quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

QUARTA-FEIRA DE CINZAS



No carnaval aumentam as transgressões das leis morais cristãs de todas as formas: sexo desregrado, gravidez indesejada, aborto, doenças sexualmente transmissíveis, bebedeira que danifica a saúde do corpo físico, mortes no trânsito causado pelo alcoolismo e outras drogas e muita violência. Dia seguinte ao término do carnaval, é a quarta-feira intitulada de cinzas, onde muitos estão com a saúde debilitada, o corpo físico cansado. Outros ficam triste com o término e alguns cumprem o que pede sua religião (catolicismo), por isso buscam templos religiosos para tomar cinzas, cujo simbolismo é para que as pessoas se arrependam de algo que fizeram, que façam reflexão sobre o dever da conversão, da MUDANÇA DE VIDA ou MUDANÇA COMPORTAMENTAL. A quarta-feira de cinzas é o primeiro dia da quaresma (para os católicos), que é o período de quarenta dias que antecedem a festa da Páscoa, onde é relembrado os últimos dias de Jesus na Terra. Mas, neste período, não nos enganemos tentando enganar Jesus com abstinências como a de carne vermelha, cigarro, bebida alcoólica, e outros, por apenas quarenta dias. Ele espera mais que isso e por um período permanente. A abstinência que Ele espera de nós é a das coisas que faz mal para nosso corpo e para nosso Espírito. Na sexta-feira da paixão muitos não comem carne vermelha em respeito à Jesus. Mas, passou a sexta-feira, tudo volta ao normal, ou melhor, todas as transgressões se repetem em desrespeito ao que ele nos pede há mais de dois mil anos.
Agora perguntemos: “Só com a vinda Dele já estamos salvos?” Não nos enganemos. Jesus não morreu para nos salvar, ou melhor, nos livrar dos erros. Ele viveu para nos mostrar o caminho da salvação. Mas, salvar do que? Dos resgates difíceis. Quando vivenciarmos seus ensinamentos, não teremos o que resgatar, consequentemente, estaremos salvos das dores e aflições. Então, como vemos, o sacrifício do Cristo e de seus discípulos não aconteceram para apenas admirarmos ou para decorarmos seus ensinamentos e ficar por isto mesmo. A passagem do Cristo na Terra é mais que presentes, presépios, ceia, bacalhau, ovos de chocolate, paçoca, coelhinho e fazer pedidos á ele. Quando entenderemos o sentido da vinda do Cristo a Terra? Será que estamos agradando Jesus com esta fé sem obras? Quando seremos o sal da Terra? Quando brilharemos a nossa luz? Até quando gritaremos "Senhor, Senhor", mas não faremos o que ele pede?
Na questão 999 do O livro dos Espíritos Kardec perguntou: “O arrependimento sincero durante a vida é suficiente para extinguir as faltas e fazer que se mereça a graça de Deus?” E eles responderam: “O arrependimento auxilia a melhora do Espírito, mas o passado deve ser expiado.”
Richard Simonetti explica: “Só o arrependimento não nos concede o perdão. É apenas o primeiro passo na árdua jornada da reabilitação, em favor da qual não bastam penitências, ritos, ou rezas. É de fundamental importância que o mal seja reparado. Podemos definir o arrependimento como a consciência de que fizemos algo errado, de que prejudicamos alguém ou a nós mesmos. Implica em dor moral, tão profunda quanto a natureza de nossas faltas e o grau de nossa maturidade. Quanto mais evoluídos, mais sofre o Espírito, ao avaliar a extensão dos prejuízos que causou a si mesmo ou ao semelhante. Pode ocorrer na Terra, pelo exercício da razão. Exemplo típico: o indivíduo que parte para a violência em face de determinada contrariedade; O marido traído, que mata a esposa; A mãe que fere a criança ao castigá-la. Depois o lamento: “Ah! Meu Deus! Por que não me controlei!” Mais frequentemente o arrependimento eclode no Plano Espiritual, quando o Espírito defronta-se com sofrimentos e desajustes decorrentes de suas iniciativas desatinadas. O arrependimento sincero, e a disposição a dar uma guinada existencial, modificando seus rumos, não é fácil. O homem comum distrai-se de suas responsabilidades, sempre pronto a justificar seus desvios com intermináveis frases como estas:
“Bebo sim, mas para enfrentar os problemas da existência - explica o alcoólatra, sem atinar para o fato de que se transformou, ele próprio, num grande problema.”;
“Traí meu marido, sim, envolvi-me em aventuras extraconjugais, porque não me dava atenção - afirma a mulher displicente, a justificar sua irresponsabilidade.”
Pessoas assim transitam pela vida de consciência anestesiada pela indiferença em relação aos valores morais, para somente despertarem no Plano Espiritual, quando se habilitam a longas e penosas jornadas de retificação.”
Lembrando uma frase de um padre amigo: "As cinzas que as pessoas recebem na quarta-feira não apaga o que elas fizeram no carnaval."
Então, não nos enganemos, senão continuaremos sofrendo as consequências de nossos atos, colhendo os frutos amargos do nosso plantio.
Pensemos nisso!


