segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O CARNAVAL FICOU EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

 
 
Trechos da crônica da jornalista Cora Ronai que saiu para comprar queijo no domingo de carnaval e narrou o que viu e não gostou. Eis algumas frases:

* Havia muitas pessoas fantasiadas, havia uns focos de animação aqui e ali. Mas o que havia, de forma predominante, eram vendedores de cerveja e gente bêbada. Muita gente bêbada. Muita gente muito bêbada! E, com isso, o que deveria ser alegria e festa dava a impressão de desespero e de infelicidade crônica, num clima under-the-volcano absurdamente angustiante.
* Gente caindo, gente vomitando, gente que mal se aguentava nas pernas; gente falando palavrões aos gritos e sendo grosseira; gente se amassando escorada nas grades.
* Não consegui chegar até o Arpoador. Havia gente demais. E, para piorar, na esquina da Vieira Souto havia também uma muralha de banheiros químicos armada sobre um lago de mijo. O fedor chegava aos céus.
* Voltei para a Prudente de Moraes e peguei um táxi que ia passando. Péssima ideia. Vinícius e Joana Angélica estavam fechadas, com cones e guardas impedindo a passagem dos carros. Quarenta minutos e vinte e cinco reais depois terminei o percurso de dez minutos e sete reais.
* Carnaval, para mim, é uma festa que ficou em algum lugar do passado que nunca mais vou visitar.

 

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