sábado, 30 de abril de 2011

QUERO SER MÉDIUM - André Luiz


André Luiz acompanhou o missionário Alexandre para observar algumas demonstrações de desenvolvimento mediúnico em um Centro Espírita.
Instantes depois, os primeiros encarnados deram entrada no recinto. André observava a conversa, onde três deles mostravam desânimo, pois tentavam à algum tempo desenvolver a mediunidade sem resultado algum.
Foi iniciada a sessão de desenvolvimento, onde 18 pessoas mantinham-se em expectativa.
Alexandre explica a André Luiz que tal desenvolvimento requer: disciplina, educação, esforço e perseverança. Então, passaram a observar 3 pessoas:

O primeiro foi um rapaz que queria psicografar. Então, Alexandre pede para André Luiz observar o aparelho genital do rapaz, e explicou que ali havia bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores. Sem contar o contato com entidades grosseiras, que se afinavam com as predileções dele.

Passaram, então, a observar o segundo, um senhor de bigode, que demonstrava dificuldade para sustentar o pensamento com relativa calma. Foi concluído que este deveria usar alcoólicos em quantidade regular. O aparelho gastrintestinal encontrava-se totalmente ensopado em aguardente, e invadia os escaninhos do estômago, e começava a afetar o esôfago e a influenciar o bolo fecal. O fígado estava enorme, o baço apresentava anomalias estranhas . . . Então, Alexandre esclareceu dizendo que, André Luiz estava examinando as anormalidades menores.

Depois, passaram a observar a terceira, uma senhora idosa, que era candidata ao desenvolvimento da mediunidade de incorporação. Viu-se então, uma fraquíssima luz que emanava de sua organização mental. O estômago estava dilatado horrivelmente e os intestinos pareciam sofrer estranhas alterações. O fígado estava aumentado. O aparelho digestivo estava cheio de pastas de carne e caldos gordurosos, cheirando a vinagre de condimentação ativa. Enfim, ali estava uma pobre senhora desviada nos excessos de alimentação.

Alexandre concluiu:

- O Espiritismo cristão é a revivescência do Evangelho de Nosso Senhor Jesus-Cristo, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. A mediunidade, porém, não é exclusiva dos chamados "médiuns". Todas as criaturas a possuem, porquanto significa percepção espiritual, que deve ser incentivada em nós mesmos. Não bastará, entretanto, perceber. É imprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do bem. A maioria dos candidatos ao desenvolvimento dessa natureza, contudo, não se dispõe aos serviços preliminares de limpeza do vaso receptivo. Dividem, inexoravelmente, a matéria e o espírito, localizando-os em campos opostos, quando nós, estudantes da Verdade, ainda não conseguimos identificar rigorosamente as fronteiras entre uma e outro, integrados na certeza de que toda a organização universal se baseia em vibrações puras. Inegavelmente, meu amigo André, não desejamos transformar o mundo em cemitério de tristeza e desolação. Atender a santificada missão do sexo, no seu plano respeitável, usar um aperitivo comum, fazer a boa refeição, de modo algum significa desvios espirituais; no entanto, os excessos representam desperdícios lamentáveis de força, os quais retêm a alma nos círculos inferiores. Ora, para os que se trancafiam nos cárceres de sombra, não é fácil desenvolver percepções avançadas. Não se pode cogitar de mediunidade construtiva, sem o equilíbrio construtivo dos aprendizes, na sublime ciência do bem-viver.


Do Livro: Missionários da Luz, capítulo 3
André Luiz (Espírito), psicografia de Francisco Cândido Xavier (médium)


OBSERVAÇÃO: “Há médiuns preocupados em ouvir o gemido dos espíritos desencarnados e não ouvem os gemidos dos encarnados. Temos outros ansiosos por ver espíritos, sem notarem os que sofrem a sua volta; vários desejosos de materializar entidades, sem a preocupação de espiritualizar-se. Então, para o médium será importante que ele se ajuste à dinâmica da Doutrina Espírita, no trabalho da caridade, no esforço da renovação dele e daqueles que o cercam."




sábado, 16 de abril de 2011

ORAÇÃO QUE SE ENTENDAM


Se não entendo o que significam as palavras, serei um bárbaro para aquele com quem falo, e aquele que me fala será para mim um bárbaro. Se oro em uma língua que não entendo, meu coração ora, mas minha inteligência não colhe fruto. Se louvais a Deus apenas com o coração, como é que um homem dentre aqueles que só entendem sua própria língua responderá amém, no fim de vossa ação de graças, uma vez que não entende o que dizeis? Não é que vossa ação não seja boa, mas os outros não são edificados com ela. (Paulo, 1a. Epístola aos Coríntios, 14:11, 14, 16 e 17)

