sábado, 8 de setembro de 2018

A PALAVRA

                                                             

Conta-se que Xanto, um rico senhor grego pretendendo oferecer um banquete aos amigos, ordenou a Esopo, seu escravo,  que comprasse no mercado a melhor carne.
Esopo, que seria conhecido como um dos maiores sábios gregos, só comprou línguas, explicando que não há nada melhor do que a língua, que permite aos homens se comunicarem, favorecendo a  vida  social, as artes, o exercício da  inteligência . . .
Xanto resolveu testar Esopo e ordenou-lhe, no dia seguinte, que comprasse o que houvesse de pior.
Para sua surpresa, o escravo tornou a trazer línguas. E explicou que a língua é a mãe de todas as brigas, das divisões, das ofensas, das fofocas, das separações entre membros de uma família, de grupos sociais, de países, de povos . . .
Realmente, a língua, que representa a palavra falada, pode ser algo muito bom ou muito ruim.
Com ela podemos amaldiçoar ou abençoar, insultar ou elogiar, humilhar ou exaltar, dependendo do uso que dela façamos.

(Richard Simonetti – Fugindo da Prisão)

A palavra é veículo de idéias e as idéias alavancam a vida.
A palavra permitiu que a história sobrevivesse e homens notáveis, na sua saga não escreveram uma única palavra.
Sócrates, o pai da filosofia; e Jesus, o Rei solar; jamais escreveram qualquer vocábulo, mas marcaram a história.
Sócrates deixou um pensamento de ouro e Jesus dividiu o tempo em antes e depois Dele, revolucionou a filosofia religiosa e tornou-se amado por dois bilhões de seres humanos.
A palavra é um dos maiores mecanismos de comunicação da história da humanidade.
Hitler, uma expressão dantesca da Alemanha nazista, foi exemplo da palavra negativa. Seus discursos hipnotizavam multidões levando-as ao delírio e fazendo com que elas se tornassem cumprice no crime de preconceito racial e falsa pureza étnica.
No plano comum-social, a palavra mal utilizada tornou-se elemento perigoso no trato do dia-a-dia: crítica, geralmente destrutiva, maledicência e, até mesmo, calúnia.
A palavra deve submeter-se aos conselhos de Jesus: “Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecados”; “Não julgueis para não seres julgados”; “Porque vedes um argueiro no olho do vosso irmão quando tendes uma trave no vosso?”
Lembremos também, o alerta do Apóstolo Paulo quando disse: “. . .A língua é fogo. O homem é capaz de dominar todas as criaturas e tem dominado os animais selvagens, pássaros, bichos que se arrastam e peixes. Mas ninguém ainda foi capaz de dominar a língua. Ela é má, cheia de veneno mortal, ninguém a pode controlar. Usamos a língua tanto para agradecer ao Pai, como para amaldiçoar pessoas que foram criadas à semelhança de Deus.”
Portanto, façamos da palavra, uma manifestação do bem. Vamos construir, edificar, somar. O que sai do coração e da mente, pela boca, é força viva e palpitante, envolvendo a criatura para o bem ou para o mal, conforme a natureza da emissão.
“A palavra - segundo André Luiz - é um fio de sons carregados de nossos sentimentos, quando falamos, cada qual de nós apresenta o próprio retrato espiritual passado a limpo.”
E segundo o Mestre Jesus:  “. . .a boca só fala o que está cheio o coração.” 

(Geraldo Guimarães)

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