Como poderíamos falar de Jesus, que pregou o "amor" pedindo para que "fizéssemos aos outros o que queremos que os outros nos façam", e semear a discórdia, a desunião, a morte, a vingança, enfim, a infelicidade do próximo? Seria incoerente.
Os espíritas, evocam os "MORTOS" quando há uma intenção útil, como fez Allan Kardec para trazer ensinamentos úteis ao nosso crescimento espiritual ou quando fazem preces à eles. Pois a prece nos liga, pelo pensamento, com os desencarnados. E quando eles querem (e podem) se comunicar, são eles que nos evocam. Como disse Chico Xavier “o telefone toca de lá para cá e não daqui para lá”. Aliás, este telefone não chama só pelos espíritas, mas por todos aqueles com sensibilidade mediunica. Já que a mediunidade não foi inventada pelos espíritas, e nem é de nossa propriedade. Na Bíblia, por exemplo, há várias comunicações mediunicas, e o Espiritismo nem existia. Um exemplo é o rei Saul buscando uma médium para aconselhar-se com Samuel que já estava “MORTO”. Essa passagem está em I Samuel, cap. 28: vv 8 á 15. O rei Saul proibiu a evocação de mortos, mas ele mesmo a transgrediu.
Agora perguntemos: Na transfiguração (Mateus, 17:2) Jesus transgrediu a lei de Moisés, quando evocou os Espíritos do próprio Moisés e de Elias no monte Tabor? Será que Moisés deu um puxão de orelha em Jesus dizendo: “Você transgrediu a minha lei?” Claro que não. Jesus apenas mostrou aos apóstolos que a vida é eterna, que ninguém morre. Sua evocação foi para algo útil. Ali Ele liberou a comunicação com os "MORTOS". Afinal, se os espíritas transgridem a lei de Moisés que está em Deuteronômio 18:11, as religiões que nos condenam, seguem todas as outras leis? Por exemplo: A lei de Moisés que está em Deuteronômio 21-18 à 21 e diz: "Os filhos desobedientes e rebeldes, que não ouçam seus pais e se comprometam no vício, serão apedrejados até a morte." Quem segue esta lei? Graças a Deus, não vemos pais apedrejando filhos por aí. mas, se esta lei fosse aplicada muitas igrejas, templos, casas religiosas estariam vazios, pois a maior parte dos "convertidos" foram, ou são, filhos desobedientes e rebeldes. Em seus depoimentos, muitos dizem "eu sou ex-viciado", "sou ex-detento", "dei muito desgosto para minha família", etc. Portanto, se a lei de Moisés fosse aplicada, não daria tempo de “aceitar Jesus” ou se "converter" a qualquer religião, porque estaríamos mortos.
Kardec nos adverte no cap. XVIII, item 51 dizendo: “Lançar reprovação contra os que não pensam como nós, é reclamar essa liberdade para nós e recusá-la aos outros . . ."
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