O valor da prece falada está ligado à compreensão que as palavras tenham para quem as ouve, porque é impossível ligar um pensamento àquilo que não se compreende e não se pode sentir com o coração. Para a grande maioria, as preces numa língua que não se entenda são simplesmente uma série de palavras que não dizem nada ao Espírito. Para que a prece toque o coração, é preciso que cada palavra transmita uma idéia e, se não é compreendida, não pode transmitir idéia nenhuma. Pode ser repetida como uma simples fórmula que tem mais ou menos virtudes, conforme o número de vezes que é repetida. Muitos oram por dever; alguns, até mesmo por hábito, pelo que se julgam quites, quando disseram uma prece um certo número
de vezes predeterminado e nesta ou naquela ordem. Deus vê no íntimo dos corações, lê o pensamento e percebe a sinceridade, e é rebaixá-Lo acreditar que Ele seja mais sensível à maneira de orar do que à essência da prece. (O Evangelho segundo o Espiritismo)




quinta-feira, 14 de abril de 2011

A MOÇA QUE COMIA OS PRÓPRIOS CABELOS - história


Aproximadamente três centenas de pessoas, no Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo, em Deuslândia, a 50 quilômetros de Goiânia, assistiram a um caso singular de obsessão. Melhor dizendo, de desobsessão, porque os agressores foram separados da agredida, deixando, portanto, de influenciá-la.
Certa vez, uma jovem foi conduzida pela avó até ali, desesperada ante mania repentina demonstrada pela neta: arrancava tufos do couro cabeludo, mastigando-os e engolindo-os. Este distúrbio é conhecido como tricotilomania. Se pêlos humanos levam anos para se biodegradar, entopem pias e ralos, resistindo até mesmo à soda caustica, imaginem seu acúmulo no aparelho digestivo de uma pessoa!
Era uma moça de pouco mais de 20 anos, de olhar aflito e assustado. A pedido do médium, Geraldo Inácio da Silva, ela retirou o turbante que lhe cobria a cabeça e todos viram o que sobrara de seus cabelos negros muito curtos e ralos e disse:
- Ela está liberada para retornar às atividades normais. Graças a Jesus e à equipe de seu Eurípedes, ela não tem mais obsessor para comer cabelo.
Ela se arrastou por consultórios médicos, tratada por impotentes especialistas que não admitem sequer discutir o processo obsessivo, e que também não curam porque não sabem, quando a doença é de natureza espiritual.
Há quem negue a obsessão, alegando "motivos científicos".
A moça que comia os próprios cabelos, todavia, livre dos obsessores, não os come mais, sem precisar que lhe amarrem as mãos nas costas, aliás, esta providência foi o único remédio realmente eficaz receitado pelos médicos para conter seu apetite insólito.
A medicina acadêmica será muito mais eficiente quando romper a barreira do materialismo sectário em que ainda se deixa prender, em pleno Terceiro Milênio e passar a tratar a pessoa como corpo e espírito.
Podem os espíritos daqueles que já morreram influenciar negativamente um inimigo que continua vivo neste mundo, provocando-lhe inclusive doenças? Jesus respondeu que sim. Não apenas um, mas três dos seus biógrafos - Mateus, Marcos e Lucas - assinam a passagem evangélica denominada "Os endemoninhados gadarenos", onde o Nazareno expulsa uma legião de espíritos maus que atormentam dois homens vistos como alienados mentais.

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Muitas vezes, nos referimos à desobsessão como se fosse apenas a conversa fraterna e esclarecedora, dirigida aos companheiros desencarnados no recinto do templo espírita.
Entretanto, urge esclarecer que a tarefa desobsessiva é de todas as horas, a começar de nós mesmos, na luta diária do auto-aperfeiçoamento, manifestando-se em atitudes diversas, tais como:
Desabotoando o sorriso nos lábios em momentos de tensão e angústia;
Reprimindo as explosões de cóleras;
Evitando a resposta descaridosa;
Suprimindo a palavra contundente;
Controlando os gestos bruscos;
Fugindo às expressões do sarcasmo;
Compulsando o livro nobre;
Buscando o trabalho honesto;
Fortalecendo o serviço da caridade;
Cooperando na paz doméstica;
Sustentando a harmonia no grupo de assistência;
Cultivando paciência e entendimento;
Desvinculando-se dos problemas da ingratidão.
À luz do Espiritismo, desobsessão é sinônimo de libertação e não há libertação verdadeira sem conhecimento de nós mesmos, tanto quanto o auto-conhecimento reclama esforço e persistência, coragem e renúncia.
Por isso, somente com estudo sincero e perseverante da Doutrina Espírita, e exemplificação de seus ensinamentos, poderemos colimar o urgente objetivo da desobsessão em nós, pois foi o próprio Cristo quem um dia afirmou: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres".

