sexta-feira, 28 de maio de 2010

JESUS ESTÁ NO LEME DO BARCO

Então Jesus entrou na barca, e seus discípulos o acompanharam. E eis que houve grande agitação no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, estava dormindo. Os discípulos se aproximaram e o acordaram, dizendo:

- Senhor, salva-nos, porque estamos afundando!
Jesus respondeu:
- Por que vocês tem medo, homens de pouca fé?
E, levantando-se, ordenou os ventos e o mar, e tudo ficou calmo. Os homens ficaram admirados e disseram:
- Quem é esse que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mateus, 8:23-27)

Nós podemos dizer que, nossa jornada terrestre é uma longa viagem por mares desconhecidos.
Onde, às vezes, o oceano está belo e calmo, porque seguimos saudáveis e bem dispostos; finanças em ordem; estabilidade no emprego; família em paz ; sentimo-nos ajustados e felizes . . .
Mas que, de repente, sopram os ventos, levantam-se ondas que nos ameaçam. É quando uma doença inspira cuidados; somos demitidos do emprego; explode a crise familiar; parte o ente querido . . .
Muitas vezes, experimentamos a dificuldade para lidar com essas situações.
Vai a coragem; chega o pessimismo; nasce o medo; falece a esperança . . .
Manifestando a perturbação, o desencanto, a revolta, a rebeldia . . .
Em casos extremos, há quem caia no álcool, nas drogas, no desatino, na depressão, e até o suicídio, essa falsa porta de fuga que apenas nos precipita em sofrimentos mil vezes maiores.
Daí perguntamos: “Por quê nos comportamos assim?”
A resposta: “Falta de fé.”

A fé é a bússola, a segurança, o apoio para todas as situações.
Quem conquistou esta fé, nunca se perde nos balanços da vida, mesmo quando sopra o vento da infelicidade.
Geralmente nos enganamos a respeito da fé. Porque julgamos possuí-la. Mas, nosso comportamento sugere o contrário, principalmente nas dificuldades da vida.
O Evangelho de Mateus termina com a divina promessa (28:30):
- Estarei convosco até a consumação dos séculos.
É preciso observar estas palavras. Porque com Jesus não há problema insolúvel, desafio invencível ...Contar com Jesus é o nosso grande trunfo em todas situações.
Observemos porém, que o evangelista refere-se aos seguidores de Jesus. Seguidor, como sabemos, é aquele que segue alguém, que lhe observa as orientações e imita os exemplos. E nós, geralmente, na primeira sacudida em nosso barco, corremos para Jesus e pedimos para que ele solucione nossos problemas, como fizeram os apóstolos.
Nós, dificilmente buscamos saber “por que sofremos”, “por que estamos aqui”, “o que Deus quer de nós”, etc. Nós não queremos saber porque quando obtermos as respostas, teremos que mudar nosso modo de pensar e agir. E isto dá trabalho. É mais fácil pedir.

Quando a fé é cega, nós geralmente achamos que “não temos sorte”, “que Deus nos abandonou”, “que alguém fez alguma coisa para nós”, ou seja, que não merecemos aquilo que estamos passando, quando na verdade, estamos colhendo os frutos dos nossos abusos. E foi o próprio Jesus que disse: "o plantio é livre, mas a colheita obrigatória."
Com a fé raciocinada pedimos ajuda a Jesus, mas não para que ele resolva problemas que cabe a nós resolver, mas sim, dando-nos força, consolação, tranquilidade através de seus ensinamentos e de seus trabalhadores espirituais, para que aprendamos a observar onde erramos para não errarmos mais.
Então, diante das sacudidas do barco da vida o que não podemos esquecer, é que Jesus está no leme deste barco.

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