terça-feira, 30 de junho de 2020

APOCALIPSE NA VISÃO ESPÍRITA



Antes de fazermos uma relação entre espiritismo e o fim do mundo vamos entender a origem do Apocalipse professado em diversas doutrinas religiosas. Praticamente tudo que sabemos até hoje sobre o Apocalipse vem do livro do apóstolo João. O livro do Apocalipse ("O livro da revelação") e também chamado de Apocalipse de João, é um livro da Bíblia — o livro sagrado do cristianismo — e o último da seleção do Cânon bíblico escrito por João na ilha Patmos.
A palavra apocalipse, do grego αποκάλυψις, apokálypsis, significa "revelação", formada por "apo", tirado de, e "kalumna", véu. Um "apocalipse", na mesma terminologia do judaísmo e do cristianismo é a revelação divina de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus. Por extensão, passou-se a designar de "apocalipse" aos relatos escritos dessas revelações. Devido ao fato de, na maioria das bíblias em língua portuguesa, usar o título Apocalipse e não Revelação, até o significado da palavra ficou obscuro, sendo às vezes usado como sinônimo de "final dos tempos".
À luz da Doutrina Espírita, esse "final dos tempos", na verdade, se refere ao término do ciclo planetário chamado "provas e expiações". É conhecido através das obras básicas de Allan Kardec, em a Gênese e o livro dos espíritos, que os mundos possuem uma gradação evolutiva, iniciando sua caminhada nos primeiros estágios chamados de mundos primitivos e concluindo ao atingir o estágio evolutivo de mundos celestes. A Terra está apenas no segundo estágio dessa cadeia evolutiva, ou seja, ainda distante de terminar sua jornada.
Allan Kardec esclarece que "para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Substitui-los-ão espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade." A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares."
Os espíritos através da psicografia do médium Divaldo Pereira Franco detalham o momento planetário que vivemos: " Vive-se, na Terra, o momento da grande transição de mundo de provas e de expiações, para mundo de regeneração. As alterações que se observam são de natureza moral, convidando o ser humano à mudança de comportamento para melhor, alterando os hábitos viciosos, a fim de que se instalem os paradigmas da justiça, do dever, da ordem e do amor. Anunciada essa transformação que se encontra ínsita no processo da evolução, desde o Sermão profético anotado pelo evangelista Marcos, no capítulo XIII do seu livro, quando o Divino Mestre apresentou os sinais dos futuros tempos após as ocorrências dolorosas que assinalariam os diferentes períodos da evolução".
Então fica claro que o planeta não será destruído na sua forma física, mas que sofrerá uma mudança em sua psicosfera. Aqueles espíritos que estiverem presos aos sentimentos mais densos da alma precisarão ir para outra "escola", e, assim, despertarem suas consciências. O mundo e as relações interpessoais deverão ser de amor e baseados na cooperação entre os povos, e os anseios coletivos, sobrepor aos individuais. Essa revolução planetária faz parte do planejamento feito pelo Mestre Jesus a cerca de 4,5 bilhões de anos.
Entretanto, o mais importante é saber que ainda há tempo para nossa transformação moral. Jesus não espera santidade de nós e sim, encontrar em nossos corações a semente da mudança, aquela vontade sincera de sermos seres humanos melhores.


JORGE GRANJA DE OLIVEIRA JR
*Médico veterinário, servidor público e professor universitário

segunda-feira, 29 de junho de 2020

LIVRE-ARBÍTRIO E PROGRESSO


                            

I.  LIVRE-ARBÍTRIO E DETERMINISMO

Filosoficamente, livre-arbítrio é a faculdade de livre determinação da vontade humana. Liberdade de pensar, ajuizar e, consequentemente, de escolher como quer agir.
E determinismo é o acontecimento de fatos sem que a pessoa possa ajuizar, escolher, usar a sua vontade, porque outras causas (internas ou externas) é que determinam o ato, mesmo que a pessoa tenha conhecimento de que é afetada pelo que acontece, sinta e reconheça a sua influência.

Os espíritos, encarnados ou não, tem livre-arbítrio?

Em princípio, basicamente, sim. De outro modo, não teriam responsabilidade pelo mal que praticassem nem mérito pelo bem que fizessem.
Mas esse livre-arbítrio não é pleno, completo, em tudo e para tudo, porque é relativo à evolução do ser.

Nas primeiras fases da evolução anímica (da alma)

O espírito quase não tem livre-arbítrio e fica mais sujeito ao determinismo. Isso porque o exercício acertado da vontade requer conhecimento e experiência e, nessas primeiras fases de sua evolução, o espírito não os tem; falta-lhe, então, capacidade para melhor avaliação e escolha.
Nessa fase, Deus (através dos espíritos mais elevados) lhe supre a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir.
O espírito é colocado diante de situações que não foram escolhidos por ele, mas planejadas por orientadores espirituais, a fim de estimular seu desenvolvimento intelectual e moral.
Ex.: Fica submetido ao instinto (que guia o ser aos atos necessários à sua conservação e a da sua espécie). Não escolheu o instinto, não o quis por sua vontade, mas sua inteligência ainda não desenvolvida não o poderia ajudar.

À medida que o espírito evolui

Começa a adquirir experiência, desenvolver suas faculdades. Passa, então, a ter alguma liberdade de escolha. Esse livre-arbítrio irá crescendo cada vez mais, até o espírito não mais ficar submetido a determinismo algum.
Mesmo porque, aperfeiçoando, o espírito entende o plano divino e a ele adere, cooperando voluntariamente.
Exemplo de Jesus: "Eu não busco a minha vontade e, sim, a vontade daquele que me enviou."
(Jo 5:30).

Ainda sofremos algum determinismo

Apesar de já estarmos na escala humana, há condições que nos são impostas pela Providência Divina, visando à continuidade obrigatória de nosso progresso.
Ex.: Encarnar e desencarnar (Jesus já transcendia a isso - Jo 10:17/18); habitar determinado mundo; enfrentar certo tipo de experiência.
É ainda por determinismo divino que, querendo ou não, estamos sujeitos à lei de causa e efeito, ao receber as conseqüências de nossos atos (bons ou maus), no mundo terreno ou no plano espiritual. Já tivemos o livre-arbítrio (ao agir) e, agora, a lei divina nos determina colhermos o resultado.


O determinismo em nossa vida

Podemos reconhecê-lo naquelas situações e acontecimentos muito importantes em nossa vida, capazes de influir muito em nossa evolução e que não provocamos nem tivemos oportunidade correta de avaliação e escolha. Parece que não exercemos nossa vontade, mas é que obedecemos a um programa divino.
É o caso das expiações e, também de certas provas: o mundo em que vivemos; grandes e inevitáveis sofrimentos; posição social e condições físicas em que nascemos; o encontro com certas pessoas, relacionadas ao nosso "destino".

Não há determinismo nos atos da vida moral

Assim, como numa viagem que programamos há certos pontos que estão previstos, também na nossa encarnação há algumas situações e acontecimentos preestabelecidos.
Entretanto, em qualquer caso, sempre temos liberdade para escolher o modo como enfrentar e reagir aos acontecimentos.
Ninguém é arrastado irresistivelmente para o mal; ninguém pratica o mal porque assim lhe esteja determinado.
A situação, o problema se apresentam, mas a decisão de como agir é do espírito; o bem ou o mal que fazemos é sempre responsabilidade nossa.