André Luiz

segunda-feira, 11 de abril de 2011

CASA DO ATIRADOR É PINTADA DE BRANCO - notícia de hoje


Vizinhos pintam de branco casa da família do atirador do Realengo

Depois de ter sido arrombada e ter o muro pichado com os dizeres "assassino e covarde" no fim de semana, a casa da família de Wellington Oliveira, que matou 12 crianças na Escola Municipal Tasso da Silveira, teve o muro pintado de branco por vizinhos na manhã desta segunda-feira, 11. Os portões que haviam sido arrombados foram fechados com cartolina branca. Vizinhos também colocaram em frente à casa um cartaz pedindo paz.
"A culpa não é do Estado, a culpa não é dos parentes, a culpa não é das crianças, a culpa não é dos funcionários da escola. A dor é de todos. Nosso bairro é pacífico", diz o cartaz. Uma patrulha da Polícia Militar está estacionada em frente á casa para evitar que novos atos de vandalismo ocorram.


Observação: Que ótima notícia! Vejo que nem todos se esquecem dos ensinamentos do Cristo na hora da raiva. A dor não pode nos cegar. A violência não pode ser justificada com violência. Nossas atitudes devem ser pautadas no AMOR que o Cristo nos ensinou. Afinal, somos ou não somos cristãos? Certas atitudes parecem ser ainda da época de Moisés: “Olho por olho, dente por dente”, onde as pessoas eram apedrejadas ou crucificadas em praça pública. Jesus veio mudar esta lei para a lei do AMOR, que traz como consequencia a misericórdia e o perdão. Precisamos orar por aquelas crianças que desencarnaram estupidamente e por aquelas que estão sofrendo com as lembranças da estupidez. Precisamos orar pelos familiares. Mas, precisamos orar também pelo Wellington. Antes de enxergarmos este rapaz como um assassino, lembremos que ele também é filho de Deus, consequentemente, irmão de Jesus e nosso também. Este episódio deve nos levar a questionar: O que estamos ensinando aos nossos filhos de moral cristã? Como nossos filhos tratam os colegas, os professores, os funcionários e a escola em si? Que exemplo estamos dando aos nossos filhos? Estamos ensinando nossos filhos serem pacíficos? Quem sabe o que este rapaz sofreu de massacre psicológico? Como julgar uma pessoa que não conhecemos seus sentimentos mais íntimos? A polícia quer vasculhar a vida de Wellington, mas e a vida espiritual, quem pode vasculhar? Só Deus. Toda história tem dois lados. Por isso: “Não julgueis, afim de não serdes julgados; porque sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; empregar-se-á convosco a mesma medida de que vos tenhais servido para com os outros. (Mateus, VII – 1 e 2). Somos juízes ferrenhos nas causas alheias dos desconhecidos, mas para com os nossos entes queridos o julgamento é mais brando. O julgamento tem dois pesos e duas medidas. Por quê? Porque ainda não vemos o próximo como irmão. Porque ainda somos egoístas. Porque ainda não somos misericordiosos. Porque ainda não somos indulgentes.

Que a atitude desses moradores sirva de exemplo para que a paz se espalhe para outros bairros, cidades e paises. Chega de linchamento! Chega de chacota com as diferenças alheias! Chega de bullying! Chega de revide! Chega de massacre psicológico!



"SANTIFICAÇÃO É ALGO DISTANTE DE MIM" - diz padre Vitor em psicografia



- Meu Deus ! Quando volto do trabalho socorrista, às vezes me pego pensando : Por que isto? Por que tantos desatinos em nome do egoísmo? Pode o homem encarnado esquecer-se tanto do Criador ou, banalizando-o, vendê-lo, satirizá-lo assim? Alguns dias sempre são mais difíceis que outros, mesmo aqui na espiritualidade. Sou de natureza crítica e não consigo, ainda, reter meus impulsos de severidade. Trago resquícios da batina, me pego pregando em vez de aconselhar, ditando regras em vez de conduzir e acolher. Envergonho-me pelas minhas falhas e, quando ultrapasso os limites do bom senso, refugio-me na colônia em lugar aprazível para pensar. Num destes dias estava mergulhado em profunda reflexão quando alguém chegou calmamente, sentou-se ao meu lado, tocou-me o ombro e disse:

- Não seria mais fácil dividir a reflexão do que pensar só?

