quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

A ATEIA



Dona Inácia era ateia e blasfemava contra Deus, porque não se conformava em ver tantas crianças desamparadas dormindo ao relento passando fome, frio, dores e sofrimentos. Inconformada. Então, ela resolveu abrigar crianças em sua casa, dando a elas um teto, roupas, alimento, remédio, brinquedos, educação, instrução, e acima de tudo AMOR. Mas, um dia, dona Inácia adoeceu, e desencarnou. Ao despertar no mundo espiritual, vê ao seu lado um espírito que lhe dava boas vindas. Ela não entendeu o pôr que das boas vindas. E o espírito explicou que ela estava desencarnada, e se recuperando do sofrimento físico devido à doença que ocasionou sua desencarnação. Ela, espantada disse:
- Então estou morta? Então a gente não morre e acaba tudo? Então Deus existe?
O espírito foi respondendo tudo pouco a pouco. E dona Inácia, ouvia tudo atenta e assustada, e logo perguntou:
- Eu serei castigada? Pois, passei minha vida toda blasfemando contra Deus.
O espírito, sorrindo respondeu:
- Dona Inácia, Deus está sempre sendo exaltado, são muitos os que dizem “Senhor, Senhor . . .”, mas são poucos os que fazem Sua vontade. A senhora, não O exaltou, mas fez o que Ele pede diariamente para seus filhos através dos ensinamentos que o Cristo deixou, que é expressar o amor ao próximo através da caridade. Quando alguém ama seu próximo, está amando indiretamente à Deus, porque está fazendo a Sua vontade. E foi o que a senhora fez.
OBSERVAÇÃO: Deus não observa o rótulo religioso das pessoas, mas as virtudes que carregam na alma. Como disse Cairbar Schutel: "Há muitas pessoas que, na aparência, mostram seguir Jesus, mas, de fato, não o seguem; ao passo que, muitos que parecem não o seguir, estão a caminho com Ele." E como disse Simeão em O Evangelho segundo o Espiritismo: "Será suficiente usar a roupa do Senhor, para ser um fiel servidor? Será bastante dizer: "Sou cristão", para seguir o Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras." Pensemos nisso!

Estória e observação de Rudymara



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