II. LIVRE-ARBÍTRIO E PROGRESSO

Nosso progresso se faz no campo do intelecto e no campo moral.
Começa com o desenvolvimento intelectual.
Conhecer é o primeiro passo no progresso; pelo intelecto é que tomamos conhecimento das coisas, pessoas, situações, causas e efeitos das ações.
Nem sempre há necessidade de experiência pessoal e direta; observando também se aprende, toma-se conhecimento.
Que, em sequência, engendra, produz, gera o progresso moral.
Conhecendo, podemos compreender pelos efeitos, o que é o bem e o que é o mal; então, já com conhecimento de causa, escolhemos o que vamos fazer.
Entretanto, assim, no campo moral, porque a inteligência, desenvolvida, aumentou nossa possibilidade de escolha. Aumentando o livre-arbítrio, aumenta, também, a responsabilidade.
O progresso moral decorre, pois, do progresso intelectual. Mas nem sempre o segue de imediato.
O homem não passa subitamente da infância à madureza. Também o espírito não passa, de súbito, de um estado moral a outro mais elevado.
Para entender se um ato é mesmo bom ou mau, é preciso que conheçamos seus efeitos mais ampla e longamente. Há coisas que, de momento, podem nos parecer boas, mas, depois, se revelam más (ex.: as tentações).
Às vezes, demoramos a estabelecer conotação entre uma causa e o seu efeito, por isso erramos repentinamente (ex.: o vício de fumar).
Enquanto estamos conhecendo (fase experimentação), às vezes aplicamos a inteligência para a prática do mal, pensando que é um bem. Mesmo havendo entendido que certo modo de agir é mau, teremos de lutar contra o hábito de praticá-lo, que havíamos cultivado.
Mas, ao final, pelo melhor entendimento, abandonaremos o mal e faremos apenas o bem.
O progresso é determinação divina (uma das leis naturais).
Por esse determinismo divino, o espírito evolui até a perfeição sem nunca retroceder.
O espírito pode estacionar temporariamente em seu progresso, se não usar ou usar mal as suas faculdades; mas nunca retrocede, pois jamais perde sua natureza nem suas qualidades e conhecimentos adquiridos.
O progresso dos espíritos é desigual, justamente porque depende do livre-arbítrio de cada um (de como encara e aproveita ou não as experiências e de como reage ao que acontece).
A meta final é a perfeição, ou seja, o desenvolvimento de nossas faculdades no mais alto grau que podemos conceber.
Os espíritos a ela chegarão, mais ou menos rapidamente, de acordo com o seu empenho pessoal em progredir e a sua aceitação à vontade de Deus.

"Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei." ( frase inscrita no dólmem do túmulo de Kardec, em Paris, França).



Autoria: Therezinha Oliveira






CRIANÇA MIMADA



"Pais que mimam filhos estão criando geração de incapazes de lidar com frustração."
Muitos pais querem poupar os filhos de ouvir "não pode", de ter que seguir regras, de ter disciplina, respeito, de chorar quando estão chateados, de se cansarem e outros mais. Daí, quando se deparam com o mundo fora do lar, se assustam, porque nem todos terão o mesmo comportamento dos pais, aí eles se revoltarão, se sentirão frustrados e buscarão uma fuga para isto. Muitos entram em depressão, começam a usar drogas lícitas e ilícitas, se tornarão violentos com quem não faz sua vontade, cometem suicídio. Quem ama ensina, corrige, diz sim e não no momento certo, prepara os filhos para o mundo, que não passará a mão na cabeça. Ensine seu filho a ajudar dentro do lar, pequenas tarefas ensinam a ter responsabilidade. Não ajudem seus filhos a falarem mal do professor(a). Primeiro busquem saber o outro lado do fato. Leve seu filho para visitar uma instituição de caridade, de preferência, ajude esta instituição. Cuide da saúde do corpo, mas não esqueça da saúde da alma, leve-o à evangelização infantil de sua religião. Ensine seu filho a ir buscar pão na padaria, comprar algo, pegar um ônibus, assim ele aprenderá a ter iniciativa. Puna retirando algo que ele(a) goste quando não cumprir suas obrigações, como: afazeres escolares, do lar e outros. Hoje os filhos são levados de van ou pelos pais a todos os lugares; não copiam nada porque a internet dá tudo pronto e a impressora faz a parte do manuscrito; se o filho reclama que alguém disse algo que o chateou, há pais que irão tirar satisfação sem antes saber quem está certo ou errado. Mostre a eles que eles são especiais, mas que não são melhores que os outros por causa da cor da pele, da posição social e outros. Enfim, pequenos detalhes irão fazer a diferença na vida deles. Filhos são espíritos velhos em corpos novos, eles chegam até nós pela vontade de Deus que conta com os pais ou responsáveis com a sua educação para que sejam cidadãos de bem, fortes emocionalmente e úteis para a sociedade, ou seja, para que façamos com que eles retornem à pátria espiritual melhores do que chegaram. Pensemos nisso!

Texto de Rudymara

POR QUE JULGAMOS COM FACILIDADE?



Porque somos orgulhosos. Nos achamos melhor do que os outros.
Tem muita gente que julga as falhas alheias como se fosse infalível, como se nunca tivesse cometido um erro. Daí, quando se depara com alguém em situação difícil, ao invés de estender a mão e ajudar, julga, aponta erros e dita regras de moral. Mas não é bem assim que acontece conosco. Todos nós erramos e estamos sujeitos a precisar de uma mão estendida para nos socorrer. Como disse Chico Xavier: "Deveríamos nos abster de opinar sobre a vida alheia..."Não sabemos o que nos espera no passo seguinte. Quase todas as pessoas que observei recriminando os outros caíram naquilo que criticavam." Então, antes de julgar pense que, no lugar daquela pessoa poderia estar qualquer um de nós ou algum ente querido. Somos falíveis.


Texto de Rudymara


REFORMA SOCIAL



Quem não quer mudanças, reformas, melhorar a nossa vida e daqueles que convivem conosco neste mundo? Mas, a melhora deve começar em nós senão nada vai mudar. Como disse Emmanuel: "a melhora de tudo começa na melhora de cada um." Então, o que estamos fazendo para melhorar o convívio com nossos pais, irmãos e familiares? Queremos arrumar o que está desorganizado no Governo, mas estamos organizando a bagunça do nosso quarto, da nossa escola, as nossas notas e outros lugares que convivemos? Queremos um mundo sem preconceito, mas como estamos tratando o professor, o policial, aqueles que pensam diferente de nós na religião, na política, no time de futebol, os que são de orientação sexual, raça, posição social oposta da nossa e etc? Queremos igualdade social, mas o que estamos doando de nosso aos mais necessitados? Se doamos, que tipo de doação é a nossa, roupas sapatos usáveis ou aquele resto que não serve nem para tirar pó? Quando ouvimos música, que altura colocamos? Para nós ouvirmos ou para o bairro todo? Será que este direito de ouvir nossa música não acaba quando começa o direito do outro de não querer ouvir? Queremos políticos honestos, mas será que devolvemos o troco que recebemos a mais num comércio qualquer? Será que devolvemos algo que emprestamos, seja um objeto ou dinheiro? Receber benefício do Governo sem precisar, burlar a lei de trânsito, furar fila, comprar objetos roubados, colar na prova, copiar trabalho escolar do colega e outros não é desonestidade ou uma forma de corrupção? Fazer uso de drogas não é uma forma de fortalecer o tráfico que mata, que domina comunidades, que oprime com o medo, de desestabilizar a família e a sociedade? Quem quer mudança precisa mudar. Não é pela violência que alcançaremos a melhora das reformas sociais, mas pela inteligência, como fez Gandhi. Não é pela imposição que mudaremos a forma de pensar de quem é preconceituoso, é mostrando a ele que não é a cor da pele, a orientação sexual ou outra coisa qualquer que conta, mas as virtudes. Pensemos nisso e comecemos pela nossa casa. Como disse André Luiz: "Honre a caridade em sua propria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos próprios familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações para que você esteja realmente habilitado a servir ao mundo e á humanidade hoje e sempre." Pensemos nisso!