Era Anita, companheira querida de trabalho, alma generosa que a cada dia se ilumina mais pela abnegação. Chorei feito criança necessitada de aconchego em ombro amigo, fiquei por alguns instantes reconfortado e, após longo silêncio, considerei:

- Anita, minha irmã, me sinto incapaz de servir a Jesus, pois sou ainda pequeno e presunçoso, trago, ainda, as insígnias do clero e acho que erro mais que acerto. Como posso querer mudanças radicais do semelhante, se não aprendi a ser humilde? Como posso dizer que amo se ainda condeno os erros humanos? Ah ! Jesus deve me condenar por isso.

- Vítor, não diga bobagens. Você é Espírito em busca da luz, suas imperfeições e as minhas são comuns. O que esperava? Que se libertando do corpo se libertaria das suas mazelas? Que vivendo numa colônia espiritual estaríamos no paraíso? Somos ainda falíveis, mas precisamos lutar para crescer. Você precisa questionar menos e servir mais. Estudar com afinco, orientar-se com Abel e os nossos mentores em vez de refugiar-se em suas reflexões. Meu amigo é difícil para mim também. Quando vejo meus familiares sofrendo ou cometendo desatinos, chego a dizer a eles: O que é isso? Esqueceu-se do compromisso? Onde está os princípios espíritas, o exemplo de seu pai? E eles não me ouvem as súplicas e sofro e me culpo. Custou-me descobrir que não é a doutrina que nos modifica, mas a educação de nossos instintos inferiores, a revisão dos nossos valores. Do mesmo modo como você se apega a alguns ranços da Igreja, eu o fazia com o Espiritismo. É falta de informação, Vítor, pois ninguém muda por fora se não o fizer por dentro, compreende?

Como bálsamo de luz, aquelas palavras me acalmaram e me conduziram a nova visão. Abracei a irmã como um filho a uma mãe e acho até que naquele momento era o que precisava.

(Trecho do livro : Memórias de Padre Vítor)


“E ainda me chamam santo? Que hipocrisia! Que engano! Sou mais devedor que muitos que estão na carne. Como posso ser santificado se ainda se refletem em mim os erros do desengano e me ressinto de alguns problemas ainda não resolvidos. Não! A santificação é algo muito distante de mim.” (Padre Vítor)



O QUE É SANTO NA VISÃO ESPÍRITA? "É um atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever" - André Luiz




domingo, 10 de abril de 2011

ALGUÉM NASCE PREDESTINADO A MATAR?



Não, ninguém nasce para matar. Nascemos para evoluir. Se alguém nascesse predestinado a matar não estaria evoluindo. Portanto, ninguém nasce predestinado ao crime e todo crime ou qualquer ato, seja bom ou ruim, resulta sempre da vontade e do livre-arbítrio da pessoa. Aceitar a idéia que alguém nasce predestinado a cometer um crime seria acreditar que o assassino não é um criminoso, e sim um instrumento que Deus utiliza para punir alguém, o que seria um absurdo.
COMO RESSARCIR NOSSO DÉBITO COM A LEI DIVINA? A LEI É “OLHO POR OLHO, DENTE POR DENTE”? Não. Se fosse estaríamos num circulo vicioso, por exemplo: se eu matei alguém no passado, nesta encarnação alguém tem que nascer para me matar para eu quitar meu débito, e depois outro alguém terá que nascer para atirar no meu assassino, e assim sucessivamente. E na verdade o resgate acontece assim, por exemplo: quem matou uma pessoa a facadas na região do estômago, não necessita que alguém lhe dê facadas na mesma região para que ela resgate seu débito. Esta poderá reencarnar predisposto a desencadear uma úlcera ou um câncer no órgão que ele lesou no próximo. Os códigos divinos dispõem de mecanismos hábeis para regularizar os conflitos e os atentados às Leis, sem gerar novos devedores, e conforme muito bem acentuou Jesus: "O ESCÂNDALO É NECESSÁRIO, MAS AI DO ESCÂNDALOSO”, ou seja, A REGULARIZAÇÃO DE DÉBITO É NECESSÁRIA, MAS AI DO REGULARIZADOR. Portanto, ninguém tem o direito de tornar-se um desumano regularizador das Leis de harmonia, utilizando-se dos próprios e ineficazes meios.
ENTÃO, ESTAMOS SUJEITOS A QUALQUER TIPO DE MORTE PARA REGULARIZAR NOSSO DÉBITO? A Terra é um planeta de provas e expiações. O simples fato de aqui vivermos significa que somos Espíritos comprometidos com débitos que justificam qualquer tipo de sofrimento ou morte que venhamos a enfrentar, como contingência evolutiva, sem que tenha ocorrido um planejamento dos superiores celestes nesse particular.
QUE DÉBITO TEM UMA CRIANÇA? Não podemos esquecer que, uma criança, é um Espírito que traz, ao reencarnar, uma bagagem de ações boas e/ou más que fizeram em encarnação anterior. É um Espírito velho num corpo novo. Ninguém sofre por acaso. Elas também estão no mundo para resgatar algum débito do passado. Ficamos sensibilizados com a morte de uma criança, mas talvez, se soubéssemos o que fizeram, ficássemos assustados.
QUE REAÇÃO DEVE TER O ESPÍRITO QUE DESENCARNOU ASSASSINADO, NO PLANO ESPIRITUAL? As “pseudovítimas”, se conseguirem superar as reações de ódio e vingança, ganham muito. Regressam à Espiritualidade como alunos bem sucedidos em inesperado teste, habilitando-se a uma situação melhor no futuro. E aqueles que se tornarem verdugos (obsessores), um trágico futuro os aguarda, em virtude de seu comprometimento com o mal. Este conselho serve também aos encarnados. Toda vingança é contrário ao perdão. O assassino é um enfermo da alma. Fazer justiça com as próprias mãos seria igualar-se ao irmão desequilibrado. O pedido de Jesus, não deve ficar na lembrança ou papel. É no momento de dor que somos testados. Como nos pediu Jesus: "Se alguém te bater numa face, apresenta-lhe a outra". Explica Joanna de Ângelis: "A vida possui duas faces: a boa e a má. Uma é a face da violência, do orgulho ferido, da vaidade mesquinha, do medo. A outra é a da paz, da confiança no bem, da vitória do amor, da dignidade." Então, se alguém nos ofender ou ferir, apresentemos a ele a outra face que ele desconhece, que é a da paz, do perdão . . .

