Este momento é de reflexão, precaução e de exercitarmos a fé em Deus e Jesus, porque nada acontece por acaso. Como disse Emmanuel "não há sofrimento sem significação". Com calma reflitamos no acontecimento e pensemos o que ele quer nos passar como lição.
Este vírus veio de repente, pegou a todos sem distinção de raça, posição social, orientação sexual, nacionalidade, religião e outros. Mostrando que doença, desencarnação e outras dores e aflições chegam quando menos esperamos e para qualquer um, que ninguém deve se achar melhor do que ninguém, que os valores que devemos exaltar e buscar são aqueles que Jesus disse que "a traça e a ferrugem não corroem e os ladrões não roubam", ou seja, as virtudes, porque o resto não nos seguem além do túmulo.
Este vírus está mostrando também que o lar, que para muitos, era apenas uma casa para dormirmos e para ações rápidas, passou a ser um abrigo onde a família, que estava dispersa, distante, na correria, se reencontraram. Volta o convívio com os pais, os filhos que, muitas vezes, eram trocados pelos bares, festas e outros. Momento da família fazer o evangelho no lar, dialogar sobre vários assuntos, cuidar dos idosos, avaliar nossa tolerância, paciência, sentir prazer de estar e fazer coisas juntos como um simples sentar à mesa para fazer uma refeição ou de ir ao fogão para fazer uma comida onde todos irão comer juntos, de usar a internet para o bem, para consolar e acalmar os desesperados, de se conectar com não tínhamos tempo, enfim, usar este tempo em algo útil para o momento.
Precisamos pensar nas ações que devemos ter em nosso benefício sem nos esquecermos do próximo. Sem o desespero egoísta de comprar em excesso, seja o álcool gel ou alimentos, pois pode faltar à outras pessoas, lembrando Jesus nos recomendando: “faça ao teu próximo o que gostaria que ele lhe fizesse." Sem a ganância de querer explorar seu próximo superfaturando o valor dos produtos de necessidade do momento, lembrando o alerta de Jesus: “o que vale ganhar o mundo e perder a sua alma?” Sem o orgulho de achar que sabe mais que os cientistas ou médicos e descumprindo recomendações básicas de cuidado. Como disse Kardec: “O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois.” Sem a sovinice de acumular sem dividir com quem tem menos que nós. Lembremos a parábola do rico insensato que acumulou e acumulou e quando planejava acumular mais, Deus disse a ele: "Insensato, esta noite tua alma será chamada; e o que tanto juntaste para quem será?"
Relembrarmos também aquela passagem do evangelho onde Jesus entrou na barca com seus discípulos e de repente aconteceu uma grande agitação no mar, de modo que a barca estava sendo coberta pelas ondas. Jesus, porém, estava dormindo. Os discípulos se aproximaram e o acordaram, dizendo:
- Senhor, salva-nos, porque estamos afundando!
Jesus respondeu:
- Por que vocês tem medo, homens de pouca fé?
O que quis dizer Jesus? Que é fácil dizer ter fé quando tudo está correndo bem em nossa vida: finanças, saúde, paz na família, estabilidade no emprego e outros. Mas, quando as ondas do desemprego, da doença, do desentendimento, da desencarnação de ente querido, enfim, das tribulações chegam até nós, nos desesperamos, nos revoltamos e tem até quem brigue com Deus. Por que agimos assim? Falta de fé. Como disse Haroldo Dutra: “Fé não é acreditar. Porque se fosse acreditar, muitos não brigariam com Deus quando estão sofrendo. Fé é confiar."
Então, tenhamos fé, Jesus está no leme deste barco, juntamente com as prevenções necessárias. Sem nos desesperar e sem desesperar os demais que convivem conosco. Lembrando a recomendação de Joanna de Ângelis: "A calma é filha dileta da confiança em Deus e na Sua justiça, a expressar-se numa conduta reta que responde por uma atitude mental harmonizada....Preserva-te em calma, aconteça o que acontecer....Aprendendo a agir com amor e misericórdia em favor do outro, o teu próximo, ou da circunstância aziaga, possuirás a calma inspiradora da paz e do êxito."
Pensemos nisso!
Texto de Rudymara
Nenhum comentário:
Postar um comentário