TEXTO DE RUDYMARA

CAPITALISMO OU SOCIALISMO?



Qual a forma de Governo mais de acordo com a sociedade de bases cristãs de que fala “O Livro dos Espíritos” – o CAPITALISMO ou o SOCIALISMO?
O Governo é, sobretudo, o homem que o orienta, seja este ou aquele o método utilizado. Se é injusto e indigno, ele torna o processo governamental degradante.
Temos na sociedade contemporânea essas duas vertentes que se tornaram clássicas nos últimos setenta anos no mundo: capitalismo de um lado com as suas conquistas e desgraças e o socialismo do outro, com as suas promessas e decepções.
Ainda há pouco (1989) foi derrubado o muro de Berlim, demonstrando a falência do socialismo marxista, trotskista, que tanto se afigurou, no começo da revolução soviética, como sendo a esperança do proletariado. Um sistema de governo que proíbe o cidadão de usar a liberdade de escolha para onde ir é pior que qualquer ditadura que o sevicia (maltrata, tortura), obrigando-o a submeter-se às injunções arbitrárias dos títeres que o tornam desventurado. Gorbachev, levantou a biografia dos seus governantes anteriores. Stalin, que mandou aproximadamente dois milhões de pessoas para o exílio na Sibéria, era fruto espúrio do comunismo. O Khmer Vermelho do Camboja, para ficar no poder, matou um milhão de opositores, numa população de seis milhões. A revolução chinesa de Mao ceifou inúmeras vidas. Do outro lado, o capitalismo é responsável pela miséria do Terceiro Mundo, que se apresenta em condição deplorável de subumanidade, em que as mínimas reservas de energias foram negadas aos sobreviventes, num estado que se alonga ante a indiferença dos poderosos da Terra...
O grande problema ainda é o homem. Um pensador pessimista, com o qual não concordo, afirmou entusiasmado que “onde está o homem aí estão as suas misérias; tudo aquilo que o homem toca, corrompe...” Na área das religiões, por exemplo, se examinarmos o pensamento budista, constatamos-lhe uma beleza transparente. Hoje o Budismo, dividido em várias correntes, apresenta antagonismo de grupos que se entredevoram. A doutrina muçulmana, centralizada na pessoa de Maomé, tem as suas diretrizes específicas, mas os homens que os abraçaram e as dividiram fizeram do pensamento do Profeta tais ramificações, que o Líbano é um exemplo deplorável de como o indivíduo interpreta-as de acordo com as suas paixões. Vimos o exemplo do Irã, a antiga Pérsia, devastado pela personalidade cruel de Khomeiny, que teve a infeliz ideia de construir uma máquina para amputar as mãos dos ladrões, porque o braço dos carrascos ficava cansado, demonstrando que a doutrina religiosa com que pretendia salvar o mundo não dignificava nem os seus próprios meios. O Cristianismo é outro exemplo basilar. Lendo Jesus, em os Evangelhos, comove-me até às lágrimas, mas a história das Cruzadas é a narrativa da vergonha da humanidade cristã contra os mouros. Em seguida aparece Lutero, que restaura a letra bíblica asfixiada na Teologia, e não é necessário examinarmos as mais de trezentas correntes que se derivaram do luteranismo, digladiando-se, para cada uma delas ser a detentora da verdade. Veio o Consolador, e Allan Kardec, o inspirado, legou-nos uma doutrina enobrecedora, conforme se encontra nos seus livros, de fácil entendimento, e surgem novos intérpretes do pensamento kardequiano, alguns dos quais ousados e outros vaidosos, pretendendo que Kardec está superado, quando eles próprios, sequer, assimilaram o pensamento do mestre.
Na área da política o fenômeno é idêntico. Trabalha-se o homem, e teremos uma sociedade justa. Seja nobre o governante, qualquer linha ideológica de comportamento, e ele poderá construir uma sociedade feliz. Se olharmos os exemplos da Suíça, da Suécia, dos Estados Unidos, nos quais a prosperidade está à vista, encontramos bolsões de miséria moral que é muito mais destrutiva que a sócio-econômica. A Suécia é um dos campeões do mundo em suicídio. Os Estados Unidos possuem um dos mais altos índices de alcoolismo e de prostituição de menores, demonstrando que não é a forma de Governo a responsável, mas a conduta dos seus governantes e governados.
Não obstante, o Governo ideal, a sua forma política melhor, seria aquela na qual, uma democracia socialista, de raízes cristãs, concedesse aos indivíduos os direitos mínimos que eles necessitam desfrutar: trabalho, saúde, repouso, desportos, alimentação, educação e oportunidade de crescer com igualdade entre todos. Essa seria, na minha forma de entender, a filosofia política ideal para governar um povo.

Divaldo Franco
Do livro: Elucidações Espíritas


OBSERVAÇÃO: Você tem direito de discordar, mas o dever de respeitar. Se comentar, faça-o com respeito. O texto não é tendencioso, ele mostra apenas que o mal está no ser humano. Capitalismo ou socialismo seriam ótimos se fossem conduzidos por pessoas do bem, que amassem o próximo mais do que amam o dinheiro público, o poder. Obrigada pela atenção.


A RAIVA



Reagir no momento de raiva pode gerar consequência triste, difícil e dolorosa no futuro, nesta ou em outra encarnação. Muitos agridem, ferem, matam, traem, se vingam, desfazem relacionamentos amorosos e familiares, perdem amizades, empregos, saúde entre outros. Divaldo Pereira Franco fez muitas palestras nos presídios. Em uma delas ele disse aos detentos que precisamos aprender a AGIR. Porque o animal REAGE quando se sente ameaçado. Ele morde, pica, dá coice. Mas, o homem, é um ser racional, portanto deveria aprender a AGIR ao invés de REAGIR. E finalizou a palestra dizendo aos detentos que, se muitos deles não tivessem reagido não estariam ali. Enfim, prestemos atenção no alerta de Kardec: "Nunca aja por impulso de uma raiva,ela nos leva a fazer coisas das quais iremos realmente nos arrepender.”
Pensemos nisso!


Texto de Rudymara

AQUI SE FAZ AQUI SE PAGA?


Sim. Se não for nesta encarnação será em outra. Tudo na vida tem retorno, tanto de bom que fizermos como de mau. Deus mandou os 10 mandamentos na época de Moisés para que os seguíssem, mas não deram muita importância. Mais tarde Ele enviou Jesus para dar significado e exemplificar tais mandamentos e, muitos de nós, ainda estamos relutantes em segui-los. Por isso vemos tanta gente sofrendo, elas estão apenas colhendo os frutos do seu mau plantio. Cada dificuldade é uma lição que nos induz a errar cada vez menos porque, como disse Jesus: "... de lá não sairás enquanto não pagares até o último ceitil (centavo)." Portanto, encarnaremos quantas vezes for necessário até quitarmos nossos débitos. O livre arbítrio nos dá livre escolha para fazermos o que quisermos, mas a razão nos lembra o alerta do apóstolo Paulo: "Tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém." Por que? Porque "o resultado do que fizermos (de bom ou de ruim) nos espera mais adiante." Pensemos nisso!

