sábado, 16 de março de 2019

JESUS ERA SOCIALISTA?


Hoje em dia ouvimos muitos falarem em divisão de renda. Mas, será que nós sabemos dividir o que temos? Numa campanha de doação de roupas, sapatos, brinquedos e outros, por exemplo, muitos doam o resto de seu armário, o que não dá mais para usar: camisetas manchadas de tintas ou alvejantes, sapatos furados, calças rasgadas, brinquedos quebrados ou faltando peças, alimentos fora do prazo de validade e outros. E às vezes, apenas sentem pena, mas não doam nada.
Alguns afirmam que Jesus era socialista. Concordo, mas a divisão de bens que ele pregou não é de forma "obrigatória" por um Governo, ela deve vir de forma espontânea, até porque, como já dissemos antes, nós ainda não sabemos dividir, repartir, doar ou se doar. Ainda somos egoístas, gananciosos, materialistas e, por isso, muitos que chegam ao poder não são justos. E também não é na forma de igualdade. Até no Nosso Lar há trabalho, remuneração (em forma de fichas chamado de Bônus Hora) que poderão ser trocados, por exemplo, por roupas melhores e até casa. Compra mais e coisas melhores quem trabalha mais. Então, a divisão que Jesus pregou é o de dividir alegria, realizar sonho, ajudar quem tem menos que nós, isso é o que deveria acontecer até que um dia ninguém se sinta confortável em ter coisas e ver pessoas sem nada ou com tão pouco e não fazer algo para ajuda-las. E quando for dividir ou doar algo, que se coloque no lugar de quem irá receber tal doação. Pense assim: “Eu gostaria de ganhar esta roupa? Eu gostaria de ver meu filho(a) ganhando este brinquedo?” Se a resposta for negativa, não doe. E aquele que é rico deveria pensar que, se seu dinheiro não o acompanha após a desencarnação, é porque não é dele, é só um empréstimo de Deus que, um dia terá que prestar conta do uso que fez dele. O empresário de uma multinacional, por exemplo, deveria doar uma casa aos seus empregados, pelo menos, todo final de ano. Fazer um cadastro de seus empregados e presentear quem mais necessita. Isto motiva os funcionários. Outros empresários poderiam doar algo que esteja ao seu alcance também. Quem dera esta atitude virasse "moda" a ponto que todos se solidarizem com a dor do outro. Como disse Divaldo Franco: “Quem não puder doar uma estrela, doe a luz de um vagalume; quem não puder dar um jardim, ofereça uma flor; quem não puder brindar a vida, enseje um aperto de mão; quem não dispuser de um rio para saciar a sede de uma aldeia, oferte um copo de água a alguém. Porque ninguém é destituído de valor que não possa amar, nem é tão pobre que não possa alguma coisa doar.”
O mundo só vai melhorar quando melhorarmos nossas atitudes, quando aprendermos a utilizarmos os bens que Deus nos empresta sem egoísmo, enfim, quando pararmos de nos doer e começarmos a doar e nos doar. 
Pensemos nisso!

Texto de Rudymara




sexta-feira, 15 de março de 2019

O ESPÍRITO DA MALDADE



O Espírito da Maldade, que promove aflições para muita gente, vendo, em determinada manhã, um ninho de pássaros felizes, projetou destruir as pobres aves.
A mãezinha alada, muito contente, acariciava os filhotinhos, enquanto o papai voava, à procura de alimento.
O Espírito da Maldade notou aquela imensa alegria e exasperou-se. Mataria todos os passarinhos, pensou consigo. Para isto, no entanto, necessitava de alguém que o auxiliasse. Aquela ação exigia mãos humanas. Começou, então, a buscar a companhia das crianças. Quem sabe algum menino poderia obedecê-lo?
Foi a casa de Joãozinho, filho de Dona Laura, mas Joãozinho estava muito ocupado na assistência ao irmão menor, e, como o Espírito da Maldade somente pode arruinar as pessoas insinuando-se pelo pensamento, não encontrou meios de dominar a cabeça de João. Correu à residência de Zelinha, filha de Dona Carlota. Encontrou a menina trabalhando, muito atenciosa, numa blusa de tricô, sob a orientação materna, e, em vista de achar-lhe o cérebro tão cheio das idéias de agulha, fios de lã e peça por acabar, não conseguiu transmitir-lhe o propósito infeliz. Dirigiu-se, então, à chácara do senhor Vitalino, a observar se o Quincas, filho dele, estava em condições de servi-lo. Mas Quincas, justamente nessa hora, mantinha-se, obediente, sob as ordens do papai, plantando várias mudas de laranjeiras e tão alegre se encontrava, a meditar na bondade da chuva e nas laranjas do futuro, que nem de leve percebeu as idéias venenosas que o Espírito da Maldade lhe soprava na cabeça. Reconhecendo a impossibilidade de absorvê-lo, o gênio do mal lembrou-se de Marquinhos, o filho de Dona Conceição. Marquinhos era muito mimado pela mãe, que não o deixava trabalhar e lhe protegia a vadiagem. Tinha doze anos bem feitos e vivia de casa em casa a reinar na preguiça. O Espírito da Maldade procurou-o e encontrou-o, à porta de um botequim, com enorme cigarro à boca. As mãos dele estavam desocupadas e a cabeça vaga.
- "Vamos matar passarinhos?" - disse o espírito horrível aos ouvidos do preguiçoso.
Marquinhos não escutou em forma de voz, mas ouviu em forma de ideia. Saiu, de repente, com um desejo incontrolável de encontrar avezinhas para a matança.
O Espírito da Maldade, sem que ele o percebesse, conduziu-o, facilmente, até à árvore em que o ninho feliz recebia as carícias do vento. O menino, a pedradas criminosas, aniquilou pai, mãe e filhotinhos. O gênio sombrio tomara-lhe as mãos e, após o assassínio das aves, levou-o a cometer muitas faltas que lhe prejudicaram a vida, por muitos e muitos anos.
Somente mais tarde é que Marquinhos compreendeu que o Espírito da Maldade somente pode agir, no mundo, por intermédio de meninos vadios ou de homens e mulheres votados à preguiça e ao mal.

XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB. Capítulo 48.


HORA VAZIA 

Cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade.
Nesse espaço, a mente engendra mecanismos de evasão e delira.
Cabeça ociosa é perigo a vista.
Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala.
Grandes males são maquinados quando se dispõe de espaço mental em aberto.
Se, por alguma circunstância, surge-te uma hora vazia, preenche-a com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou um trabalho que aguarda oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer . . .
O homem, quanto mais preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos para o progresso.
Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus intervalos mentais, as tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros de alegria e paz.
Hora vazia, nunca!


(Joanna de Ângelis – do livro: Episódios Diários – psicografado por Divaldo P. Franco)




COMO ESTAMOS EDUCANDO NOSSO FILHO PARA CONVIVER COM O DIFERENTE?

Nosso filho encontrará colegas, amigos, pessoas com a cor de pele, de cabelo, de olhos diferentes, usando óculos, gordos, magros, alto, baixo, com deficiências físicas e mentais, enfim, quando ele olha para alguém diferente dele esse alguém está olhando para ele e também vendo uma pessoa diferente. Diferente não significa pior ou melhor que ele, apenas diferente. Isto está dentro da lei divina, faz parte da necessidade evolutiva de cada um, não é para nos sentirmos superiores ou inferiores a ninguém. Como disse Lacordaire no O Evangelho segundo o Espiritismo: "Todos os homens são iguais na balança Divina e só AS VIRTUDES nos distinguem aos olhos de Deus." Na balança divina Deus não levará em conta a cor da nossa pele, nossa posição social, nossa religião, o time de futebol que torcemos, se fomos hetero ou homo, homem ou mulher, mas sim as virtudes que abrigamos dentro de nós. Então, embora sejamos diferentes, devemos tratar todos iguais, sem risos, piadas, humilhações e violência. Fazer uma pessoa se sentir triste, humilhado, infeliz, chorar, é MALDADE. Existe a violência física e a violência verbal que machuca também. Como está no O Evangelho segundo o Espiritismo, a violência verbal é a “palavra descortês, mal educada que usamos com o semelhante". Quantas pessoas cometem suicídio, adoecem, entram em depressão, querem se vingar através da violência, por serem humilhadas com piadas, chacotas e comentários que denigrem sua imagem. Cristãos, a pergunta é: "Será que estamos seguindo o ensinamento do Cristo que pede para que não façamos ao próximo o que não queremos que ele faça conosco?" "Estamos investindo na evangelização dos nossos filhos?" Como disse Kardec: É pela educação, muito mais do que pela instrução, que vamos atingir o progresso moral." Afinal, falamos em paz, mas será que estamos ensinando nossos filhos serem pacíficos? Queremos respeito, mas estamos ensinando nossos filhos a respeitar? Queremos direito, mas estamos ensinando nossos filhos que o direito dele acaba quando começa o direito do seu próximo? Então, finalizemos com a pergunta do início do texto: "COMO ESTAMOS EDUCANDO NOSSO FILHO PARA CONVIVER COM O DIFERENTE?" Pensemos nisso!

Texto de Rudymara


POR QUE OS JOGOS VIOLENTOS SÃO PERIGOSOS?



