domingo, 29 de abril de 2012

COMO SURGIU O TRABALHO?



A Bíblia revela que o “trabalho” é um castigo divino que surgiu para punir Adão e Eva. Eles perderam o paraíso por terem cometido o “pecado” de comer o fruto da árvore da ciência (conhecimento) do bem e do mal (a Bíblia não cita a maçã).
Será que Deus retiraria proteção, alimento, moradia e atenção com a condição que ambos permanecessem na ignorância?

Será que Deus os expulsaria mesmo sabendo que ambos não sabiam discernir entre o bem e o mal, não tinham noção do que é certo ou errado, justo ou injusto, obedecer ou desobedecer?
Sabemos que não.
Então, para nós espíritas, o castigo divino, de “ganhar o pão de cada dia com o suor do rosto”, registrado alegoricamente na Bíblia, mostra apenas as necessidades evolutivas do Homem. Onde ele deixava de ser um simples animal irracional, controlado pelo instinto, para ser inteligente e exercitar o livre-arbítrio.
O trabalho tornou-se uma lei indispensável, não apenas em favor da sobrevivência do Homem, mas também para que desenvolva a inteligência e supere em definitivo os resíduos da irracionalidade.
No irracional (na fase animal), ele é guiado pelo instinto e o esforço pela subsistência é mínimo. Nesta fase a mãe natureza o atende. Já na fase hominal, orientado pela razão, que deixou o berço e começa a andar, há uma solicitação bem maior de trabalho que tanto mais complexo se torna quanto maior o seu desenvolvimento intelectual, sofisticando suas necessidades de conforto e bem estar.

Se Deus tivesse liberado o homem do trabalho físico, seus membros seriam atrofiados; se o livrasse do trabalho intectual, seu espírito permaneceria na infância, nas condições instintivas do animal.
 


“Por que provê a Natureza, por si mesma, a todas as necessidades dos animais”?
“Tudo em a Natureza trabalha. Como tu, trabalham os animais, mas o trabalho deles, de acordo com a inteligência de que dispõem, se limita a cuidarem da própria conservação. Daí vem que do trabalho não lhes resulta progresso, ao passo que o do homem visa duplo fim: a conservação do corpo e o desenvolvimento da faculdade de pensar, o que também é uma necessidade e o eleva acima de si mesmo...”
O Livro dos Espíritos – Questão nº 677 (Da Lei do Trabalho)


(Resposta de Rudymara baseada no texto Pão da Vida de Richard Simonetti no livro A Constituição Divina e no O Evangelho segundo o Espiritismo)


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