TEXTO DE RUDYMARA

LEI DE MERECIMENTO


Jesus disse: “A cada um segundo suas obras”, ou seja, cada um receberá segundo o que tenha feito. Esta frase fala de recompensa futura, nossos atos ditarão o que colheremos mais adiante, nesta ou na próxima encarnação. A lei divina não irá querer saber se erramos porque fomos excluídos, desprezados, humilhados, porque fomos pobres, dessa ou daquela raça e outros. Mas, como nos comportamos nestas situações. Então, deixemos a condição de “coitadinho”, de “vítimas” e lutemos para mostrar que todos somos capazes, inteligentes, dignos em qualquer situação... Ninguém veste um corpo físico que seja alto ou baixo, com ou sem defeito, precisando usar óculos ou não, dessa ou daquela raça ou posição social e outros, sem motivo. Tudo é teste e aprendizado. Precisamos passar por certas situações para aprendermos a valorizar o que desvalorizamos no passado, para respeitarmos quem, talvez, desrespeitamos em outra encarnação, para aprendermos a utilizar o dinheiro sem egoísmo, sem uso inadequado ou para aprendermos a não nos revoltarmos quando há a falta dele e, sem buscá-lo de forma ilícita, desonesta e que prejudique o próximo. Se um teve mais recurso ou oportunidade, é porque ele deveria estar ali recebendo aquilo. Deus não erra de endereço. Os que tem menos, é lógico, terão que lutar mais, mas nada é por acaso. Muitos pediram, antes de encarnar, para estar naquela situação (prova). Se não pediram a lei divina os colocou ali (expiação). O que não devemos é sentir pena de nós e escolhermos um caminho errado e colocarmos a culpa no Governo, na sociedade, na família e outros. A lei divina não privilegia ou desprivilegia ninguém. Tudo está dentro da lei de causa e efeito ou plantio e colheita. Já a lei humana não é justa nem perfeita como a lei de Deus. Basta observarmos a lei que diz: "saúde é direito de todos e dever do Estado". Isto não é cumprido e ninguém é punido por não obedecê-la. E entre as pessoas, muitas vezes, a justiça também não acontece. Muitos que pedem igualdade ou justiça social, por exemplo, se fosse dono de uma grande empresa e tivesse procurando uma pessoa para uma vaga administrativa em sua empresa e, entre os concorrentes tivesse um irmão(ã) menos qualificado para o cargo que os outros, quem será que esta pessoa contrataria? Será que esta pessoa avaliaria todos de maneira igual, com justiça? É fácil pedir ou exigir igualdade e justiça social para os outros. Então, precisamos entender que, ainda moramos num mundo de provas e expiações, ou seja, qualquer sofrimento que venhamos a enfrentar é uma prova ou uma expiação. Na prova somos nós que pedimos para passar por certas situações: para resgatar ou para acelerar a evolução. Na expiação é uma imposição da lei divina para que resgatemos algo que fizemos. Faz parte da nossa evolução. Somos espíritos endividados com a lei divina e, obviamente, falhos. Todos, ainda, cometemos injustiças. O que devemos fazer é, utilizar para o BEM o que Deus nos empresta para que, no futuro, venhamos com menos dívidas e, consequentemente, sofrendo menos. Não queiramos méritos sem esforço. Como disse Emmanuel: "Cada conquista é serviço de cada um. Deus não tem prerrogativas ou exceções.Toda glória tem preço. É a lei do mérito, da qual ninguém escapa." Pensemos nisso!

Texto de Rudymara

COMO AFASTAR OS MAUS ESPÍRITOS?



Explica Kardec em O Evangelho segundo o Espiritismo e em O Livro dos Médiuns:
"Os maus espíritos não vão senão onde acham com o que satisfazerem a sua perversidade; para afastá-los, não basta pedir-lhes nem mesmo ordenar, é preciso despojar de nós o que os atrai. Os maus espíritos farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo; do mesmo modo que limpamos o corpo para evitar a bicheira, limpemos também a alma de suas impurezas para evitar o ataque dos maus espíritos."
“O melhor meio de expulsar os maus Espíritos consiste em atrair os bons. Atraí, pois, os bons Espíritos, praticando todo o bem que puderdes, e os maus desaparecerão, visto que o bem e o mal são incompatíveis. Sede sempre bons e somente bons Espíritos tereis junto de vós.”
Portanto, não há amuletos, banhos, defumações e rezas que afastarão os maus espíritos de nós e sim nossa mudança de conduta como: abolir vícios, maus sentimentos, palavras e atitudes. Como está no O Livro dos Médiuns, 2ª parte, cap. XXV, item 282-17ª diz: “(...) A VIRTUDE DOS TALISMÃS, DE QUALQUER NATUREZA QUE SEJAM, NÃO EXISTEM SENÃO NA IMAGINAÇÃO DAS PESSOAS CRÉDULAS.” Por isso a doutrina enfatiza a reforma íntima, ela nos livra de maus espíritos e de resgates dolorosos que são, consequências, de nossa má conduta. Como disse Chico Xavier: "O espírita que não se preocupa com a renovação íntima ainda não compreendeu a essência do Espiritismo." Pensemos nisso!


Texto de Rudymara

A VOLTA DE JESUS NA VISÃO ESPÍRITA



Muitas pessoas querem a volta de Jesus. Mas, para que? Para que ele venha e resolva todos os problemas do mundo? Isto não vai acontecer. Jesus veio e não resolveu. Por que? Porque Ele apenas deixou a fórmula que deveríamos seguir para que alcançássemos a paz, a harmonia, o respeito mútuo. Mas, nós queremos tudo pronto. Não queremos ter trabalho de lapidar nossos sentimentos como: perdoar ou relevar uma agressão, não revidar uma ofensa, não nos vingarmos, ter honestidade, respeito, enfim, de fazermos aos outros o que queremos que eles nos façam. E para nós espíritas, Jesus já voltou, ele é o Espírito de Verdade que coordenou os ensinamentos que chegaram através do Consolador prometido por Ele antes de desencarnar: O ESPIRITISMO.
PENSEMOS JUNTOS: Se Jesus voltasse e arrumasse toda esta bagunça do mundo, o que aconteceria? Nós bagunçaríamos tudo de novo. Por que? Porque enquanto não arrumarmos o mundo que existe dentro de nós, o mundo em torno de nós não mudará. Quando uma mãe arruma a bagunça do quarto de seu filho adolescente e o ensina a conservar, geralmente o ensino entra por um ouvido e sai pelo outro. Assim acontece conosco. Jesus veio e ensinou a organizarmos o mundo que existe dentro de nós, mas tais ensinamentos, para muitos de nós, entraram por um ouvido e saíram pelo outro. Somos rebeldes a lei divina como o adolescente é rebelde à regras. Mas, se não seguirmos os ensinamentos do Cristo, o mundo será um retrato dos sentimentos que levamos dentro de nós. Basta observarmos o comportamento de muitas pessoas quando a polícia entra em greve. As pessoas saqueiam, roubam, matam, dentre outros. Então, nosso comportamento diz muito de nós e de nosso grau evolutivo. Ainda precisamos de leis, que nos servem de rédeas, para não incomodarmos o próximo ou atrapalharmos o planeta. Jesus não vai voltar para separar o joio do trigo, esta separação já está acontecendo no plano espiritual. Ao desencarnarmos seremos avaliados e haverá uma seleção dos que "herdarão a Terra" melhor e regenerada. Os que estão se esforçando para seguir os ensinamentos do Cristo (trigo), continuarão a encarnar na Terra, os que não estão se esforçando (joio), não encarnarão mais aqui. Terão que encarnar num mundo que condiz com seu comportamento. Então, quando a Terra estiver habitada por espíritos regenerados, sentiremos a presença do Cristo entre nós porque estes espíritos darão continuação naquilo que Ele fez e pediu que fizéssemos como cultivar a solidariedade, o fim dos preconceitos, das lutas de classes, das disputas, dos crimes, das explorações. Daí, um mundo novo se instalará na Terra. Enquanto muitos aguardam Sua volta, Ele aguarda que o sigamos. Pensemos nisso!