Texto de Rudymara


terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

JESUS VEIO NOS MOSTRAR O CAMINHO DO BEM




Li esta matéria sobre a apresentação da escola de samba Mangueira: “Jesus Cristo, veio em uma versão lacradora, um Jesus negro, mulher, indígena e LGBT. Ainda durante o desfile, a bateria da escola ficou caracterizada com trajes romanos e um capuz de caveira no rosto, referência ao sistemático discurso da esquerda de que a polícia promove violência contra negros e pobres na favela.”

Segundo alguns, a interpretação é que Jesus conviveu com todos, principalmente com os que transgrediam as leis de Deus, o que é verdade. Ele mesmo disse que “não veio para os sãos, mas para os doentes (da alma). Mas não podemos esquecer que ele andava com eles para CONVERTÊ-LOS, para ensinar que é preciso mudar de conduta e não para fazer ou aplaudir o que eles faziam. Há algum tempo estão tentando atacar a imagem de Jesus, é natural para quem não gosta de ordem, seguir regras, respeitar, mas não conseguirão, desde que nós, os indignados com isto, os que se dizem cristãos, façamos nossa parte. Se estamos indignados com este “desrespeito”, não o desrespeitemos também. Será que com nossos vícios, ódios, mentiras, revides, abusos, enganações, trapaças, desrespeito com o próximo e o distante, com o diferente de nós, com os pais, professores, bens públicos, com o cônjuge, com a religião alheia, com o corpo físico que nos foi emprestado por Deus, com os animais, a Natureza, com os idosos, crianças, violência, sexo desregrado, aborto e outros, também não estamos desrespeitando as leis de Deus trazidas por Jesus? Ser cristão vai muito além de frequentar uma religião e seguir seus dogmas e rituais. Ser cristão é viver o cristianismo, ou seja, fé tem que ser com obras senão é morta. Kardec perguntou aos Espíritos na questão 932 POR QUE O MAL GERALMENTE VENCE O BEM? E eles responderam: “Por fraqueza dos bons é que vemos com frequência no mundo, a influência dos maus vencerem a influência dos bons. Porque os maus são intrigantes e audaciosos, e os bons são tímidos. E que, quando os bons quiserem, predominarão.” Então, podemos concluir que o mal só vence quando o bem se omite. E o bem, como disseram os Espíritos à Kardec, é proceder de acordo com a lei de Deus. Será que estamos ajudando Jesus nesta luta de implantar o bem na Terra? 
E sobre os policiais, esqueceram de retratar Jesus como policial. Se ele não discrimina ninguém, nem negro, LGBT, indígena, mulher, com certeza não discrimina policiais também. Que tal um Jesus policial que vira a banca de comerciantes exploradores do povo, a banca dos bicheiros, dos traficantes e outros como fez na porta do templo religioso? Os carnavalescos deveriam explicar, com suas alegorias que, os policiais existem porque ainda convivemos com pessoas violentas, desonestas, bandidos, traficantes, dependentes químicos que desrespeitam a lei e a ordem da sociedade. Basta olhar o que está acontecendo no Ceará com a greve dos policiais, de quarta à domingo houve 147 homicídios. Ruim com os policiais? Pior sem eles. Pois, ainda não sabemos viver sem regras punitivas. Estes carnavalescos também se esqueceram de retratar quem mais mata no Rio, que são as facções criminosas de dentro da política (Zaquels antes da conversão) e das favelas que são os traficantes. Estes sim são bandidos que matam pessoas nas filas de hospitais, sem medicamento e outros. Matam quando dominam favelas a troco de enriquecimento as custas da desgraça de usuários, famílias e sociedade que sofrem com as consequências das drogas. Quantos assaltos, mortes, abusos, famílias desestruturadas por causa das drogas. Cracolândia lotada com zumbis que perambulam pelas ruas em busca de dinheiro, sabe-se lá de que forma, para sustentar o vício. E os traficantes rondam ali, entre eles, se aproveitando da situação vexatória. Como está na questão 796 do O livro dos Espíritos: “Uma sociedade pervertida certamente precisa de leis severas. Infelizmente, essas leis mais se destinam a punir o mal depois de feito, do que a lhe secar a fonte. Só a educação (moral) poderá reformar os homens, que, então, não precisarão mais de leis tão rigorosas.” Esta "educação moral" só é possível com a vivência das leis que Jesus trouxe. Quando estivermos seguindo tais ensinamentos, não precisaremos de policiais policiando nossas atitudes. Mas, enquanto isto não acontece, respeitemos os profissionais militares. Sabemos que dentro dessa e de todas as profissões há péssimos profissionais. Mas, não devemos generalizar. Eles deixam seus lares, quando saem para o trabalho, sem saber se irão voltar para tentar nos proteger. Muitas vezes não fazem mais por falta de recurso e apoio da lei. No Rio de Janeiro morre um policial a cada 58 horas, em serviço e fora dele. Muitos morrem em combate e outros porque não se vendem ao tráfico. Então, façamos a nossa parte como cristãos, respeitando Jesus através da vivencia de seus ensinamentos, seja o negro ou o branco, o hetero ou o homo, o homem ou a mulher, o índio ou o policial, o traficante ou o benemérito. E tenhamos certeza que Jesus não se sente ofendido com esta representação da escola, pois, até mesmo para aqueles que o condenaram à morte ele pediu: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem". Ele também não se vingará porque a vingança é contrário ao perdão, um dos ensinamentos dele. Ele sabe que nós apenas amadureceremos, através das encarnações e encarnaremos quantas vezes for necessário até aprendermos a respeitar e a compreendermos que antes de atirarmos pedra no telhado dos outros, devemos lembrar que o nosso é de vidro. Que antes de julgar o erro alheio, devemos detectar o nosso para corrigi-lo. Que antes de pedirmos Justiça, devemos ser justos. Como disse Emmanuel: "A melhora de tudo para todos começa na melhora de cada um." Pensemos nisso!


