer-lhes algo. No início eu odiei essa mulher. São reminiscências de outras encarnações que nos prejudicaram muito. Porém, aos poucos, fui absorvendo as lições que são ministradas nesta Casa de Caridade e após receber as respostas para minhas dúvidas, nos diálogos que travei com o coordenador dos trabalhos, suavizei meu caráter, abrandei meus vícios, e hoje já começo a viver uma vida diferente, tentando praticar aquilo que aprendi. Mas, ao deixar a antiga inimiga, percebi que ela me evocava com seus pensamentos, culpando-me e injuriando-me. Assim, hoje, eu sou por ela obsedado, e peço a Deus que me liberte desse jugo.

E o Espírito desligou-se do médium, afastando-se.
O diretor da Casa falou com a moça sobre a ocorrência, interrogando-lhe sobre a autenticidade dos fatos.
Ela sempre muito calma e paciente passou a agredir o Espírito com palavras ríspidas. Explicou que, como o obsessor a havia prejudicado por anos à fio, impedindo-a de casar-se e constituir família, ela agora também o perturbava, para que ele experimentasse o mesmo sofrimento.
O diretor conservando a calma e com muita bondade, passou a doutrinar agora a encarnada, esclarecendo-a sobre a terapia salutar do perdão, solicitando um estudo profundo da Doutrina Espírita e a sua renovação espiritual.

Dessa história podemos lembrar que:

1ª Muitos procuram a Casa Espírita para resolver seus problemas espirituais. Querem livrar-se de obsessores, de preferência rapidamente. Mas o que devemos deixar bem claro para os que nos procuram é que a cura depende dela mesma. A Casa Espírita é um hospital da alma, mas se o paciente não tomar o medicamento corretamente, este não fará efeito. E o medicamento está no Evangelho de Jesus, que nos pede a reforma íntima, ou seja, a reforma em nossos sentimentos, pensamentos e atos. Retirando dela o ódio, o rancor, a mágoa, o ressentimento, a vingança . . .

2ª “A vingança é um indício certo do estado atrasado dos homens que a ela se entregam, e dos Espíritos que podem ainda inspirá-la. Portanto, meus amigos, esse sentimento não deve jamais fazer vibrar o coração de quem se diga e se afirme espírita. Vingar-se, como vocês sabem, é de tal modo contrário a esta prescrição do Cristo: Perdoai aos vossos inimigos.” - (Jules Olivier)

3ª Geralmente, vemos um desencarnado obsediando um encarnado. Mas, o contrário também acontece. Um encarnado também obsedia um desencarnado com lembranças de ódio, rancor, mágoa, vingança ou por ficar lamentando sua desencarnação fazendo com que este fique preso perto de nós.



As 3 observações foram feitas por Rudymara



QUAL A MELHOR RELIGIÃO?


“TODA RELIGIÃO QUE NÃO MELHORAR O HOMEM NÃO ATINGE SUA FINALIDADE.” (Kardec – O Evangelho segundo o Espiritismo).
Todas ensinam coisas maravilhosas, portanto, "reconhece-se o verdadeiro discípulo, pela sua transformação moral, e pelo esforço que faz para domar as más inclinações."
A religião de Deus não é o Catolicismo, o Protestantismo, o Espiritismo, etc.. A religião de Deus é o “AMOR”, ou seja, a paciência, a tolerância, o respeito, a caridade, o perdão, a piedade, enfim, todo sentimento que deriva da palavra “AMOR”. Pois, disse Jesus que “A cada um segundo suas obras”, e não “a cada um segundo sua religião”.
Cada um deve vivenciar a religião de Deus em todos os lugares que estiver: no lar, na rua, no trabalho, etc., e freqüentar a religião que se achar com maior afinidade, mais feliz, e mais útil para auxiliar o seu progresso espiritual e, consequentemente, o progresso do planeta.
É incoerente dizer-se dessa ou daquela religião e enganar, abusar, maltratar um animal, um idoso, uma criança, um alcoólatra, um doente, um morador de rua, um indígena, etc., enfim, fazer aos que convivem conosco nessa vida o que não queremos que nos façam.
Ser religioso não é apenas frequentar o templo religioso, seguir seus rituais e dogmas como o batismo, por exemplo, e fora do templo ter uma conduta imoral, irresponsável, indisciplinada, desrespeitosa com sua vida e com a dos outros. Podemos enganar todos e a nós mesmos, mas nunca enganaremos as leis de Deus que estão dentro de todas as religiões. Então, lembremos que, nossa conduta é o cartão de visita de nossa religião. Seja ela qual for.