Texto de Rudymara

sábado, 20 de junho de 2020

DESIGUALDADE SOCIAL NA VISÃO ESPÍRITA



Embora muitos sonhem com a igualdade social, segundo a visão reencarnacionista isso não é possível. Por que? Porque os homens “não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos (trabalhadores)."
Na questão 814 do O livro dos espíritos Kardec perguntou: Por que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder e a outros, a miséria?
Resposta dos espíritos: Para provar a cada um de uma maneira diferente. Aliás, vós o sabeis essas provas são escolhidas pelos próprios Espíritos, que muitas vezes sucumbem ao realizá-las.
Mas, se conseguíssemos dividir a riqueza do mundo em partes iguais, caberia uma parte mínima e insuficiente para cada um. E se todos recebessem esta parcela mínima, não haveria uma pessoa que tivesse dinheiro suficiente para financiar o progresso científico; nós nos acomodaríamos e não nos esforçaríamos a buscar novas descobertas. Por que tanto esforço, estudo, pesquisa, se ganharíamos todos a mesma coisa? Se fosse o contrário, se todos ficássemos ricos, onde haveria tanto dinheiro para todos? Quem seria empregado de quem? Ninguém, pois todos iriam querer ser patrões. Ninguém iria querer trabalhar na lavoura, na produção de uma fábrica, etc. Onde encontraríamos mercadoria para comprar, se não tem quem produza? Quando esta divisão é feita pelo Governo, não há Justiça, pois os governantes vivem bem e o povo sofre com a falta de muitas coisas. A riqueza e a pobreza são testes que Deus nos impõe. Ora nascemos ricos, ora pobres. Há ricos que não usam sua riqueza para ajudar seu próximo, que não se satisfaz com o que tem e quer mais ou usa seu dinheiro para fazer maldade ao próximo ou para si mesmo (jogos, bebidas, etc.). E muitas vezes buscam a riqueza prejudicando o próximo, lesando a lei dos homens e a de Deus. Como disse Jesus: “De que vale ganhar o mundo e perder sua alma.”
Há pobres que não se conformam com a pobreza e tentam buscar a riqueza, lesando o próximo, transgredindo, assim, a lei dos homens e a de Deus, como: roubando, assaltando, vendendo drogas, dando golpes, etc. Quem age assim esquece que quando lesamos o próximo, somos o primeiro a ser lesado. Há os que buscam a fuga da pobreza, através do suicídio direto (tiro, envenenamento, se jogar na frente do carro, etc.), e do suicídio indireto e lento (as drogas, como: maconha, cocaína, bebidas alcoólicas, etc.) que complicam ainda mais a situação. Outros se acomodam a reclamar e viver da ajuda que ganham de instituições e Governo, daí não se esforçam para melhorar de vida. Por pior q seja a escola, ela está lá com seus professores, basta ter vontade de estudar e de mudar de vida. Mas como disseram os Espiritos: "..nem todos são laboriosos e ativos."
Muitos de nós já foi rico, e talvez não tenhamos feito bom uso da riqueza. E para não nos prejudicarmos novamente nesta encarnação, Deus nos mandou pobres, e vice-versa.
Muitos de nós, talvez tenha pedido para vir pobre, como prova. E ao reencarnar, nos esquecemos, daí nos revoltamos.
Portanto, se olharmos somente para esta vida, diríamos que Deus é injusto, mas o Espiritismo, nos esclarece que este planeta é um planeta de felicidade incompleta, onde muitos buscam a felicidade completa nesta vida e lesando o próximo, plantando assim, a sua infelicidade futura. E para muitos a felicidade está em ter riqueza. Se fosse assim, os ricos não teriam problemas. Como a felicidade neste planeta não é completa, aqui todos choram, do magnata ao miserável.
Não podemos esquecer que a colônia Nosso Lar dá trabalho a mais de 100 mil criaturas, que se regeneram e se iluminam ao mesmo tempo. A colônia possui programas de trabalho numeroso para que todos possam se integrar a ele, independente da profissão que tiveram na Terra. Os habitantes da colônia recebem provisões de pão e roupa, no que se refere ao necessário; mas os que se esforçam para obter o BÔNUS HORA conseguem certas prerrogativas na comunidade social. O ocioso vestirá, sem dúvida; mas o operário dedicado vestirá o que melhor lhe pareça. Bônus Hora não é exatamente uma moeda, mas uma ficha de serviço individual com valor aquisitivo. Quem acumula o BÔNUS HORA pode adquirir uma casa ou roupas. Poderá trocar por oportunidades nos lugares consagrados ao entretenimento. Poderá frequentar escolas nos Ministérios. Portanto, todos tem, mas tem mais quem trabalha mais.
Observemos estes exemplos:
Exemplo 1: No livro Memórias de um suicida, o espírito Jerônimo, que se matou com um tiro no ouvido porque sua empresa faliu, deixando esposa e filhos em situação difícil, reencarnou em família rica, com o propósito de não formar família, montar uma instituição para crianças órfãs, e ir à ruína financeira novamente, para ter que lutar com coragem, ou seja, seria um teste para ver se ele não cometeria suicídio novamente.
Exemplo 2: J. Raul Teixeira conta em uma de suas palestras que um dia quando estava indo almoçar viu uma mulher revirando lixo e separando alimento. Ele ficou com pena e seu mentor apareceu e contou que na vida passada ela foi um famoso político brasileiro, ainda hoje muito conceituado, e que por ter prejudicado tanto o povo, tinha reencarnado numa condição miserável, devido ao mecanismo do complexo de culpa que fez, após a morte do corpo de carne, no mundo espiritual (onde não conseguimos esconder nada, nem de nós, nem dos outros), voltando numa condição miserável para aprender a valorizar aquilo que ele tanto desprezara na vida anterior: as dificuldades financeiras do próximo.
Exemplo 3: Disse Emmanuel através da psicografia de Chico Xavier no livro Na Era do Espírito: “. . . Muitas vezes, sonhamos para nossos filhos, no Mundo, invejável destaque na profissões liberais com primorosas titulações acadêmicas, mas é provável hajam renascido conosco para serviços de gleba (terra, solo), aspirando a adquirir duros calos nas mãos a fim de se realizarem na elevação que demandam.
Então, riqueza e pobreza são testes que nos ensinam, de encarnação a encarnação, a lidar com uma e com outra situação fazendo com que nos coloquemos no lugar do outro. O problema não é, por exemplo, a ditadura, o comunismo, a democracia, etc., é quem toma conta de qualquer uma delas. A fonte de todo mal está no egoísmo, no orgulho e na ganância das pessoas. Muitos querem acumular e buscam ter bens materiais como se fosse seu, quando na verdade é empréstimo de Deus. Se fosse nosso levaríamos após a desencarnação. No entanto, só levamos o que acumulamos na alma. Quando nossas atitudes forem equilibradas e baseadas na lei de amor e caridade, os abusos de todas espécies cessarão por si mesmo. A pobreza não pode ser erradicada, mas pode ser amenizada com a ajuda dos que tem mais. Muitos sentem "pena ou dó" de quem tem uma vida miserável, mas não sai da sua zona de conforto para buscar quem sofre para doar algo a alguém ou ajudar a uma instituição que faça isso por ela. Não esperemos apenas do Governo, façamos a nossa parte. Como disse Emmanuel: "Não te digas incapaz, nem te digas inútil. Auxilie como puderes." Todos podem doar ou se doar para ajudar alguém ou uma instituição. Nossa negligência pode estar prejudicando alguém. Irmã Dulce disse: "Não se vai acabar com a pobreza; Deus instituiu pobres e ricos. Porém, a gente deve empregar todos os esforços possíveis para melhorar a situação." Como disse Chico Xavier: ''Se todos trabalhassem pelo pão de cada dia, dividindo com os outros as migalhas que lhes sobrassem do pão cotidiano, a paz seria uma realidade e a justiça social se faria sem tantas lutas''. Como disse Kardec: "seremos cobrados não só pelo que fizemos, mas também pelo que deixamos de fazer." Pensemos nisso e façamos nossa parte.


