A variação de humor ocorre em função de: pressões ambientais, problema de saúde, influências espirituais, o peso do passado e saudades do Além.
Vamos explicar cada uma:
1º - Pressões ambientais: é causado por desilusão sentimental, problemas familiares, insatisfação com a aparência física, inconformação de não poder comprar o que a moda dita, perda do emprego, ou seja, são pessoas plenamente realizadas no terreno afetivo, da saúde, social e profissional que, não obstante, experimenta períodos de angústia. Aqui confunde-se muito tristeza, desilusão, preocupação com depressão.
2º - Problema de saúde: anemia profunda (falta de ferro), problemas de hormônios como da tireoides, por exemplo; a falta da vitamina B12; a TPM (tensão pré menstrual), distúrbio hormonal na menopausa, etc., pode causar fraqueza, apatia, desânimo.
3º - Influências espirituais: estados depressivos podem originar-se da atuação de Espíritos perturbados e perturbadores, que consciente ou inconscientemente nos assediam. Popularmente emprega-se o termo “encosto” para esse envolvimento. Por outro lado, os estados de euforia, sem motivo aparente, resultam do contato com benfeitores espirituais que imprimem em nosso psiquismo algo de suas vibrações alentadoras.
4º - Peso do passado: a depressão pode ser herança, não de nossos pais, mas de nós mesmos. O que fizemos no passado determina o que somos no presente. O que pesa sobre nossos ombros, favorecendo os estados depressivos, neuroses, fobias, psicoses e demais elementos fragilizadores da consciência é a carga dos desvios cometidos, das tendências inferiores desenvolvidas, dos vícios cultivados, do mal praticado. Há pessoas que, pressionadas por esse peso mergulham tão fundo na angústia que parecem cultivar a volúpia do sofrimento, com o que comprometem a própria estabilidade física, favorecendo a evolução de desajustes intermináveis. O remorso é um dos mais avassaladores sentimentos e o Espírito que reencarna nesta condição carreará para o corpo físico todo esse desequilíbrio. Seu aspecto será o de um obsidiado. No entanto, ele é obsidiado apenas por sua memória profunda, que vinculou sua personalidade humana. Os transtornos mentais e emocionais, conforme assevera Divaldo Franco, tem raízes no Espírito que delinqüiu. A culpa, consciente ou inconsciente, imprimiu-lhe no perispírito o quadro psicológico que se irá refletir na organização física e mental durante o transcurso da reencarnação. Mas, como disse Joanna de Ângelis: "ocorre a possibilidade de interferências no campo mental, produzidos por entidades infelizes. Quando as duas coisas se juntam - PASSADO E OBSESSÃO - os problemas se avolumam, os sintomas são mais severos e a cura, às vezes, é mais demorada."
5º - Saudades do Além: este aspecto é abordado pelo Espírito François de Genève, no cap. V, de “O Evangelho segundo o Espiritismo”: “A melancolia” - “Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? E que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes (...)" E a redação do Momento Espírita explica o seguinte: "Dentre os vários problemas com que se debate a Humanidade, está a melancolia. A melancolia é um estado d'alma de difícil definição, porque se manifesta nas profundezas do sentimento. Sabemos que não nos encontramos pela primeira vez na Terra. Já vivemos aqui em outras épocas, em outros países, na companhia de outras pessoas. Viajores que somos da Eternidade, trazemos em nós as marcas das experiências vividas nas várias existências. Hoje estamos na Terra novamente, num corpo diferente, talvez nesse país por primeira vez, numa situação social diversa da vivida em outras épocas. Assim sendo, vez que outra nos deparamos com situações que tocam pontos guardados nos porões da nossa alma, e sentimos uma saudade de algo que não sabemos o que é. Ou, ainda, sentimos uma vaga tristeza, uma depressão injustificável. Fatos, situações, pessoas, música, perfume são indutores dessas incursões inconscientes no passado e, conforme tenha sido a experiência, será o sentimento. Se o registro é de uma experiência feliz, nos sentiremos bem. Se, ao contrário, foram experiências malfadadas, teremos o sentimento correspondente. Existem pessoas que, quando se deparam com o tempo nublado, frio e cinzento, sentem-se deprimidas. Outras, o tempo chuvoso as faz sentirem-se muito bem. Outras, ainda, quando ouvem uma música, sentem-se transportadas imediatamente de um estado d'alma a outro completamente inverso. Por vezes, pessoas do nosso relacionamento nos dizem alguma coisa que nos deixa tristes, melancólicos, sem que exista motivo para tanto. Mas o problema não está no que dizem, e sim em como dizem. Quando nos percebermos mergulhados em melancolia, devemos fazer esforços para mudar o clima psíquico, através da leitura edificante, de uma prece, da companhia de alguém que nos ajude a sair dela. Jamais deveremos dar asas a esse tipo de sentimento, para que não mergulhemos nele ainda mais, a ponto de perdermos o controle da situação. Nos momentos de depressão, quando inconscientemente mergulhamos no passado, Espíritos infelizes ou antigos comparsas podem tentar nos envolver nas mesmas teias dos equívocos por nós cometidos anteriormente, levando-nos a estados de difícil retorno. Por essa razão é que não devemos nos entregar aos braços da melancolia ou da depressão. É imperioso que façamos esforços, que busquemos com muita vontade mesmo, mudar nosso clima mental, buscando a sintonia com nossos Benfeitores Espirituais, que sempre nos amparam e auxiliam em todos os momentos da nossa existência. Agindo assim, guardemos a certeza que logo mais, num amanhã feliz, saberemos o quanto valeu a pena passarmos por essas situações com coragem e dignidade, porque, então, nos aguardarão de braços abertos, os afetos dos quais tanta saudade sentimos. Expulse a melancolia da sua alma fazendo luz íntima. Acenda a lâmpada do Evangelho na sua mente.
E COMO SUPERAR AS VARIAÇÕES DE HUMOR, MANTENDO A SERENIDADE E A PAZ EM TODAS AS SITUAÇÕES? É evidente que não o faremos da noite para o dia, como quem opera um prodígio, mesmo porque isso envolve uma profunda mudança em nossa maneira de pensar e agir, o que pede o concurso do tempo.
Considerando, entretanto, que influências boas ou más passam necessariamente pelos condutos de nosso pensamento, podemos começar com o esforço por disciplinar nossa mente, não nos permitindo idéias negativas.
Orientação:
Procure ajuda médica, mas:
- Mexa-se. Desenvolva atividades. Ninguém “cai na fossa”; geralmente entramos nela quando renunciamos a uma vida ativa e empreendedora.
- Policie sua casa mental. Estados depressivos começam, com insinuantes idéias infelizes.
- Ainda que não se sinta disposto, cultive a convivência com familiares, amigos, colegas de profissão. O isolamento contraria a natureza sociável do ser humano, favorecendo a instalação de desajustes íntimos.
COMPILAÇÃO DE RUDYMARA
OBSERVAÇÃO: Vincent van Gogh, que sofria de depressão e cometeu suicídio, pintou quadro (foto) em 1890 de um homem que emblematiza o desespero e falta de esperança sentida na depressão.
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