Na última quarta-feira, Judas passa o dia com Jesus e os outros apóstolos sem imaginar que Jesus já sabia o que ele havia feito.
Jesus escolheu seus apóstolos e sabia a fraqueza de cada um deles. Assim mesmo deu a oportunidade de segui-Lo. Judas não nasceu para trair. Ninguém nasce para matar, roubar, trair ou transgredir a lei dos homens e a de Deus. Nós apenas fazemos mau uso do livre arbítrio. Então, neste caso, o maior traído foi ele próprio que se deixou levar por seu ponto fraco: A GANÂNCIA. Quando estamos prestes a errar, o mundo espiritual tenta nos orientar pelos condutos da intuição, além de buscarem nos fazer relembrar as lições que temos armazenadas e que recebemos durante a vida através da religião, do lar, da escola. Mas, quando permitimos que entre em nosso coração as tentações e enganos do mundo, acaba frustrando o empenho do mundo espiritual. Resta deixar que a pessoa exercite o livre-arbítrio e “quebre a cara”, como se costuma dizer, aprendendo, pela didática severa da dor, que é preciso respeitar as leis divinas. O QUE MUDOU DAQUELA ÉPOCA PARA CÁ? Quase nada. Ainda hoje, encontramos muitos Judas vendendo o Cristo, ou seja, seus ensinamentos, por muito mais que 30 moedas de ouro. E traindo seus ensinamentos quando, por exemplo, o marido trai sua esposa e vice-versa; quando os filhos traem a confiança dos pais; quando pessoas traem colegas de trabalho para ganhar posição e cargo; quando familiares traem na partilha da herança; quando traem a confiança das pessoas para roubar, assaltar, dar golpes, enfim, quando fazemos ao outro o que não queremos o que ele nos faça. Judas traiu, foi devolver as moedas e se matou por remorso e arrependimento. E muitos que traem hoje, embora digam ser cristãos, nem arrependimento sentem. Judas, para ressarcir seu débito, reencarnou como Joana D’Arc (1412-1431) que, à semelhança de Jesus, foi traída, vendida, humilhada e morta. Só não foi crucificada. Morreu numa fogueira.
Texto de Rudymara
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