Texto da Rudymara




ORDEM E PROGRESSO


Quem se lembra dos trabalhos de escola que fazíamos buscando informação em biblioteca e passando a limpo no papel almaço ou datilografando? A capa do trabalho era tosco, simplório porque nós desenhávamos, escrevíamos e pintávamos a ilustração. Era um tempo que aprendíamos de verdade. Onde as escolas estaduais eram excelentes. Havia repetência sem xororô de recurso, só passava quem estudava, fazia tarefa, trabalhos escolares, as chamadas orais, ditado, prova surpresa, fosse de qualquer raça ou posição social. Alunos não precisavam de "bolsas" que, nada mais são que, declarações que o nível escolar é inferior. Tempo que colocávamos e recebíamos apelidos e nem sabíamos que era "bullying". Resolvíamos nossas desavenças na escola mesmo, nem levava para casa. E no dia seguinte, lá estávamos nós rindo, brincando, zoando um do outro novamente. Tempo que os pais chamavam atenção dos filhos quando professores eram desrespeitados. Hoje, muitas vezes, vemos os pais chamando a atenção dos professores por estes terem chamado a atenção dos seus filhos por estes terem sido mal educado, desrespeitosos com seu professor. Tempo que a maioria dos alunos diziam querer ser professor(a). Tempo que levantávamos da carteira, por respeito, quando um professor(a) ou diretor(a) entrava na sala de aula e dizíamos em coro "Bom dia". Tempo que não ganhávamos uniforme ou material escolar do Estado e os pais suavam para comprar. Tudo que tínhamos era simples, contado, nada era em abundância e ninguém se sentiu inferiorizado ou humilhado quando um coleguinha tinha algo mais, melhor ou diferente. A merenda era simples, não havia nutricionista e o lanche, quando tínhamos para levar, era pão com manteiga e suco de pozinho (K-suco). Tempo que cantávamos o Hino Nacional emocionadamente e aprendíamos a cantar os hinos da bandeira, do expedicionário, da independência.Tempo que aprendíamos a sermos gratos aos vultos nacionais, não éramos ensinados a ver os erros de conduta deles, que é normal do ser humano. mas os acertos. Tempo que tínhamos hora para chegar em casa, de dar satisfação de onde íamos e com quem estávamos, horário para fazer tarefa, de ajudar nos afazeres de casa. Tempo que aprendíamos a ser responsáveis, que gostávamos de estar com a família e de brincar na rua com os amigos(as). Tempo de muros baixos, pão e leite na porta sem medo de roubarem. Tempo de ORDEM e PROGRESSO em todos os setores, queiramos ou não. Depois, só andamos para trás na educação escolar que, quanto mais mudam a forma de ensino menos os alunos aprendem, na educação dos jovens, no respeito, na segurança, na saúde, nas músicas com suas letras chulas, simplórias e banais e nas artes em geral. As drogas dominaram muitos jovens e adultos, separou famílias, fortaleceu tráfico e traficantes que dominaram favelas, vidas causando insegurança na sociedade. O jeitinho brasileiro chegou querendo levar vantagem "desonestamente" em todos os setores, dentro e fora da política de direita e esquerda, etc... Enfim, ganhamos "liberdade" e não soubemos lidar com ela. Pena! Mas faz parte do crescimento. Como está no livro “Transição Planetária” de Philomeno Miranda: “Antes, porém, de chegar o momento da transição planetária, a violência, a sensualidade, a abjeção, os escândalos, a corrupção atingirão níveis dantes jamais pensados, alcançando o fundo do poço, enquanto as enfermidades degenerativas, os transtornos bipolares de conduta, as cardiopatias, os cânceres, os vícios e os desvarios sexuais clamarão por paz, pelo retorno à ética, à moral, ao equilíbrio(...)" Mas, para que isto aconteça, precisamos agir, separando o joio do trigo. Não aceitando programas de TV, músicas, danças, costumes, modas que atrapalham essa evolução. Não existe progresso sem ordem. Como disse Emmanuel: "a melhora de tudo começa na melhora de cada um." Pensemos nisso e façamos a nossa parte!

Texto de Rudymara

quarta-feira, 3 de junho de 2020

ESPÍRITAS, ORAI E VIGIAI


Espíritas, oremos pelo momento que o planeta está passando, estamos numa transição planetária, mas não nos esqueçamos de vigiarmos nossos pensamentos, ações e palavras para não cairmos na tentação de discutir, brigar, criar inimizades e desavenças. Não devemos acreditar e pregar uma coisa e vivermos outra. Precisamos tomar cuidado para não deixarmos o sentimento de disputa, inveja, orgulho, tomem conta de nossos sentimentos a ponto de abalar amizades, um trabalho social, laços familiares e outros. Há espíritos, encarnados e desencarnados aproveitando nossas baixas vibrações, ocasionados pelos nossos sentimentos negativos, nos incitando à rivalidade, à briga, discussão, separação e até violência. As pessoas estão armadas de palavras mal educadas, desrespeitosas e de revide. Qualquer coisa é preconceito, homofobia, misoginia e outros. No assunto política, as ofensas ficam exacerbadas, até mesmo numa página religiosa. Muitas pessoas não sabem "colocar" seu modo de pensar, elas querem "impor". Elas querem ter o direito de pensar, falar e optar sobre assuntos e coisas, mas não querem dar o mesmo direito a outros. Se alguém escreve nas redes sociais, por exemplo, "não gosto de cebola", quem gosta já arregala os olhos, o coração acelera, os dedos coçam, a razão não passa pelo cérebro e ela digita: "é um absurdo você não gostar", o outro ironiza, outro usa palavras humilhantes, o outro nem lê tudo, perdeu a parte onde a pessoa disse que "não gosta de cebola porque é alérgica" e já dispara julgando: "é frescura", e assim por diante. Estas pessoas ficam tão cegas para defender seu gosto, seu modo de pensar ou sua escolha de partido político, religioso e outros que se esquecem que violência não é só dar uma facada, um tiro, um tapa, mas é também uma “PALAVRA DESCORTÊS, MAL EDUCADA QUE USAMOS COM O SEMELHANTE", como está explicado no Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 9. Enfim, é isto que estamos vendo nas redes sociais e no dia a dia. Mas a pessoa equilibrada, educada, lê e não comenta, porque acha que é um direito da outra não gostar, não pensar, não agir como ela ou, então, ela usa a razão e não a emoção desequilibrada, ela dirá: "por que você não gosta?" e, assim, iniciará uma conversa e não uma discussão. Ela conversará sem querer mudar o modo de pensar da outra pessoa, vai apenas trocar informações. Mas, infelizmente, não é isto que estamos encontrando nos dias atuais. Então, como explica Therezinha Oliveira: "Os Espíritos podem ver tudo que fazemos, porque estão constantemente nos rodeando. “Estamos cercados por uma nuvem de testemunha” como disse o apóstolo Paulo. Mas, só vêem aquilo que lhes interessa e nas pessoas que estão na sua sintonia. Eles conhecem nossos mais secretos pensamentos, chegam a conhecer o que desejamos ocultar de nós mesmos. Os Espíritos levianos que nos rodeiam riem das pequenas peças que nos pregam e zombam das nossas falhas. Os Espíritos sérios se condoem dos nossos erros e procuram nos ajudar. Os Espíritos influem em nossos pensamentos, de uma tal maneira, que, muitas vezes, são eles que nos dirigem..." No O Livro dos Espíritos questão 103, os Espíritos disseram à Kardec: Os Espíritos levianos, ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros, se metem em tudo "gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de fazer intriga, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas". Portanto, oremos mas também vigiemos nossos atos, palavras e pensamentos para não cairmos na tentação de discutir, brigar, revidar agressão, magoar por pouca coisa, não perdoar, fazer ou entrar em intriga e outros, seja pessoalmente ou nas redes sociais, esquecendo aquilo que aprendemos com a doutrina e, principalmente, com Jesus.
UM RECADO DE KARDEC AOS ESPÍRITAS: "[…] Devo ainda vos chamar a atenção para outra tática de nossos adversários: a de procurar comprometer os espíritas, induzindo-os a se afastarem do verdadeiro objetivo da Doutrina, que é o da moral, para abordarem questões que não são de sua competência e que poderiam, com toda razão, despertar suscetibilidades e desconfianças. Também não vos deixeis cair nessa armadilha; afastai cuidadosamente de vossas reuniões tudo quanto disser respeito à política e às questões irritantes; nesse caso, as discussões não levarão a nada e apenas suscitarão embaraços, enquanto ninguém questionará a moral, quando ela for boa. Procurai, no Espiritismo, aquilo que vos pode melhorar; eis o essencial. Quando os homens forem melhores, as reformas sociais verdadeiramente úteis serão uma consequência natural. […]
(Revista Espírita, fev. 1862.)