(Texto de Rudymara)




GÊMEOS SIAMESES NA VISÃO ESPÍRITA

212. Há duas almas, nas crianças cujos corpos nascem ligados, tendo comuns alguns órgãos?
“Sim, mas a semelhança entre elas é tal que faz vos pareçam, em muitos casos, uma só alma.” (O Livro dos Espíritos)
Observação: Aqui é citado o caso dos siameses, onde os corpos nascem ligados e alguns órgãos sustentam os dois corpos, mas são duas almas.



Os xifópagos, via de regra, são dois espíritos ligados por cristalizados ódios, construídos ao longo de muitas reencarnações, e que reencarnam nestas condições, raramente por livre escolha e nem por punição de Deus (aliás, Deus não pune, nem castiga, apenas corrige suas criaturas), mas por uma espécie de determinismo originado na própria lei de Ação e Reação (Causa e Efeito), que os hindus denominam de “karma”. Alternando-se as posições como algoz e vítima e, também, de dimensão física e extrafísica, constrangidos por irresistível atração de ódio e desejo de vingança, buscam-se sempre e culminam se reaproximando em condições comoventes, que os obriga a compartilhar até do mesmo sangue vital e do ar que respiram.
(...) Do ponto de vista espiritual, entendemos se tratar provavelmente de dois espíritos ligados por ódio extremo, talvez de muitas reencarnações, e que renascem nestas condições não por livre escolha ou imposiçao da lei divina, mas por uma espécie de determinismo originado na própria lei de causa e efeito. Alternando-se as posições como algoz e vítima e, também, de plano (físico e espiritual), impelidos por irresistível atração de ódio e desejo de vingança, buscam-se sempre e acabam se reencontrando por vezes em circunstâncias dramáticas, que os obrigam a partilhar até do mesmo sangue vital e do ar que respiram.
(...) A convivência ensejará que os dois seres, durante a trajetória (seja ela mais longa ou muito curta), estabeleçam laços de parceria e apoio, despertando sentimentos de amizade, de respeito e início de reconciliação pelo perdão, ainda que imanifestos.


 
FONTE: REVISTA CRISTÃ DO ESPIRITISMO

domingo, 13 de fevereiro de 2011

NO MOMENTO DE DORMIR


O sono é o repouso do corpo, mas o Espírito não necessita desse repouso. Enquanto os sentidos se entorpecem, a alma se liberta parcialmente da matéria, gozando das suas faculdades espirituais. O sono foi dado ao homem para a recuperação de suas forças orgânicas e das suas forças morais. Enquanto o corpo recupera as energias gastas no estado de vigília, o Espírito vai se retemperar entre os outros Espíritos. É então que ele tira, de tudo o que vê, de tudo que percebe, e dos conselhos que lhe são dados, as idéias que lhe ocorrem depois, em forma de intuições. É o retorno temporário do exilado à sua verdadeira pátria, a liberdade momentaneamente concedida ao prisioneiro. Mas acontece, como no caso dos prisioneiros perversos que o Espírito nem sempre aproveita esse momento de liberdade para o seu adiantamento. Se conserva maus instintos, em vez de procurar a companhia dos Bons Espíritos, busca a dos seus semelhantes, e dirige-se aos lugares em que pode liberar as suas más inclinações. Aquele que se acha compenetrado desta verdade eleve o seu pensamento, no momento em que sente aproximar-se o sono; solicite o conselho dos Bons Espíritos e daqueles cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham assisti-lo, no breve intervalo que lhe é concedido. Se assim fizer, ao acordar se sentirá fortalecido contra o mal, com mais coragem para enfrentar as adversidades.

O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVIII, item 38