sábado, 15 de maio de 2021

COMO NASCEU O DIA DAS MÃES?

 


Anna Jarvis, nasceu em 1864 em Grafiton, Virginia Ocidental e, embora fosse uma mulher extremamente bela, jamais se casou. Conta um amigo que: “Anna teve um caso de amor mal sucedido e isso a deixou abalada e desiludida. Daí por diante deu as costas a todos os homens”.

Ao sair da faculdade Mary Baldwin, em 1883, começou a dar aulas. Não que precisasse do salário. Sua mãe, viúva, tinha boa situação financeira. Alguns anos mais tarde, Anna, sua mãe e sua irmã mais nova, Elsinore, que era cega, mudou-se para Filadélfia onde empregou-se como assistente no departamento de publicidade de uma companhia de seguros. Assim viveu dos 20 aos 40 anos. Então, em 1905, sua mãe, a sra. Jarvis faleceu. Foi um golpe terrível que, entretanto, marcou o início de nova e vital etapa na vida de Anna.

Contava ela, então, 41 anos, era dona de uma bela casa, tutora da irmã cega e principalmente beneficiária da herança materna.

Enquanto decorriam os dias longos, o coração de Anna sofria com a falta da presença da mãe, foi quando ela resolveu o seguinte: instituir  um dia consagrado às mães.

Sugeriu a ideia ao Prefeito Reyburn, de Filadélfia. Esse foi o início da cruzada de Anna Jarvis. O ponto básico era - ela insistia - a homenagem não só às mães vivas, mas, também, às mães que já haviam morrido. De sua casa - feita quartel-general - ela dirigiu uma das mais estranhas e eficientes campanhas epistolares de que se tem notícia. Escreveu a governadores, congressistas, clérigos, industriais, clubes femininos - a qualquer um que pudesse exercer influência. As respostas a essas cartas era tão grande que Anna deixou o emprego que tinha a fim de dedicar-se inteiramente à sua campanha.

Quando verificou que sua casa se tornara pequena para servir de escritório, comprou a casa vizinha. Em breve era convidada a visitar outras cidades para falar perante diversas organizações.

Escreveu e imprimiu folhetos sobre seu plano, distribuindo-os gratuitamente.

Toda essas atividades consumiu boa parte de sua fortuna, mas Anna jamais permitiu que isso a preocupasse.

Enquanto um grupo de mulheres lutava pelo direito de voto, Anna lutava por uma causa mais sentimental. E a Virgínia Ocidental foi o primeiro Estado norte americano a adotar oficialmente a data festiva.

Anna Jarvis, inspirada por esses primeiros sucessos, continuou a escrever, a viajar, a fazer conferência até que,  o verdadeiro grande momento de Anna chegou quando o Presidente Woodrow Wilson assinou uma proclamação na qual recomendava que o segundo domingo de maio (aniversário da morte da mãe de Anna) fosse observado no país inteiro como o Dia das Mães.

Todavia, para Anna, esse triunfo não era suficiente. Ainda era preciso conquistar o resto do mundo! E o seu esforço foi notavelmente bem sucedido. Só no decurso de sua vida, 43 países adotaram o Dia das Mães. O Brasil foi um deles. A 5 de maio de 1932, o então chefe do Governo Provisório, Getúlio Vargas, promulgou oficialmente, pelo decreto 21.366, o segundo domingo do mês de maio, o Dia das Mães.

Infelizmente o triunfo de Anna Jarvis em breve se tornava a sua grande frustração. Ela escrevia desesperada por centenas de jornais: “Estão comercializando o meu dia das Mães! Não era isso que eu pretendia! Esse é um dia de sentimentos e não de lucros!”

Anna não queria que a festa da mãe pobre fosse diferente da festa da mãe rica. Um simples cravo branco, a flor predileta de sua mãe, bastava para exprimir um mundo de afeto!

Ela estava atônita. Inesperadamente viu-se pobre e só. Todo o dinheiro de sua herança se fora.

Ela recolheu-se à sua casa na Rua 12 Norte. Levando pela mão a passiva irmã Elsinore, fechou com firmeza a porta às suas costas. Daí para frente recusava-se a receber quem quer que fosse.

Até que um jornalista a procurou dizendo que estava ali para entregar uma encomenda. E com isso conseguiu a ultima entrevista. Foi na véspera do dia das mães. Sua frase final foi:

- Antes não o tivesse feito! Lamento ter criado o Dia das Mães!

Não passou muito tempo e, exausta, agonizante, Anna Jarvis era levada para o Sanatório da Praça Marshal, na cidade de West Chester; Estado da Pensilvânia. Morreu ali.

O que podemos observar sobre essa história?

Que Anna Jarvis se decepcionou em lutar para criar O DIA DAS MÃES.

Por que Anna se decepcionou? Porque sua visão não era espírita.