Texto de Rudymara

"SE REVIDAS O MAL ÉS IGUAL O OFENSOR." - Joanna de Ângelis


O negro George Floyd, que foi morto dia 25 de maio após ser sufocado pelo oficial branco Derek Chauvin durante uma abordagem. Isto desencadeou uma onda de protestos. Depois de um dia de protestos pacíficos deu lugar a violência e saques. Um capitão aposentado da polícia de St. Louis foi baleado e morto em frente a uma loja de Penhores, região norte de St. Louis, nos Estados Unidos, nesta terça-feira (2). O crime teria acontecido durante uma ação de saqueadores.
OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Vamos raciocinar juntos? Este tipo de protesto vai mudar alguma coisa com relação ao fim do racismo ou preconceito? Não, pelo contrário, pode gerar mais ódio. Será que generalizar achando que "todos os policiais" pensam e agem de maneira igual não é uma forma de preconceito? Sim. Será que estas pessoas estão buscando "justiça" ou "vingança"? Vingança. Qual o sentido de saquear lojas prejudicando comerciantes? Não tem sentido. É apenas um ato de vandalismo. Será que vale a pena revidar o mal com o mal? Quem age com violência não está cometendo o mesmo crime do ofensor? Sim. Como disse Joanna de Angelis "SE REVIDAS O MAL ÉS IGUAL O OFENSOR." A Justiça divina irá julgar da mesma forma. Pois a lei divina pede para perdoar ou, no mínimo, relevar. Quem deve dar a sentença é a lei dos homens, mesmo que essa seja injusta e, mais tarde a lei de Deus. Uma reação violenta pode causar decênios de sofrimento para consertar o estrago. No livro Ação e Reação, de André Luiz, cap. IX, disse Silas, um médico dedicado da espiritualidade: “A ação do mal pode ser rápida, mas ninguém sabe quanto tempo exigirá o serviço da reação, é indispensável ao restabelecimento da harmonia soberana da vida, quebrada por nossas atitudes contrárias ao bem . . .” Divaldo Pereira Franco fez muitas palestras nos presídios. Em uma delas ele disse aos detentos que precisamos aprender a AGIR. Porque o animal REAGE quando se sente ameaçado. Ele morde, pica, dá coice. Mas, o homem, é um ser racional, portanto deveria aprender a AGIR ao invés de REAGIR. E finalizou a palestra dizendo aos detentos que, se muitos deles não tivessem reagido não estariam ali. Como disse Gandhi, que venceu o preconceito com atos pacíficos: "Sejamos a mudança que queremos ver no mundo."
E o que o Espiritismo diz sobre o racismo? A doutrina chegou para mostrar que não somos BRANCOS ou NEGROS, somos ESPÍRITOS. E que, a cada encarnação, trocamos de corpo físico. Se nesta vestimos um corpo da raça branca, na próxima poderemos vestir um corpo da raça negra e vice versa. A lei divina nos coloca no lugar do outro para sentirmos na pele o preconceito, a discriminação, a humilhação que, talvez, tenhamos causado a alguém numa encarnação anterior para aprendermos a respeitar. Como explica Richard Simonetti: "Há inúmeros relatos em obras mediúnicas, dando-nos notícias de fazendeiros que judiavam dos negros que retornaram como escravos africanos. Anti-semitas voltam como judeus para sentir na própria pele o que é esse preconceito.Da mesma forma, judeus convictos de que pertencem a uma raça superior, escolhidos por Deus, ressurgem no seio dos povos que julgam inferiores. Aprendemos com Jesus que o amor ao próximo equivale a amar a Deus.Isso significa que é absolutamente impossível reverenciar o Criador discriminando suas criaturas." Mas, não queiramos exigir mudança nas pessoas sendo que nós não conseguimos mudar muita coisa errada em nossa conduta. Deixemos a lei de Deus agir. Não queiramos fazer "justiça" (vingança) com nossas próprias mãos. Isto vai acarretar uma colheita difícil no futuro.
Pensemos nisso!


Texto de Rudymara

segunda-feira, 1 de junho de 2020

PEDIR PERDÃO E PERDOAR




Policiais de Miami, nos Estados Unidos, ficaram de joelhos em frente aos manifestantes que protestavam contra a brutalidade policial e em memória de George Floyd, que foi morto na semana passada após ser sufocado pelo oficial Derek Chauvin durante uma abordagem. A ação do policial foi gravada por pessoas que passavam no local e ajudou a fazer com que ele fosse preso dias depois do assassinato.

A ação dos policiais de Miami simboliza um “pedido de desculpas”.
Segundo a publicação, Ed Hudak, chefe de polícia de Coral Gables, foi porta-voz dos outros policiais ao falar com os manifestantes. De acordo com ele, o problema da brutalidade policial não seria resolvido em um dia. Por conta disso, ele ofereceu um diálogo. "Nós vamos alcançar a justiça juntos", afirmou.
Segundo a publicação, Hudak sugeriu fazer uma reunião com os manifestantes via Zoom para que eles pudessem discutir sugestões e problemas. Depois, as pessoas que estavam protestando e os policiais rezaram juntos. (notícia de 01/06/2020) 


OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Que cena MARAVILHOSA. O ódio precisa ser quebrado com o amor e não com o ódio. Como disse Jesus: "Devemos retribuir o mal com o bem". Quem disse que luta precisa ter briga, desrespeito e violência? Precisamos entender que, não é porque um policial errou que todos os policias pensam e agem iguais. Pensar assim também é uma forma de preconceito. Precisamos entender que pedir perdão e perdoar são atos cristãos. Pedir perdão é admitir que errou, é um passo para buscar não errar mais. Perdoar é compreender que todos somos falhos e que, um dia, todos precisamos de perdão. Como disse o chefe de polícia: o problema da brutalidade policial não seria resolvido num dia, assim como qualquer problema ou falha moral. Nenhum de nós age 100% com acerto porque estamos em evolução, ainda não somos seres angelicais. Mas nós cristãos precisamos começar a viver o cristianismo, compreender para ser compreendido, perdoar para sermos perdoados. Enfim, que bom ter vivido para ver esta cena! Como disse Gandhi, que venceu o preconceito com atos pacíficos: "Sejamos a mudança que queremos ver no mundo." Pensemos nisso!