Rudymara



segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

QUAL A FINALIDADE DO ESPIRITISMO?



A finalidade do Espiritismo é auxiliar no progresso MORAL da humanidade. Então, embora ele precise de adeptos para ajudar nesta luta, ele não tem a intenção de converter ninguém. Muitos espíritas vivem pelo Espiritismo, mas nenhum vive dele. Nossa finalidade é colocar os ensinamentos cristãos na vida de quem frequenta as casas espíritas para que elas entendam quem são, o que estão fazendo aqui neste planeta, saber de onde vieram e para onde irão após a desencarnação, para que busquem ser hoje melhores que foram ontem e que sejam amanhã melhor que estão sendo hoje. O mais importante para o espírita não é curar corpos, mas almas, ou seja, é a REFORMA ÍNTIMA, principalmente dele mesmo. Como disse Chico Xavier: "O espírita que não se preocupa com a renovação íntima ainda não compreendeu a essência do Espiritismo." Como disse Emmanuel: "A melhora de tudo para todos começa na melhora de cada um." Afinal, com a melhora de cada um de nós, consequentemente, acontecerá a melhora do mundo. E para nós Jesus é o modelo e guia a ser seguido dentro e fora da casa espírita. Como disse Kardec: "reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar suas más tendencias." Então, nos esforcemos para viver o que pregamos e acreditamos.
Texto de Rudymara


