quinta-feira, 14 de abril de 2011

A MOÇA QUE COMIA OS PRÓPRIOS CABELOS - história


Aproximadamente três centenas de pessoas, no Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo, em Deuslândia, a 50 quilômetros de Goiânia, assistiram a um caso singular de obsessão. Melhor dizendo, de desobsessão, porque os agressores foram separados da agredida, deixando, portanto, de influenciá-la.
Certa vez, uma jovem foi conduzida pela avó até ali, desesperada ante mania repentina demonstrada pela neta: arrancava tufos do couro cabeludo, mastigando-os e engolindo-os. Este distúrbio é conhecido como tricotilomania. Se pêlos humanos levam anos para se biodegradar, entopem pias e ralos, resistindo até mesmo à soda caustica, imaginem seu acúmulo no aparelho digestivo de uma pessoa!
Era uma moça de pouco mais de 20 anos, de olhar aflito e assustado. A pedido do médium, Geraldo Inácio da Silva, ela retirou o turbante que lhe cobria a cabeça e todos viram o que sobrara de seus cabelos negros muito curtos e ralos e disse:
- Ela está liberada para retornar às atividades normais. Graças a Jesus e à equipe de seu Eurípedes, ela não tem mais obsessor para comer cabelo.
Ela se arrastou por consultórios médicos, tratada por impotentes especialistas que não admitem sequer discutir o processo obsessivo, e que também não curam porque não sabem, quando a doença é de natureza espiritual.
Há quem negue a obsessão, alegando "motivos científicos".
A moça que comia os próprios cabelos, todavia, livre dos obsessores, não os come mais, sem precisar que lhe amarrem as mãos nas costas, aliás, esta providência foi o único remédio realmente eficaz receitado pelos médicos para conter seu apetite insólito.
A medicina acadêmica será muito mais eficiente quando romper a barreira do materialismo sectário em que ainda se deixa prender, em pleno Terceiro Milênio e passar a tratar a pessoa como corpo e espírito.
Podem os espíritos daqueles que já morreram influenciar negativamente um inimigo que continua vivo neste mundo, provocando-lhe inclusive doenças? Jesus respondeu que sim. Não apenas um, mas três dos seus biógrafos - Mateus, Marcos e Lucas - assinam a passagem evangélica denominada "Os endemoninhados gadarenos", onde o Nazareno expulsa uma legião de espíritos maus que atormentam dois homens vistos como alienados mentais.

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Muitas vezes, nos referimos à desobsessão como se fosse apenas a conversa fraterna e esclarecedora, dirigida aos companheiros desencarnados no recinto do templo espírita.
Entretanto, urge esclarecer que a tarefa desobsessiva é de todas as horas, a começar de nós mesmos, na luta diária do auto-aperfeiçoamento, manifestando-se em atitudes diversas, tais como:
Desabotoando o sorriso nos lábios em momentos de tensão e angústia;
Reprimindo as explosões de cóleras;
Evitando a resposta descaridosa;
Suprimindo a palavra contundente;
Controlando os gestos bruscos;
Fugindo às expressões do sarcasmo;
Compulsando o livro nobre;
Buscando o trabalho honesto;
Fortalecendo o serviço da caridade;
Cooperando na paz doméstica;
Sustentando a harmonia no grupo de assistência;
Cultivando paciência e entendimento;
Desvinculando-se dos problemas da ingratidão.
À luz do Espiritismo, desobsessão é sinônimo de libertação e não há libertação verdadeira sem conhecimento de nós mesmos, tanto quanto o auto-conhecimento reclama esforço e persistência, coragem e renúncia.
Por isso, somente com estudo sincero e perseverante da Doutrina Espírita, e exemplificação de seus ensinamentos, poderemos colimar o urgente objetivo da desobsessão em nós, pois foi o próprio Cristo quem um dia afirmou: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres".

André Luiz

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