Divaldo Franco conta a história de uma criança que foi abandonada na instituição que ele preside (Mansão do Caminho). Era um menino que tinha 6 meses de vida. Conforme ele crescia eles observavam que ele gostava de confeccionar faquinhas. E dizia que queria esfaquear as mulheres que ajudavam Divaldo, só para sentir o sangue quente escorrer pelas suas mãos. Divaldo perguntava como ele sabia que o sangue era quente Ele dizia que não sabia por que, mas sabia que era quente. Divaldo conversava muito com ele, e retiravam as arminhas confeccionadas por ele. Ele cresceu, e pediu que Divaldo o emancipasse. Divaldo concordou, mas com uma condição: “que quando ele sentisse vontade de matar alguém, voltasse e matasse o Divaldo.” O menino assustou com o pedido, mas concordou. Anos depois eles se encontraram e conversa vai, conversa vem, Divaldo perguntou se o rapaz sentiu vontade de matar. Ele disse que sim, várias vezes. Mas que, cada vez que dava vontade ele via a imagem de Divaldo dizendo: “Venha e me mate primeiro.” Daí ele desistia. Então, Divaldo contou que, os espíritos lhe contaram que aquele rapaz, em outra encarnação foi um assassino.
Portanto, não sabemos o que uma criança (que é um espírito velho usando um corpo novo) foi ou fez em vida anterior. Se aquele espírito encarnado foi, por exemplo, um assassino na vida anterior, um jogo, um brinquedo, um programa violento poderá trazer lembranças do passado e incentivar ou reavivar a vontade de agir de forma violenta. O Espírito (que somos nós) passa pela infância porque durante esse período, é mais fácil assimilar a educação que recebe, de seus pais ou daquele que está com a responsabilidade de educá-la, de auxiliá-la no adiantamento. Nós não conhecemos o que a inocência das crianças esconde. Para que os Espíritos não possam mostrar excessiva severidade, eles recebem todo o aspecto da inocência. Essa inocência, muitas vezes, não constitui o que realmente eram antes. É a imagem do que deveriam ser, e não o que são. As más inclinações são cobertas com o esquecimento do passado. O amor dos pais se enfraqueceria diante do caráter áspero e intratável do Espírito encarnado. Pois não sabemos se o Espírito que recebemos com todo amor, possa ter sido um assassino, um amigo, um inimigo, um viciado ou outra coisa qualquer. Na adolescência surge o caráter real e individual, por isso mudam tanto de comportamento. Sem contar que, atraímos para perto de nós espíritos desencarnados (obsessores) com o mesmo gosto. Se foram violentos quando encarnados, buscarão espíritos encarnados violentos por afinidade. E que poderão intuir a cometer crimes e violências. Então, pais, eduquem seus filhos, exerçam sua autoridade para fiscalizar o que estão fazendo, com quem andam, colocar hora para estudar, para se divertir, para chegar em casa, ensinem a dar satisfação de onde vão, com quem vão, dar afazeres no lar como arrumar o quarto, lavar uma louça, procurar saber qual é seu comportamento na escola com os colegas, professores e funcionários, enfim, acompanhem o dia a dia deles, elogie o que fizerem de certo e corrijam o que fizerem de errado. Muitos pais estão se esforçando para dar tudo para agradar os filhos, mas estão se esquecendo de dar o mais importante: VALORES MORAIS. Celular, roupas, sapatos e outras coisas passageiras quebram, estragam e podem ser substituído, mas os valores morais são para sempre, até após a desencarnação. Pensemos nisso!


Compilação de Rudymara

terça-feira, 5 de março de 2019

O BEM CONTRA O MAL

A Gaviões da Fiel desfilou na avenida do samba este ano (2019) mostrando a luta do bem contra o mal e isto repercutiu muito mal entre muitas pessoas. Mas, vamos analisar o fato com calma? Chocou por que? Porque a encenação foi forte, mas o tema é verdadeiro, atual e faz muitos de nós questionarmos nossa fé. Para nós espíritas “O Bem é proceder de acordo com a Lei de Deus; e o Mal é desrespeitá-la” como se encontra na questão 629 em O Livro dos Espíritos. Daí perguntamos: "Dentro de nós, quem está vencendo?" Afinal, muitos de nós nos dizemos cristãos, mas nossas atitudes no lar, na escola, na via pública, no trabalho, nas redes sociais, enfim, no dia a dia, demonstram o contrário. Será que faríamos certas coisas se Jesus estivesse diariamente nos acompanhando fisicamente? Estão dizendo que é desrespeito o que a escola fez com a imagem de Jesus, mas e nós, será que não o desrespeitamos todos os dias quando transgredimos as leis de Deus trazidas por ele? Será que nossos vícios, ódios, mentiras, revides, abusos, enganações, trapaças, desrespeito com o próximo e o distante, com o diferente de nós, com os pais, professores, bens públicos, com o cônjuge, com a religião alheia, com o corpo físico que nos foi emprestado por Deus, com os animais, a Natureza, com os idosos, crianças, violência, sexo desregrado, aborto e outros, também não são atos desrespeitosos? Ser cristão vai muito além de frequentar uma religião e seguir seus dogmas e rituais. Ser cristão é viver o cristianismo, ou seja, fé tem que ser com obras senão é morta. Kardec perguntou aos Espíritos na questão 932: POR QUE O MAL GERALMENTE VENCE O BEM? E eles responderam: “Por fraqueza dos bons é que vemos com frequência no mundo, a influência dos maus vencerem a influência dos bons. Porque os maus são intrigantes e audaciosos, e os bons são tímidos. E que, quando os bons quiserem, predominarão.” Então, podemos concluir que o mal só vence quando o bem se omite. E o bem, como já dissemos, é proceder de acordo com a lei de Deus. Será que estamos ajudando Jesus nesta luta de implantar o bem na Terra? Pensemos nisso!
Texto de Rudymara