Certo dia, o filho de um marajá manifestou desejo de montar num elefante, no que foi prontamente atendido pelos servos de seu poderoso pai.
Sucedeu que, uma vez montado, não quis descer do lombo do animal. Os servos lhe serviram ali mesmo o café e as demais refeições e, à noite, como se negasse a descer da montaria, providenciaram cobertas para que dormisse como melhor lhe apetecesse.
No dia seguinte, preocupado com a permanência do filho naquela situação, o marajá mandou chamar um médico, um psicólogo e um professor, mas estes não conseguiram que a criatura arredasse pé dali.
Finalmente, já aflito, mandou buscar um velho tibetano que vivia na montanha e tinha fama de muito sábio. Ali chegando, o ancião pediu uma escada, no que foi atendido. Tendo subido, cochichou meia dúzia de palavras ao ouvido da criança. O menino então, desceu rapidamente do elefante.
Encantado com o notável feito, perguntou-lhe o marajá:
- Mas, afinal, o que o senhor disse ao meu filho que fez com que ele descesse tão depressa?
- Disse-lhe, que se não descesse dali imediatamente, iria lhe aplicar uma boa surra de vara.
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OBSERVAÇÃO: No ambiente familiar, numa hierarquia natural das leis da vida, compete aos pais o dever de exercer o poder, a autoridade, sem confundir com autoritarismo. A receita está sempre no equilíbrio, conforme lembra Emmanuel: “Nem freio que os mantenha na servidão, nem licença que os arremesse ao charco da libertinagem.” No Antigo Testamento, no livro de Provérbios, 13:24 diz: “Quem poupa a vara, odeia seu filho; quem o ama, castiga-o na hora.” Obviamente, não devemos entender a vara como símbolo de violência, mas sim como: disciplina, energia, vigilância, a análise das más tendências, seguida de agentes reparadores, a orientação evangelizada, a palavra amorosa e firme nas decisões, o “sim” e o “não” no momento certo, a ordem paterna ou materna que leve ao cumprimento dos deveres.
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