sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

DIVALDO TENTOU NAMORAR

DIVALDO, VOCÊ TEVE CASOS DE AMOR NA ADOLESCÊNCIA?

Quando vim para Salvador, era muito jovem e, concursado, fui trabalhar no IPASE. Via, após o expediente, os colegas saírem com as esposas, namoradas, maridos, e eu sozinho ia tomar o bonde. No dia seguinte, todo mundo contava que tinha ido ao cinema e falava das suas emoções, da convivência e do sexo. Aí comecei a ter conflitos e achar-me infeliz.
Um dia, decidi procurar uma namorada. No ponto do bonde percebi uma jovem me olhando. Não era o meu tipo, mas me fitava muito, sorriu, também sorri. Abordei-a. naquele tempo o namoro era muito romântico, até pega na mão demorava uma vida...
- Vai tomar o bonde? – perguntei-lhe.
- Oh, sim.
Embarcamos, sentamos juntos, conversamos e marcamos um encontro para o outro dia.
Cheguei eufórico em casa porque já tinha namorada. Ela trabalhava perto do Elevador Lacerda. Combináramos que eu ficaria no ponto do bonde e embarcaria quando a visse. Ela reservaria o lugar.
No dia seguinte, aguardava-a. Chamou-me e subi. Sentei-me num colo, levantei-me constrangido, e fiquei em pé, segurando no balaústre. Ela puxou a minha calça e disse:
- Sente-se.
Olhei para trás
 E vi um homem. Atribui fosse o seu pai e sinalizei não poder sentar, mas ela insistia:
- Sente-se.
- Não posso, esse senhor...
Lá estava o homem sentado ao lado da moça, olhando-me. De repente, ele sumiu. Era um espírito. Acabou ali o namoro. Saltei do bonde envergonhado com o juízo que a namorada estaria fazendo de mim e nem olhei para trás. Acho que aquela Entidade tinha sido marido dela e ainda a vigiava...

(Retirado do livro: SEARA DE LUZ)


AS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS PODEM ATRAPALHAR UM RELACIONAMENTO?

Os casais não devem perder de vista que o quadro das existências é assinalado pelo entrosamento dos dois mundos – físico e espiritual- um incidindo sobre o outro, e, assim, em virtude de haver sérios comprometimentos entre encarnados e desencarnados, é fácil achar processos de perversas associações mentais, determinando enfermidades morais, viciações, desarmonias, ou processos de vinganças que são levados a cabo através de perseguições, de infiltrações pelos poros abertos das invigilâncias e permissividades do cotidiano, forjando quadros de variadas obsessões.
Assim, muitas separações conjugais são incentivadas por comparsas de pretéritos equívocos, ainda mantidos no Mundo Invisível, ou por inimigos ferrenhos, que não suportam acompanhar a rota de felicidade daqueles aos quais odeiam, ou invejam, simplesmente. Dentre os que se mostram inimigos temos muitos amores traídos de vidas passadas; corações que foram enganados com falsas promessas de bem-querer ou de fidelidade, filhos que foram abortados em passado remoto ou próximo, todos assinalados por mágoas profundas ou por sentimentos odiosos, por desejo de desforço, de vingança, devendo ser tocados em sua alma pelas energias da disposição de mudar dos seus perseguidos, sendo que, somente dessa forma, os antigos dilapidadores da harmonia da vida lograrão chances de ventura, de um caminhar sem tantos atropelos na esfera moral.
Não se pode, então, pensar em casal bem-ajustado à alegria e ao equilíbrio sem os devidos cuidados com sua vida moral-espiritual.

José Raul Teixeira
Do livro: Desafios da Vida Familiar



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