Certa ocasião, quando empreendia uma das suas viagens, ele chamou a atenção de um rapaz que viajava junto a ele no mesmo vagão, porque de quando em quando cuspia no chão. Diante da advertência recebida, o moço respondeu indelicadamente e repetiu várias outras vezes o gesto. Gandhi calou-se.
Depois de um bom tempo de viagem, o rapaz pegou no seu violão, e começou a tocar e cantar músicas que exaltavam o grande líder e herói GANDHI.
Quando, finalmente, o trem parou na estação desejada, Gandhi levantou-se preparando-se para descer. O jovem, que também ficaria ali, juntou suas coisas para sair. Na estação, ele percebeu que alguém de certa importância e grande respeito estaria chegando, porque havia uma enorme recepção organizada com músicas instrumentais, fogos de artifício e discurso. Parou para ver . . . Era Gandhi quem chegava . . .
Ele então, juntou-se a multidão para recepcionar o ídolo. Só quando avistou o homenageado, é que se deu conta que o passageiro a quem havia respondido de maneira tão descortês e insolente, era exatamente aquele que havia enaltecido com tanta veemência através das suas canções. Ele não conhecia Gandhi, mas certamente entendeu que para ele, de nada significaram suas músicas e cântico.
Essa experiência pode muito bem ser aplicada em relação a Deus.
Pois, muitos procuram apresentar-Lhe honra e louvor superficiais, “honram-Lhe com os lábios; e o coração, porém, está longe Dele.”
“Os templos, as igrejas e centros espíritas estão lotados, mas poucos, muito poucos, compreendem e praticam o que se estuda e se ouve, enquanto fora dos círculos religiosos encontramos muitas almas que praticam a reforma íntima trabalhando anonimamente pelo bem e pela caridade.”
(Padre Vítor)
Observação: Podemos seguir qualquer religião e seus cultos exteriores, mas não nos esqueçamos da reforma íntima, educando nossos instintos inferiores, e revendo nossos valores.
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