quarta-feira, 21 de março de 2018

O CASO MARIELLE




Muitos escreveram perguntando o que acho da morte da vereadora Marielle. Com certeza não sou a favor da violência em hipótese alguma. Precisamos aguardar as investigações para saber a causa, embora nenhuma causa justificará tal crime, nem o dela e de seu motorista e nem de tantos outros que desencarnam, quase que diariamente, executados pelo tráfico de drogas, como os policiais, os que devem para o tráfico e os que se colocam contra ele. Executados também por assaltantes, pelos maridos ou pais violentos, pelos homofóbicos, pelos preconceituosos, pelos fanáticos esportivos e outros tantos. E o problema da comoção não é o excesso na morte da vereadora e a falta dela nas outras mortes. Enfim, sou a favor de algumas de suas lutas, mas não sou a favor de outras, como por exemplo: modificar a polícia militar, a legalização do aborto e das drogas. 
Como falar em colocar um fim na violência sendo violento, ou seja, matando um feto que está sendo gerado? Para nós espíritas tem um espírito ligado àquele feto que aguarda a oportunidade de encarnar para passar por uma prova ou uma expiação. Como falar em paz se a grande causa da violência no Rio e em outros lugares do Brasil e do mundo são as drogas? Os que vendem e os que usam serão responsabilizados pela lei divina. Os usuários são suicidas indiretos e os que vendem os protagonistas de tal ato. Como pedir segurança se querem modificar a forma de trabalhar da polícia? Falam de uma polícia humanizada, mas a polícia humanizada das UPPs estão trabalhando há anos nas favelas e não deu certo. Eles morrem a cada 58 horas no Rio em serviço e fora dele. Para dar certo é preciso humanizar e desarmar os traficantes e delinquentes em geral. A mídia mostra a polícia como um monstro sem mostrar o monstro que ela enfrenta diariamente. O problema não é a polícia é com quem ela lida. Nos coloquemos no lugar dela. Pensemos que, se fosse um filho(a) ou parente nosso estaríamos pensando diferente. Estaríamos apreensivos cada vez que ele saísse para o trabalho. E as drogas? Mesmo que libere as drogas a violência continuará. As drogas, geralmente, envolvem a família, a sociedade e torna-se envolvido com a criminalidade, pois quando este fica sem condições financeiras para adquiri-la, a consegue através de pequenos e grandes furtos, assaltos, muitas vezes, seguidos de mortes. Chegam a matar familiares para obter algo que possam vender e sustentar seu vício. Então, respeito quem pensa diferente de nós espíritas, mas nossa visão é espiritual. Para nós a vida não acaba no túmulo e não começa no berço. Por morarmos num planeta que abriga espíritos ignorantes e rebeldes, como disseram os espíritos à Kardec, estamos sujeitos a todos tipos de morte, embora ninguém nasça para matar ou desencarnar assassinado. Quem mata apenas usou mal o seu livre arbítrio. Ninguém é coitadinho neste mundo. Estamos aqui passando, ás vezes, por tristezas, dores, aflições e, até humilhações, porque precisamos aprender alguma coisa. Nossos plantios geram colheitas que, se não colhermos nesta encarnação, colheremos em outra e, se estamos colhendo nesta encarnação é porque plantamos na anterior. Então, quem é cristão, precisa ter sua causa baseada na causa cristã. Embora respeitemos o livre arbítrio de quem pensa e age diferente de nós. Portanto, que Deus ampare essa moça e, também seu algoz, pois ele (ou eles) responderá pelo crime, se fugir da lei dos homens, com certeza não fugirá da lei divina.

Rudymara





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