Jesus carregava sua cruz pesada, e por ser pesada não conseguia olhar para o semblante daquelas pessoas que estavam ao seu lado, gritando, dizendo desaforos, cuspindo. Então, mais adiante, cansado, tropeçou e caiu. Foi quando Simão correu para ajudá-lo. A partir dali, Jesus passou a olhar os rostos que gritavam ao seu redor. Ele, então percebeu que todos ali, tinham cruzes para carregar. Um carregaria a cruz do roubo, outro a cruz do assassinato, a outra carregava a cruz do casamento infeliz, do filho doente, etc. Então, uma das mulheres que choravam seu martírio gritou:
- Senhor, que faremos depois que for embora?
Jesus olhou para elas e disse:
- Filhas de Jerusalém, não chores por mim! Chorai antes por vós mesmas e por vossos filhos. Porque, se ao madeiro verde fazem isto, que se fará com o lenho seco . . .
Jesus quis dizer que Ele era madeiro farto, que espalhava perfumes de consolação, frutos substanciosos que alimentavam o espírito. Se Ele, um Espírito sem débitos, estava passando por aquilo. Imaginemos nós, criaturas endividadas que somos, galhos ainda secos na árvore da vida.
Cada um de nós temos cruzes para carregar. Uns tem cruzes mais pesadas, outros mais leves, mas todos temos nossas cruzes, confeccionadas por nós mesmos ao transgredirmos as leis divinas, nesta ou em outras encarnações. Aqueles que tem uma cruz mais leve, deve ajudar aquele que tem uma cruz mais pesada. Sejamos um Simão na vida do próximo. Mas, lembremos que Simão ajudou Jesus carregar a cruz, mas quem carregou até o fim foi o próprio Jesus, mesmo sem dever nada à lei divina.
Por isso, não queiramos retirar a cruz daquele que caminha conosco na vida, apenas o ajudemos, aliviando e amenizando um pouco a dor e o peso.
Compilação de Rudymara
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