Gostaríamos que você nos esclarecesse a respeito das terapias de vidas passadas, que vêm sendo usadas por alguns espíritas como método auxiliar para assistir a alguns pacientes. Da mesma forma pedimos sua opinião sobre a cromoterapia.
Divaldo: A Dra. Maria Júlia Prieto Peres, que considero uma autoridade no assunto, é muito cautelosa. Ela recomenda que somente médicos especialistas na área psiquiátrica devem intentar esta terapêutica. Tentar uma experiência numa área na qual não estamos bem fundamentados não deixa de ser um atrevimento presunçoso de nossa parte. Então a terapia de vivências passadas deve ser intentada por aqueles conhecedores da psiquê humana, para poderem avaliar quando o problema tem uma origem:
• cármica de uma vivência infeliz em encarnação anterior
• emocional perturbadora da atual existência ou
• quando se trata de uma indução obsessiva.
Então, aqueles que não tiverem formação médica e nem um curso de especialização nesta área, tenham muito cuidado, para não se envolverem em área que não diz respeito à Doutrina Espírita.
Deveremos diminuir muito a nossa preocupação com a cura de corpos. A Doutrina Espírita não veio lutar contra a medicina, como pretendem alguns. O Espiritismo veio para que a transformação de dentro para fora modifique a estrutura da nossa realidade pessoal. A cromoterapia também, de repente, passou a ser uma terapêutica de verdadeiras aventuras, dando margem para outros derivativos. A cromoterapia tem os seus efeitos óbvios; é uma doutrina oriental muito antiga, principalmente na área de meditação, mas nós trazermos todo esse contributo valioso, para transformarmos a casa espírita em clínica de terapias alternativas é um grande risco, porque estaremos apenas cuidando do efeito sem remover as causas que são de natureza moral. Então a natureza precípua da Doutrina Espírita é o homem integral, é preparar o homem para enfrentar-se a si mesmo e superar as vicissitudes. Na grande expressão da caridade, ajudá-lo, conforme a sua necessidade.
Do livro: Entrevistas e Lições
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