1º - Ela queria um dia em que todas as mães, encarnadas e desencarnadas fossem lembradas e homenageadas pelos filhos. Isso é possível? Não. Por quê? Porque há muitas famílias em desequilíbrio, desarmonia, desunidas e cheias de conflitos do presente e do passado.    Divaldo diz que nós renascemos não onde merecemos, mas onde temos necessidade para evoluir. Muitas vezes, retornamos na condição de filho de alguém que foi nosso desafeto; entre pessoas que nós magoamos. Muitas vezes, mãe e filho, por exemplo, foram inimigos no passado e hoje, em nova encarnação, encontram dificuldades de relacionamento. Mas Deus os coloca juntos para que façam as pazes. Por isso, vemos mães com maior afinidade com um filho do que com outro e/ou filhos com maior afinidade com a mãe do amigo do que a própria mãe. Algumas mães  abandonam seus filhos, outras são relapsas. Sobre essas mães Divaldo diz o seguinte em uma de suas palestras: se aquela mãe não nos quis, não nos criou, foi relapsa no papel de mãe sejamos gratos por ela não ter nos abortado, por ela nos dar a oportunidade de viver, encarnar para ressarcir débitos, aprender e de evoluir. Não cabe a nós puni-la, ter ódio, desprezo, maltrato, mas a lei de Deus. Muitas vezes tínhamos a necessidade de passar por aquilo.

 2º - Anna queria um dia que as homenagens fossem simples, oferecer um simples cravo ou uma flor qualquer, sem gastos abusivos, sem comerciantes lucrando com a data sentimental. Isso é possível? Não. Porque moramos num planeta materialista, que ainda tem necessidade de movimentar o comércio para manter empregos. Vejam a crise do nosso país em relação ao desemprego. Sem emprego as pessoas não compram, daí fábricas, lojas, comércio em geral fecham. Dia das mães, Natal, dia das crianças etc., movimentam a economia do país. Lógico que não deveria ter exageros a ponto de ficar com nome sujo ou prejudicar quem vende, pq não paga, comprar sem necessidade. Tem filho que faz o presente da mãe na escola, coisa simples, mas que é feito com tanto carinho que vem impregnado de bons fluidos. Eles ficam ansiosos para dar o presente para ver a reação da mãe. Em compensação há quem compre um presente caro sem vontade, sem alegria de presentear, por obrigação da data, por desencargo de consciência porque não aparece o ano todo ou para ostentar aos pais e família. Então, o valor do presente está no sentimento que vem com ele e não o valor que ele custou.

3º Anna queria q a festa das mães pobres não fosse diferente das mães ricas. Isso é possível? Não. Porque qualquer festa da família rica é diferente da família pobre. Quem já leu o livro Nosso Lar sabe que no plano espiritual há hierarquia, que há remuneração que eles chamam de bônus horas, que eles podem comprar roupas, casa. O ocioso ganhará roupa, sem dúvida, mas quem trabalhar mais vestirá melhor. É diferente daqui da Terra? Não. É uma maneira de ensinar o espírito a ser esforçado, a não ser preguiçoso, a ser útil. Como está na questão 814 do O Livro dos Espíritos: “Deus concede a uns riqueza e poder e a outros miséria para provar a cada um de maneira diferente. Aliás, esses provas são escolhidas por nós antes de encarnar”   São testes. E quem disse q a festa da mãe rica é melhor do que a festa da mãe pobre? Muitas vezes vemos festas com fartura, chic, mas os familiares não ficam a vontade por ter muita formalidade ou porque não há harmonia entre os familiares. E muitas vezes, também, vemos na festa pobre comida simples, mas união, risadas espontâneas.

Então, precisamos observar o lado bom desta data. Muitas mães só são lembradas neste dia. Só recebem visita, presente, um abraço, um beijo, uma prece (caso esteja desencarnada). Então, aproveitem este dia, e todos os outros dias com suas mães. Se estiver difícil visitar, ligue, mande uma mensagem. Se estiver desencarnada, emita sempre um bom pensamento a ela. E se puder, alegre uma mãe que perdeu um filho, que não tem um, que foi abandonada por um. Não precisa dar presente caro, escreva uma mensagem, coloque num envelope e entregue a ela. Pelo menos deixe um uma caixa do correio.

Então, o espírita não é contra festa, troca de presente ou presentear quem amamos, mas deve ser feito por amor, com sinceridade, sem interesse, sem abusos de comilança, sem bebidas alcoólicas, sem gastos abusivos com presentes. Que as mães sejam lembradas todos os dias, com gratidão, com respeito... Hoje, com certeza, Anna Jarvis entendeu a importância dessa data e que os desvios que acontecem nela são porque os moradores desse planeta estão em expiação ou prova, recém-saídos da primitividade, sofrendo para fazer a transição para regeneração...

TEXTO DE RUDYMARA

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