DIVALDO E O LEPROSO JÉSUS GONÇALVES



Quando eu (Divaldo) era jovem, no ano de 1949, estava orando no quintal de nossa casa, num belo dia de primavera. Tomado pelo encanto da natureza, chorava no enlevo da prece. Naquele estado, entrando em contato com o mundo parafísico, eu vi aproximar um ser espiritual, que claudicava (mancava) da perna direita e, olhando-lhe o pé, vi a deformidade oculta em trapos que o envolvia. Apoiava-se a um bordão; as vestes pareciam muito modestas, gastas e, quando lhe olhei o rosto, tive um choque; as fossas nasais estavam à mostra, a boca meio torcida, as abas das orelhas eram longas, mas, nos olhos enceguecidos aparentemente, havia uma luz mirífica que me fascinou. Na minha suprema ignorância de principiante, quando vi o Espírito com aquele aspecto, disse mentalmente:
- Meu Deus! Deve ser algum obsessor. Eu estou orando e o atraí. Vou envolvê-lo numa onda de infinita ternura . . .
Tomado por essa emoção, comecei a falar-lhe que pensasse em Deus, que se entregasse a Deus . . . quando lhe ouvi a voz, que me pareceu um canto inesquecível:
- Eu não sou um embaixador celeste, mas, tampouco, um obsessor. Sou teu irmão, que vem desde priscas eras carpindo as imperfeições. Venho hoje pedir-te ajuda para os irmãos encarcerados no mal de Hansen . . .
Eu procedia de uma cidade do interior, onde a palavra lepra era um estigma tão cruel, que ninguém a pronunciava. Quando alguém era acometido do mal de Hansen, a ignorância popular dizia:
- Está com aquela doença.
Porque se acreditava que, ao se pronunciar a palavra, a pessoa se contaminava. Eu ainda mantinha essa idéia absurda, apesar de estar com quase 20 anos.
Quando ele disse: Eu sou portador do mal de Hansen, pensei: Ele é um leproso! E tive medo que a enfermidade me contaminasse. Tratava-se de um mecanismo automático do meu inconsciente, leproso moral que eu era e sou, certamente.
Naquele momento, ele disse-me:
- Venho pedir-te uma coisa, Divaldo. Os nossos irmãos, internados no sanatório de Águas Claras, estão precisando de uma palavra amiga. Eu gostaria que fosses lá para visitá-los. . .
Tomado de espanto, redargui:
- Eu ir lá? Ir visitar o leprosário, não irei nunca! O senhor me perdoe. Não tenho coragem . . .
Ele sorriu e começou a transfigurar-se diante dos meus olhos. Onde havia aquelas deficiências, passou a formar-se um semblante de luz, que não era refulgente, mais parecendo uma claridade interior que se exteriorizava; os olhos adquiriram um brilho fascinante; ele tomou uma postura nobre; as vestes se modificaram:
- Eu sou teu irmão Jésus Gonçalves. Desencarnei há pouco tempo na colônia de hansenianos em Piratiningui. Venho pedir-te para que vás ao leprosário . . . Queres ir?
Respondi, emocionado:
- Quero, sim, senhor!
- Então vá e dize-lhes que um seu irmão, que os ama, estará ao seu lado. Quando lhes fores falar, eu estarei contigo . . .
Foi assim o meu primeiro contato com os padecentes de hanseníase. A partir de então, graças a esse venerando Espírito, já visitamos, no Brasil, quase todas as colônias de que temos conhecimento, assim como em outros países . . .

Divaldo conta que conheceu dona Eunice Weaver, que se tornou a "mãe dos filhos dos hansenianos" e evitou que milhares de crianças se contaminassem. Após desencarnar, apareceu radiosa para Divaldo, onde escreveu a mensagem "Marcados na Alma", onde faz uma análise dos portadores da hanseníase moral, que é a enfermidade entrando, e dos portadores da hanseníase física, que são aqueles que tem a enfermidade saindo.
Os que hoje estão marcados na alma, pelos danos praticados contra si mesmos, através do seu próximo, a quem prejudicaram em vidas passadas, inevitavelmente serão os portadores da hanseníase, das degenerescência cancerígena de hoje ou de amanhã.
Jésus Gonçalves, por exemplo, foi em uma de suas encarnações, Alarico, rei dos visigodos, um guerreiro extremamente cruel. Por onde ele passasse com seus exércitos, deixava destruição, ruína, desespero e morte; e ao sair, ateava fogo nas aldeias e cidades, para que nada mais restasse... Por muitos séculos ainda, em outras existências, espalhou dores e sofrimento a muitas pessoas, até o dia em que arrependido, ele começou a melhorar sendo amparado pela providência divina. Reencarnou muitas vezes, e em várias dessas existências, voltou como leproso, para limpar seu corpo espiritual das manchas que adquirira em séculos de horrores.

CRISTÃOS NO CARNAVAL



EXISTE ALGUM IMPEDIMENTO PARA UM JOVEM ESPÍRITA COM RELAÇÃO A SUA PRESENÇA NO CARNAVAL E BALADAS?

