quarta-feira, 3 de junho de 2020

ESPÍRITAS, ORAI E VIGIAI


Espíritas, oremos pelo momento que o planeta está passando, estamos numa transição planetária, mas não nos esqueçamos de vigiarmos nossos pensamentos, ações e palavras para não cairmos na tentação de discutir, brigar, criar inimizades e desavenças. Não devemos acreditar e pregar uma coisa e vivermos outra. Precisamos tomar cuidado para não deixarmos o sentimento de disputa, inveja, orgulho, tomem conta de nossos sentimentos a ponto de abalar amizades, um trabalho social, laços familiares e outros. Há espíritos, encarnados e desencarnados aproveitando nossas baixas vibrações, ocasionados pelos nossos sentimentos negativos, nos incitando à rivalidade, à briga, discussão, separação e até violência. As pessoas estão armadas de palavras mal educadas, desrespeitosas e de revide. Qualquer coisa é preconceito, homofobia, misoginia e outros. No assunto política, as ofensas ficam exacerbadas, até mesmo numa página religiosa. Muitas pessoas não sabem "colocar" seu modo de pensar, elas querem "impor". Elas querem ter o direito de pensar, falar e optar sobre assuntos e coisas, mas não querem dar o mesmo direito a outros. Se alguém escreve nas redes sociais, por exemplo, "não gosto de cebola", quem gosta já arregala os olhos, o coração acelera, os dedos coçam, a razão não passa pelo cérebro e ela digita: "é um absurdo você não gostar", o outro ironiza, outro usa palavras humilhantes, o outro nem lê tudo, perdeu a parte onde a pessoa disse que "não gosta de cebola porque é alérgica" e já dispara julgando: "é frescura", e assim por diante. Estas pessoas ficam tão cegas para defender seu gosto, seu modo de pensar ou sua escolha de partido político, religioso e outros que se esquecem que violência não é só dar uma facada, um tiro, um tapa, mas é também uma “PALAVRA DESCORTÊS, MAL EDUCADA QUE USAMOS COM O SEMELHANTE", como está explicado no Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo 9. Enfim, é isto que estamos vendo nas redes sociais e no dia a dia. Mas a pessoa equilibrada, educada, lê e não comenta, porque acha que é um direito da outra não gostar, não pensar, não agir como ela ou, então, ela usa a razão e não a emoção desequilibrada, ela dirá: "por que você não gosta?" e, assim, iniciará uma conversa e não uma discussão. Ela conversará sem querer mudar o modo de pensar da outra pessoa, vai apenas trocar informações. Mas, infelizmente, não é isto que estamos encontrando nos dias atuais. Então, como explica Therezinha Oliveira: "Os Espíritos podem ver tudo que fazemos, porque estão constantemente nos rodeando. “Estamos cercados por uma nuvem de testemunha” como disse o apóstolo Paulo. Mas, só vêem aquilo que lhes interessa e nas pessoas que estão na sua sintonia. Eles conhecem nossos mais secretos pensamentos, chegam a conhecer o que desejamos ocultar de nós mesmos. Os Espíritos levianos que nos rodeiam riem das pequenas peças que nos pregam e zombam das nossas falhas. Os Espíritos sérios se condoem dos nossos erros e procuram nos ajudar. Os Espíritos influem em nossos pensamentos, de uma tal maneira, que, muitas vezes, são eles que nos dirigem..." No O Livro dos Espíritos questão 103, os Espíritos disseram à Kardec: Os Espíritos levianos, ignorantes, maliciosos, irrefletidos e zombeteiros, se metem em tudo "gostam de causar pequenos desgostos e ligeiras alegrias, de fazer intriga, de induzir maldosamente em erro, por meio de mistificações e de espertezas". Portanto, oremos mas também vigiemos nossos atos, palavras e pensamentos para não cairmos na tentação de discutir, brigar, revidar agressão, magoar por pouca coisa, não perdoar, fazer ou entrar em intriga e outros, seja pessoalmente ou nas redes sociais, esquecendo aquilo que aprendemos com a doutrina e, principalmente, com Jesus.
UM RECADO DE KARDEC AOS ESPÍRITAS: "[…] Devo ainda vos chamar a atenção para outra tática de nossos adversários: a de procurar comprometer os espíritas, induzindo-os a se afastarem do verdadeiro objetivo da Doutrina, que é o da moral, para abordarem questões que não são de sua competência e que poderiam, com toda razão, despertar suscetibilidades e desconfianças. Também não vos deixeis cair nessa armadilha; afastai cuidadosamente de vossas reuniões tudo quanto disser respeito à política e às questões irritantes; nesse caso, as discussões não levarão a nada e apenas suscitarão embaraços, enquanto ninguém questionará a moral, quando ela for boa. Procurai, no Espiritismo, aquilo que vos pode melhorar; eis o essencial. Quando os homens forem melhores, as reformas sociais verdadeiramente úteis serão uma consequência natural. […]
(Revista Espírita, fev. 1862.)

Texto de Rudymara

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