EXISTE ALGUM IMPEDIMENTO PARA UM JOVEM ESPÍRITA COM RELAÇÃO A SUA PRESENÇA NO CARNAVAL E BALADAS?
CARLOS BACCELLI: Não, a Doutrina, em nenhum caso, nos cerceia a liberdade de escolha em nossas preferências. Somos livres, mas devemos sê-lo com responsabilidade.
O moralismo exacerbado é tão prejudicial quanto a sua ausência naquilo que prescrevemos para os outros, mas não nos encontramos dispostos a vivenciar em nós mesmos.
Advertiu-nos o apóstolo Paulo: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém". O mal não está tanto na coisa em si; está em como nos conduzimos dentro dela . . .
O carnaval não seria o que é, se não fôssemos o que somos.
É natural a presença do jovem espírita em festas e boates; no entanto, ao adentrar uma casa de diversão, ele não pode deixar lá fora a sua condição religiosa, como se tal condição lhe fosse uma capa da qual ele pudesse despir-se à vontade.
OBSERVAÇÃO DE RUDYMARA: Assistindo o jornal da minha cidade vi uma reportagem que alertava as pessoas sobre a necessidade de usarem camisinha no carnaval. Daí me pergunto: "onde começou a ideia ou cultura que carnaval é para se permitir a tudo, ao sexo com qualquer um, com vários, enfim, ao sexo desregrado e irresponsável?" Numa cidade próxima à minha o prefeito suspendeu o carnaval porque todo ano acontece uma morte, muitas brigas, violência. As drogas lícitas e ilícitas estão dominando as pessoas e desestruturando famílias, sociedade e matando de forma direta e indireta. Muitos nem conseguem se divertir sem elas, é uma alegria artificial. E, infelizmente, sabemos que muitos foliões são cristãos. Frequentam uma religião, mas a conduta num carnaval, por exemplo, não condiz com seu rótulo religioso. Se comportam como se Deus e Jesus só nos observassem dentro do templo religioso e, por isso, fora dele podemos tudo. Enquanto não aliarmos o que aprendemos em nossa religião à nossa conduta, continuaremos atrapalhando a evolução do planeta e adiando a nossa causando resgates difíceis no futuro. Jesus nos deixou muitos ensinamentos e conselhos, cabe a nós usarmos bem o nosso livre arbítrio ou não. Mas lembrando sempre o que ele disse: "a cada um segundo suas obras."
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