- Que é Deus? - perguntou Kardec.
- Deus é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas. - responderam os espíritos.
Normalmente se pergunta: Quem é Deus?
Soa melhor.
No entanto, há uma diferença fundamental entre os pronomes que e quem.
Quem é Jesus?
Um judeu nascido em Belém, filho do carpinteiro José e sua esposa Maria. Viveu em Nazaré. Morreu crucificado em Jerusalém.
Que é Jesus?
O autor dos ensinamentos que deram origem ao Cristianismo, um movimento religioso que, em vários segmentos, constitui hoje a crença predominante no Ocidente.
O pronome quem implica em identificação.
O pronome que define atividade, condição, qualificação.
Por isso Kardec, sabiamente, não pergunta quem é Deus. Como identificá-lo? Onde nasceu? Qual sua origem, idade, natureza íntima?
Não estamos diante de mistérios no sentido teológico - assuntos proibidos. São apenas informações que escapam ao nosso entendimento no atual estágio evolutivo.
Seria o mesmo que ensinar álgebra a um aluno do ensino fundamental.
Assim, limitou-se a perguntar quanto à qualificação de Deus e não quanto à identificação.
Ao responder que Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas, os mentores espirituais esgotaram o assunto, nos limites do entendimento humano.
Então, Deus é a inteligência maior do Universo e o causador de todas as coisas que há e acontece nele.
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