CARLOS BACCELLI: Não, a Doutrina, em nenhum caso, nos cerceia a liberdade de escolha em nossas preferências. Somos livres, mas devemos sê-lo com responsabilidade.
O moralismo exacerbado é tão prejudicial quanto a sua ausência naquilo que prescrevemos para os outros, mas não nos encontramos dispostos a vivenciar em nós mesmos.
Advertiu-nos o apóstolo Paulo: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém". O mal não está tanto na coisa em si; está em como nos conduzimos dentro dela . . .
O carnaval não seria o que é, se não fôssemos o que somos.
É natural a presença do jovem espírita em festas e boates; no entanto, ao adentrar uma casa de diversão, ele não pode deixar lá fora a sua condição religiosa, como se tal condição lhe fosse uma capa da qual ele pudesse despir-se à vontade.

OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Assistindo o jornal da minha cidade vi uma reportagem que alertava as pessoas sobre a necessidade de usarem camisinha no carnaval. Daí me pergunto: "onde começou a ideia ou cultura que carnaval é para se permitir a tudo, ao sexo com qualquer um, com vários, enfim, ao sexo desregrado e irresponsável?" Numa cidade próxima à minha o prefeito suspendeu o carnaval porque todo ano acontece uma morte, muitas brigas, violência. As drogas lícitas e ilícitas estão dominando as pessoas e desestruturando famílias, sociedade e matando de forma direta e indireta. Muitos nem conseguem se divertir sem elas, é uma alegria artificial. E, infelizmente, sabemos que muitos foliões são cristãos. Frequentam uma religião, mas a conduta num carnaval, por exemplo, não condiz com seu rótulo religioso. Se comportam como se Deus e Jesus só nos observassem dentro do templo religioso e, por isso, fora dele podemos tudo. Enquanto não aliarmos o que aprendemos em nossa religião à nossa conduta, continuaremos atrapalhando a evolução do planeta e adiando a nossa causando resgates difíceis no futuro. Jesus nos deixou muitos ensinamentos e conselhos, cabe a nós usarmos bem o nosso livre arbítrio ou não. Mas lembrando sempre o que ele disse: "a cada um segundo suas obras."

O CARNAVAL FICOU EM ALGUM LUGAR DO PASSADO




Trechos da crônica da jornalista Cora Ronai que saiu para comprar queijo no domingo de carnaval e narrou o que viu e não gostou. Eis algumas frases:
* Havia muitas pessoas fantasiadas, havia uns focos de animação aqui e ali. Mas o que havia, de forma predominante, eram vendedores de cerveja e gente bêbada. Muita gente bêbada. Muita gente muito bêbada! E, com isso, o que deveria ser alegria e festa dava a impressão de desespero e de infelicidade crônica, num clima under-the-volcano absurdamente angustiante.
* Gente caindo, gente vomitando, gente que mal se aguentava nas pernas; gente falando palavrões aos gritos e sendo grosseira; gente se amassando escorada nas grades.
* Não consegui chegar até o Arpoador. Havia gente demais. E, para piorar, na esquina da Vieira Souto havia também uma muralha de banheiros químicos armada sobre um lago de mijo. O fedor chegava aos céus.
* Voltei para a Prudente de Moraes e peguei um táxi que ia passando. Péssima ideia. Vinícius e Joana Angélica estavam fechadas, com cones e guardas impedindo a passagem dos carros. Quarenta minutos e vinte e cinco reais depois terminei o percurso de dez minutos e sete reais.
* Carnaval, para mim, é uma festa que ficou em algum lugar do passado que nunca mais vou visitar.
Deixo a conclusão da narrativa para cada um de vocês que irão ler este texto.
OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Onde estão os cristãos? Escondidos atrás das máscaras? Será que os Céus não estão enxergando nossas atitudes? Precisamos descer tanto em nosso comportamento para brincar numa festa? Será que estas pessoas iriam ao carnaval se não bebessem ou usassem outras drogas? Como é a alegria de muitos foliões, espontânea ou artificial? Onde começou a cultura que tem que beber para se divertir? Que no carnaval tem fazer sexo com qualquer um e com várias pessoas? Que as roupas tem que ser minúsculas ou nenhuma? Fica os questionamentos para que busquemos o que queremos para a nossa vida, nesta e para outra encarnação. Pois, nossas ações geram uma reação. Por isso o apóstolo Paulo advertiu: "Tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém." Pensemos nisso!