sábado, 9 de abril de 2011

"O ASSASSINO É UM ENFERMO DA ALMA" - disse Divaldo Franco


Divaldo Pereira Franco, narra em uma de suas palestras, uma emocionante história de amor :

Uma mãe o procurou pedindo socorro, pois o filho havia sido assassinado pelo próprio amigo. Divaldo, sensibilizado disse :
- Minha irmã, eu não tenho nada para lhe dizer, porque há dores que são tão pessoais, que o silêncio é a única palavra.
Na hora que ele a abraçou, viu o espírito de Joanna de Ângelis se aproximar e dizer :
- Parabenize-a.
Divaldo achou estranho, pois como parabenizar uma mãe cujo filho foi assassinado? Mas ela explicou:
- Eu daria pêsames, se ela fosse a mãe do assassino. Seu filho não morreu, mas o criminoso perdeu a reencarnação, seu filho vive.
E Joanna trouxe-o e disse :
- Pense na mãe do assassino, coloque-se no lugar dela.
E a mulher respondeu :
- Eu a odeio.
E Joanna perguntou :
- Que culpa tem ela de ter gerado um filho doente? Que culpa tem a senhora de ter gerado a vítima da loucura? Pense na dor que ela deve estar experimentando.
E o filho despertou, viu a mãe e começou a falar (através da mediunidade de Divaldo), por uns 15 minutos. No final da mensagem, os espíritos amigos disseram para que a mulher procurasse a mãe do algoz (assassino). A mulher emocionada, atendeu ao pedido, abraçou Divaldo agradecida, e lá se foi em busca da amiga sofredora. E no sábado seguinte, ambas visitaram Divaldo, onde este, sugeriu que elas visitassem o rapaz, e completou dizendo:
- Mãe, seu filho está enfermo (da alma), ame-o, e lhe fale do amor. A necessidade que ele tem de ter a mãe nesse momento, é grande. Ele deve estar despertando da loucura e deve ser amado.

Recomendou Jesus: “Aprendestes com as leis de Moisés a: “Amar o vosso próximo e odiar os vossos inimigos.” Eu, porém, vos digo: “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam (...) Porque, se só amardes os que vos amam, qual será a vossa recompensa?(...)” (Mateus, V – 43 – 47)





