sexta-feira, 9 de julho de 2010

A PRECE NOS APROXIMA DE DEUS


Um homem esteve perdido por uma semana num deserto, sem água, sem alimentos .
Salvo por uma patrulha que o procurava, foi imediatamente levado ao hospital.
Embora enfraquecido, estava bem.
Os médicos ficaram admirados.
Um milagre ter resistido tanto tempo.
E lhe perguntaram:
- Qual o seu segredo?
Ele sorriu e respondeu:
- Não sabem? . . . É simples. Eu orava muito. Deus deu-me forças e guiou os que me salvaram.

Realmente, é muito simples e, fácil de entender.
Deus, que tudo criou, que antes de tudo é nosso pai, como ensinava Jesus, um pai muito amoroso que olha por seus filhos, é a nossa inspiração, o nosso sustento, a nossa força, desde que estejamos dispostos a procurá-lo.
Dizem os espíritos na questão 659 no Livro dos Espíritos que, “orar a Deus é pensar nEle; é aproximar-se dEle; é pôr-se em comunhão com Ele. E que as três coisas que podemos nos propor por meio da prece é: louvar, pedir e agradecer.”

Louvar, é reconhecer a grandeza do Criador, Sua presença em nossas vidas e sentindo nEle o nosso apoio maior, nossa inspiração mais sublime, nossa esperança mais autêntica.
Pedir é o segundo propósito na oração, algo perfeitamente admissível, um direito de todo filho que se dirige a seu pai.
Há quem pergunte: “Por que pedir? Afinal, Deus conhece perfeitamente nossas necessidades . . .”
Quem raciocina assim desconhece que a oração não objetiva trazer Deus até nós, mas de elevar-nos até Ele; nem se trata de expor nossos desejos e, sim, de criar condições para receber Sua bênçãos, que se espalham por todo Universo. Estamos mergulhados nelas, diz André Luiz, como peixes no oceano. Todavia, para que as assimilemos é preciso que preparemos o coração, a fim de não nos situarmos como um homem que morre de sede, embora dentro de uma piscina, por recusar-se a abrir a boca.
Há quem reclame que suas preces não são ouvidas. É que pedimos o que queremos; Deus nos dá o que precisamos, e raramente compatibilizamos desejos e necessidades legítimas.
O ideal, portanto, não é pedir que Deus nos favoreça nas situações da Terra, mas que nos fortaleça para as realizações do Céu, inspirando-nos o comportamento mais adequado, a atitude mais digna, o esforço mais nobre.
Em “Recados do Além”, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Emmanuel oferece um modelo perfeito para esse tipo de oração, com palavras singelas que dizem tudo:
“Jesus! Reconheço que a Tua vontade é sempre o melhor para cada um de nós; mas se me permites algo pedir-Te, rogo me auxilies a ser uma bênção para os outros.”
Agradecer é o terceiro propósito. Deus coloca à nossa disposição, diariamente, riquezas inestimáveis: As manifestações da Natureza, o conforto do lar, as possibilidades da inteligência, a disciplina do trabalho, a oportunidade de servir . . . Mil bençãos! . . . Se, ante as lutas da existência, desanimamos ou nos comprometemos no desajuste, não é por ausência da Providência Divina, mas, simplesmente porque o nosso cérebro está povoado por fantasias e ilusões, o coração possuído por sentimentos menos edificantes, daí não prestamos atenção aos sinais que Deus estende no caminho em favor de nossa segurança.
Quem cultiva a oração é mais forte, é mais resistente ao mal e aos sofrimentos, tem melhor orientação, enfrenta melhor seus problemas.
Porque Deus está ao nosso lado sempre, mas, infelizmente, raramente estamos ao lado de Deus. (Richard Simonetti – Presença Divina)

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