sábado, 4 de agosto de 2018

EU SÓ ACREDITO EM KARDEC





Estes dias me escreveram dizendo o seguinte: 
“Chico e Divaldo são apenas dois grandes médiuns com grandes causas assistencialistas e merecem todo nosso respeito. Mas me recuso a acreditar em tudo que os espíritos sopram em seus ouvidos. E avaliar a doutrina por André e Emmanuel (padre Manuel da Nóbrega-jesuita) sem antes ter entendido Kardec, e como falar de geometria analítica sem conhecer Euclides.”
Eu respondi: 
“André e Emmanuel são aprendizes, como Kardec também era. Kardec apenas codificou o que os Espíritos “sopraram” a ele através de vários médiuns. O que eu acho interessante é que você acredita no que "sopraram" nos ouvidos dos médiuns que Kardec utilizou e fica com um pé atrás com os que “sopraram” no ouvido de Chico e Divaldo. Nós não devemos cair no mesmo argumento de algumas religiões que dizem: “A reencarnação não existe porque não está na Bíblia.” Ela está, mas nem tudo está na Bíblia e nem por isso deixa de existir. Por exemplo, a Biblia não cita o rádio, a televisão, a internet e, no entanto, eles existem. Assim são as obras básicas, nem tudo está nelas. Houve um complemento das obras básicas que chegaram através de vários médiuns, dentre eles Chico Xavier e Divaldo Franco, trazidos por muitos espíritos. Emmanuel foi um deles. Em sua última encarnação ele foi um jesuíta e os estudos do evangelho trouxeram obras espetaculares como “Caminho, Verdade e Vida; Fonte Viva e outros. Nós espíritas sabemos que quando estamos encarnados muitos dos nossos conhecimentos ficam esquecidos e, quando desencarnamos as lembranças vem a tona. Quem garante que ele não conheceu "Euclides" (Kardec) por isso ele falou sobre geometria analítica (Espiritismo)? E André Luiz foi transmitindo o que aprendia e, para transmitir ensinamentos não precisa ser um Espírito de grande evolução. Assim são os oradores. Eles transmitem os ensinamentos sem serem espíritos de luz. E, como disse Kardec em Obras Póstumas, segunda parte, quando fala de seus contatos iniciais com o Além: "Um dos primeiros resultados que colhi das minhas observações foi que os Espíritos, nada mais sendo do que almas dos homens, não possuíam nem a plena sabedoria, nem a ciência integral; que o saber de que dispunham se circunscrevia ao grau de adiantamento que haviam alcançado, e que a opinião deles só tinha o valor de uma opinião pessoal. Reconhecida desde o princípio, esta verdade me preservou do grave escolho de crer na infalibilidade dos Espíritos e me impediu de formular teorias prematuras, tendo por base o que fora dito um ou alguns deles." Por isso, João, o Evangelista nos alertou dizendo para que: “Não acreditemos em todos os Espíritos, mas que examinássemos se eles são de Deus.” Ou seja, que examinemos se suas comunicações são baseadas na moral cristã. 
Portanto, podemos aceitar ensinamentos sérios que condizem com os ensinamentos das obras básicas e as do Cristo. Sejamos cautelosos sem sermos radicais. O radicalismo faz com que, muitas vezes, nos esqueçamos de viver o que aprendemos. Pensemos nisso!


Texto da Rudymara



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