sexta-feira, 8 de abril de 2011

"NINGUÉM MATA NINGUÉM" - disse Chico Xavier



O médium baiano Divaldo Pereira Franco, conta uma emocionante história em uma de suas palestras. Certo dia, um casal o procurou para contar um triste episódio de suas vidas. Contou-lhe a esposa:
"Éramos felizes com nossos seis filhos. Entre eles nossa garotinha de cinco anos que chamava-se Margarette. Até que um dia, uma terceira personagem apareceu em nossas vidas. Meu marido, homem sempre bom, atencioso, excelente pai, não reagiu às circunstâncias e, lentamente, trocou o nosso lar por outro. Começou a visitar essa criatura, a diminuir a constância para conosco, enquanto aumentava a sua presença junto a ela. Deixou de vir à casa. Passou a estar conosco apenas periodicamente. Nossa Margarete, a quem ele tanto amava, passou a murchar como uma flor de estufa que perdesse a vitalidade. Um ano se passou terrível. Iniciamos o processo de desquite para o futuro divórcio. Eu tentava contornar o assunto. Mas Margarette chorava e não dizia nada. Quando ele chegava, tomava-lhe as mãos pequeninas e dizia-lhe:
"Meu bem, quando você crescer, quando compreender o mundo e souber de todas as coisas duras da vida, se não puder perdoar alguma coisa má, ao menos desculpe, sim? Você me promete?"
Margarette respondia dizendo:
"Prometo, papai."
Ela não cansava de implorar que ele voltasse a dormir em casa. No tormento em que se debatia nos conflitos de consciência, meu esposo iniciou o retorno. Vinha aos sábados e ia-se aos domingos à tarde. Depois já aparecia no meio da semana. Passou a dormir e a fazer as refeições em casa. Fez a viagem de volta, o retorno ao lar. Até que me pediu perdão e permissão para voltar. Eu aceitei. Quando tudo parecia voltar ao normal, nossa Margarette, sumiu na saída da escola. Nenhuma notícia. Percorremos a cidade enlouquecidos. Pronto-socorro, hospitais, necrotérios, rodoviária, nada . . . Dias após, crianças encontraram o corpo de nossa filhinha Margarete em matagal. Despedaçado, em putrefação. A polícia instaurou inquérito. Quem poderia ser? De suspeita em suspeita chegou-se à antiga companheira de meu marido. Levada a interrogatório severo, confessou:
"Matei! Mataria outra vez, mil vezes, porque ela me desgraçou. Tomou de mim o homem a quem eu amava. Para vingar-me, raptei-a e matei-a, para ela nunca mais fazer isso com ninguém."
Enlouquecido e desesperado, meu marido queria ir ao cárcere decepar as mãos da criminosa e matar-se depois . . . Foi neste estado de ódio, que ouvimos falar de um homem bom como a água refrescante da fonte: Francisco Cândido Xavier. Fomos procurá-lo, e quando ele passou perto de nós gritei:
"Chico, mataram minha filha!"
Ele passou a mão na minha cabeça e disse:
"Meu bem, ninguém mata ninguém. Sua filhinha vive. Nossa Margarete está aqui. Foi trazida pela avozinha. Acalme-se. Você não confia em Deus?"
Sentei-me. Na madrugada de sábado, chamaram pelo meu nome e pelo do meu marido. Era uma mensagem de nossa filha Margarete. Não sei até hoje o que senti. A mensagem dizia:
"Mãezinha, meu querido papai! Vim, para dizer-lhes que estou viva! Se alguém pensou em me magoar, não conseguiu, papai. Não sei explicar a vocês como tudo aconteceu. Eu me recordo que saía do Jardim de Infância, quando uma pessoa me chamou. Segurou-me, fez-me entrar no carro. Eu não sei o que me aconteceu, mas ninguém me magoou. Não fique triste, papai. Não senti nada. Só saudade. Eu dormi. Se cortaram o meu corpo, não vi. Soube depois. Se ficou todo quebradinho, também não vi. Dormi e quando acordei vovó Felicidade me acarinhava, pedindo que eu acordasse. Eu perguntei o que fazia ali, e perguntei por vocês. Ela me explicou que não poderia vê-los por enquanto, porque eu estava num hospital recebendo tratamento. Chorei muito com saudade de vocês (e citou o nome dos irmãos). Naquele momento, entrou uma moça bonita, bem vestida, parecendo professora que se apresentou dizendo ser a tia Lídia, sua irmã mamãe, dizendo estar ali para substitui-la. Foi então que ela me contou que estava morta e eu também. Depois pediu que eu dormisse. Voltei a dormir. Quando acordei, titia e vovó me disseram que vocês estavam sofrendo muito. Eu pedi para vê-los, para abraçá-los e vi você com ódio, papai. Paizinho, você se lembra do que me dizia? - 'Se não puder perdoar, pelo menos desculpe'. Paizinho, desculpe! Ninguém nos fez nenhum mal. Eu tinha que voltar para cá e voltei. Mas nunca, nunca mais nos separaremos. Vovó está dizendo que devemos perdoar, e se não pudermos, temos o dever de desculpar. Voltarei outro dia, papai. Eu vim pedir-lhes que desculpem. Paizinho, até já! Mamãe querida, você que é mãe, me compreende melhor, portanto, perdoe! Beija-os a sempre sua, Margarete." O senhor pode imaginar o que sentimos . . . Demo-nos as mãos. Voltamos para casa. É ainda difícil perdoar, mas pelo menos, a gente está tentando desculpar . . ."