QUEM QUER MUDANÇA PRECISA MUDAR



Quem quer um mundo melhor deve melhorar o mundo que habita dentro de si mesmo. Como disse Emmanuel: "A melhora de tudo para todos começa na melhora de cada um."
Peça "desculpa" quando errar, peça "licença" para passar, "por favor" para pedir, "obrigado" para agradecer.
Pague o que deve.
Devolva o que emprestou.
Cumpra o que prometeu.
Reclame menos e agradeça mais.
Não traia, não engane, não adultere...
Não se corrompa e não corrompa.
Não jogue qualquer tipo de lixo na rua ou terreno baldio.
Não exija dos outros o que você ainda não consegue fazer.
Perdoe porque você também erra.
Fale da maneira que gosta que as pessoas falem com você.
Não grite, não magoe, não humilhe...
Dirija seguindo as leis de trânsito.
Ensine seu filho a respeitar a se respeitar, a respeitar você, os familiares, os professores, o bem público e particular, enfim, tudo que existe e que convivem com ele neste planeta. Eduque seu filho para ser amigo(a), solidário, bondoso, carinhoso, caridoso, honesto, enfim, desenvolva nele os melhores sentimentos. Eduque com palavras mas, principalmente com seu exemplo.
Coloque sua opinião sem querer impor.
Busque seu direito, mas não esqueça seus deveres.
Faça o bem sem esperar retribuição. Apenas faça.
Seja bom com todos, seja ele de outra raça, posição social, religião, orientação sexual e outros...
Tente abolir qualquer tipo de droga da sua vida, seja lícita ou ilícita. Elas não são inocentes, adoecem o corpo físico, a família e a sociedade, causam uma alegria ilusória momentânea, dependência, além de resgates dolorosos.
Não acredite que desonestidade seja esperteza.
Não compre produto suspeito de roubo.
Não pegue nada que não seja seu.
Faça comentários edificantes.
Não leve para frente a fofoca.
Não maltrate os animais, a Natureza, idosos, crianças e nem ninguém...
Não aguardemos que o vizinho, o parente, o amigo, etc, mudem de comportamento, sem nos esforçarmos a mudar também. Lembremos que, eles também aguardam mudanças da nossa parte. Todos temos algo a corrigir para contribuir na construção de um mundo melhor.
Enfim, sigamos a regra de ouro deixada por Jesus: FAÇAMOS AOS OUTROS O QUE QUEREMOS QUE OS OUTROS FAÇAM PARA NÓS. A vida não nos dá nada, ela apenas devolve aquilo que fizermos com ela. Afinal, já aprendemos que O PLANTIO É LIVRE, MAS A COLHEITA OBRIGATÓRIA. Pensemos nisso!


Texto de Rudymara

QUASE QUE DIVALDO CAI NA CILADA DE UM OBSESSOR




Fui pregar numa cidade, e hospedei-me numa residência onde havia predominância feminina. Era uma casa rica e ampla. Duas filhas casadas e outras solteiras. A família toda estava reunida para me receber. Logo notei o distúrbio na filha mais velha. Aquela ansiedade, a insatisfação, o desequilíbrio . . .
Registrei-lhe a aura muito carregada e, pelo tom, interpretei o seu problema. Sem nada me falar, notei o drama de esposa que estava vivendo. Mas, fui à tarefa, retornei e me deitei. Mais tarde, ouvi um ruído na porta e acordei assustado. Uma voz me chamava:
- Divaldo, Divaldo, me ajude! Abra a porta!
Levantei-me, vesti o paletó do pijama e, quando segurei a maçaneta da porta, vi a mão de Joanna de Ângelis, muito alva, segurando a minha. Ela me alertou dizendo:
- Não abra essa porta e fale muito alto.
Então exclamei:
- Um minutinho, estou me vestindo.
Do outro lado vinha o sussurro:
- Abra a porta!
Eu respondia quase gritando:
- Um momento, já vou. Vá chamar sua mãe.
Enquanto falava, ouvi o clique do interruptor na sala e o estalar de um golpe. Abri a porta rapidamente: era o pai, que estava de vigília e esbofeteara a filha. Coloquei-me à frente do genitor e indaguei:
- Mas, o que é isto?
O pai revoltado disse:
- Minha filha é uma indigna! O marido está dormindo e ela veio te perturbar. Não podemos ter um hóspede em casa porque ela . . . E usou expressões muito vis.
Para defende-la disse:
- Todavia, o senhor está enganado. O senhor me respeite! A sua menina está doente, me pediu socorro, mas, esqueci. Estava tão cansado! Você veio me pedir passe, minha filha?
- Foi. – disse a moça.
Então, dei-lhe a mão, pedi ao pai que fosse chamar a esposa, e disse para orarmos. Fizemos o culto do Evangelho. Enquanto isso, eu via o obsessor – um espírito de baixa vibração moral que vampirizava a moça. Era uma obsidiada do sexo, assaltada por volúpia sem-fim; quanto mais buscava, pior ficava. Havia perdido a dignidade perante si mesma, odiando-se, porque o obsessor tramava o seu suicídio ou assassínio pelo marido. Era um drama do passado. Após a leitura evangélica, magnetizamos a água, apliquei-lhe um passe demorado. Quando terminei, ela deu um grito dizendo:
- Mamãe, saiu algo de mim. – e abraçou a mãe chorando.
DIVALDO CONCLUI DIZENDO: “Até hoje somos amigos. Ela é avó, educou aquela força negativa e canalizou os excessos para aplicar passes. Revelou uma bela mediunidade curativa.
Mas, vamos supor que eu houvesse aberto a porta e ela entrasse. O pai, à espreita, iria imaginar que havíamos combinado o encontro. Armava-se um escândalo e, até explicar minha inocência, quem acreditaria? E com que facilidade os escândalos tomariam corpo! Porque existe muita maldade e maledicência, mesmo no nosso Movimento! Muitos diriam o que não poderiam provar, dando-lhe tons e tintas de realidade! Seríamos vítimas de uma cilada obsessiva.”
ATENÇÃO: Vigiemo-nos! Porque há uma população invisível que nos acompanha e influencia, muito mais que simplesmente presenciar nossas ações, transformam-nos, em instrumentos de seus desejos, manipulando-nos como se fôssemos marionetes.
Espíritos que foram vítimas intentam vingar-se de seus algozes; usurários defendem o ouro amoedado; ambiciosos pretendem sustentar dominação; famintos do sexo vampirizam sexólatras; gênios da maldade semeiam confusão; alienados da realidade espiritual perturbam familiares, viciados procuram satisfazer o vício.
Os espíritos farejam as chagas da alma como as moscas farejam as chagas do corpo.
Do mesmo modo que higienizamos o corpo para evitar a bicheira, limpemos também a alma de suas impurezas para evitar a aproximação dos maus Espíritos.