Disse Jesus: " Se perdoardes aos homens as faltas que cometerem contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, se não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados." (Mateus, VI - 14-15)


CHICO XAVIER E O VERME - história verídica


Um confrade entusiasta elogiava o Chico à queima-roupa, ao fim de movimentada sessão pública, e o Médium desapontado, exclamou:

— Não me elogie desta maneira. Isso é desconcertante. Não passo de um verme neste mundo.

Emmanuel, junto dele, ouvindo a afirmação, falou-lhe paternal:

— O verme é um excelente funcionário da Lei, preparando o êxito da sementeira pelo trabalho constante no solo e funciona, ativo, na transmutação dos detritos da terra, com extrema fidelidade ao papel de humilde e valioso servidor da natureza... Não insulte o verme, pois, comparando-se a ele, porqüanto muito nos cabe ainda aprender para sermos fiéis a Deus, na posição evolutiva que já conseguimos alcançar...

O Médium transmitiu aos circunstantes o ensinamento que recebeu, ensinamento esse que tem sido igualmente assunto de interesse em nossas meditações.


Do livro: Lindos casos de Chico Xavier

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A MAIS BELA VISÃO DE DIVALDO FRANCO

A MAIS BELA VISÃO DE DIVALDO

Contou Divaldo que estava psicografando a obra "Primícias do Reino", livro em que Amélia Rodrigues narra muitas experiências do Evangelho. Ela já tinha lhe contado que, para escrever tal obra, havia consultado registros do mundo espiritual, projeções que eles chamam "cenas vivas", como se fossem ideoplastias que reconstituem cenas (modelagem da matéria pelo pensamento). Na madrugada em que ela ia prefaciar a obra, ela o fez sair em desdobramento do corpo físico.

Disse Divaldo: "Vi-me lá na Mansão do Caminho, onde numa área muito arborizada me deparei com uma espécie de anfiteatro grego, a céu aberto, onde se encontravam muitos espíritos para assistirem a cenas que eram narradas no livro. Naquele momento, então, chegaram entidades que eu penso serem técnicos do mundo espiritual e, movimentando as mãos dentro de verdadeiras ânforas de vidro, foram surgindo as personagens da narrativa. Era um fenômeno, portanto, de ideoplastia. Maria de Magdala, Nicodemos, várias entidades. Menos, naturalmente, Jesus e sua mãe. Mas, de alguma forma, havia uma grande luz e, também, uma forma feminina sem detalhes que seria da Grande Senhora."

A cena era tão enriquecedora, tão transcendente, que Divaldo perdeu os sentidos, não suportando a emoção.

Ele disse que essa foi a mais bela visão psíquica da sua vida.


Do livro: Divaldo Franco - A história de um humanista
De: Jason de Camargo



Observação: Recebi um e-mail com suposta carta psicografada pela esposa (desencarnada) de um cantor famoso onde esta afirmava ter visto Jesus. Por isso, resolvi chamar a atenção das pessoas para este assunto colocando esta história. A Doutrina Espírita alerta: "É melhor rejeitar 10 mensagens verdadeiras do que aceitar uma falsa", disse Erasto.



JESUS FALOU COM DIVALDO FRANCO? - história

FENÔMENO IDEOPLÁSTICO SOBRE JESUS

Narra Divaldo que no ano de 1956 ele se encontrava na cidade do Rio de Janeiro, hospedado na residência de Da. Celeste Motta, realizando uma série de conferência naquela cidade e seus arredores. Estava em férias do Instituto onde trabalhava.

"Uma noite, contou-nos ele, vivenciei algo de grande significado para mim. Vi-me em uma área verdejante que se perdia no horizonte visual sob um céu de esplendente azul-turqueza. Como tenho tendência religiosa muito acentuada e cultivo o hábito da oração, comecei a sintonizar com o Pensamento Cósmico, e, subitamente, vi que as nuvens movimentavam-se formando um perfil humano. Não saíra do espanto, quando me apareceu a face de Cristo - a que se tornou conhecida através dos séculos - que não quer dizer a verdadeira, mas que de certo deverá ter similitude. Emocionei-me e informei ao Nilson, que surgira, não sei de onde, pedindo-lhe que olhasse naquela direção. Ato contínuo, quando voltei à observação, dei-me conta de que desaparecera no alto e, apenas distante alguns metros, estava a forma do Mestre. Automaticamente, exclamei: - Jesus! Ele voltou a cabeça, desenhando um ângulo reto sobre o ombro esquerdo, sorriu, melancólico, e perguntou-me:
- Tu me amas?
- Sim, Senhor, eu Te amo.
- Então, perdoa a todos aqueles que te ofenderam.
Eu retruquei, muito emocionado:
- Ninguém nunca me ofendeu, razão nenhuma tenho para perdoar.
Novamente, Ele interrogou-me:
- Tu me amas?
- Sim, Senhor. Eu Te amo.
- Então perdoa a todos aqueles que te ofendem.
Repassei pela mente as minhas emoções e redargüi:
- Ninguém me ofendeu e, por isso, não tenho como perdoar.
Por terceira vez, Ele inquiriu-me:
- Tu me amas?
- Sim - respondi-Lhe trêmulo - Tu sabes que eu Te amo.
- Então, perdoa a todos que te ofenderem a eu constatarei que me amas.

É claro que a visão espiritual não foi com Jesus, foi apenas um fenômeno de ideoplastia ou com algum Espírito nobre que me desejasse advertir em relação ao futuro, quando eu seria visitado por muitas calúnias, perseguições de amigos e de confrades, agressões morais e físicas, chacotas e ironias, a que nunca dei o valor que pareciam merecer.
Por amá-Lo, tenho pautado a minha vida em grande silêncio, toda vez quando sou agredido, ou malsinado, incompreendido, ou caluniado, nunca me justificando, nem permitindo que a maledicência encontre respaldo em minhas palavras, porque elegi com todo rigor a aceitação das provas que me são propostas pelas leis da Vida em favor do meu progresso espiritual."


Do livro: Divaldo Franco - a história de um humanista
De: Jason de Camargo

domingo, 3 de abril de 2011

ONDE FICA NOSSA INTELIGÊNCIA?

Para responder esta pergunta primeiro precisamos saber QUEM SOMOS.

Segundo explicação dos Espíritos a Kardec em O Livro dos Espíritos, SOMOS ESPÍRITOS, e os Espíritos são o princípio inteligente do universo e sua forma, para que possamos entender, é como se fosse “uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.” Então, podemos concluir que não temos uma forma definida. Nós adquirimos uma forma a cada encarnação. E esta forma só é possível graças ao PERISPÍRITO. Quanto mais evoluído for o Espírito, mais sutil (fino) será o perispírito. Os elementos que formam o perispírito é retirado do fluido existente no planeta que o Espírito irá encarnar. Quando o Espírito se tornar um Espírito puro, através das muitas encarnações, ele não precisará mais do perispírito, este então não existirá mais. Mas, um Espírito puro pode escolher encarnar (mesmo sem precisar) para ajudar na evolução de um povo ou de um planeta, como foi o caso de Jesus. Neste caso, ele utilizará um perispírito novamente, no tempo que estiver encarnado e poderão também utilizar o perispírito para serem reconhecidos onde fizerem aparições. Portanto, chegará um dia que não utilizaremos um corpo físico porque não precisaremos encarnar mais e nem corpo espiritual ou corpo astral (perispírito) porque seremos um Espírito puro, seremos apenas uma chama, um clarão ou uma centelha etérea.

Estas informações nos faz pensar que: Jesus e Deus não tem um corpo definido ao nosso limitado conhecimento. Portanto, não ficam sentados em tronos; se o Espírito não tem forma também não tem sexo, ou seja, ser do sexo masculino e feminino só quando estamos encarnados; que os Espíritos não retrocedem na evolução, portanto, quando alcançam a perfeição não se rebelam, porque não abrigam mais sentimentos de orgulho ou revolta.


Onde fica nossa inteligência?

No ESPÍRITO. Se fosse no corpo físico tudo que adquiríssemos de conhecimento e aprendizado se perderia com a morte do corpo físico. Se ficasse no perispírito, todo conhecimento e aprendizado se perderiam quando não precisarmos mais do perispírito. Então, a inteligência, conhecimento e aprendizado ficam armazenados no ESPÍRITO. Só ele é eterno.

Onde fica a inteligencia dos deficientes mentais?

Geralmente são Espíritos que usaram a inteligência para prejudicar o próximo ou foram suicidas. A Providência Divina permite que determinados espíritos reencarnem nesta condição, para aprenderem uma grande lição através do constrangimento a que ficam sujeitos, totalmente impossibilitados de se manifestarem normalmente. Neste caso, o corpo físico é planejado (antes de encarnar) para aquele Espírito. Ele (corpo físico) terá limitações para dificultar a manifestação do Espírito preso a ele. Mas, o conhecimento, o aprendizado que adquiriram anteriormente continua guardado no ESPÍRITO, mas naquela encarnação não poderá se manifestar. Não pensemos que a existência como excepcional seja perdida em termos de aprendizado. O espírito sofre não poder manifestar-se, contudo mantém todas as suas faculdades e gradativamente aprenderá a não utilizá-las mal. O deficiente mental é como um motorista de fórmula 1 que tem um carro inferior com motor ruim. Ele sabe dirigir, mas o carro (corpo físico) não corresponde a altura de seu conhecimento e vontade.


TEXTO DE RUDYMARA