sábado, 3 de dezembro de 2011

O NATAL DE CHICO XAVIER - história emocionante




A distribuição natalina que Chico Xavier promovia, juntamente com diversos amigos, há vários anos, desde os tempos de Pedro Leopoldo, inspirou diversos grupos espíritas de todo o Brasil. As chamadas "repartições" de Natal constituem hoje o cartão de apresentação do trabalho assistencial desenvolvido pelos espíritas.
No mês de Dezembro, jamantas carregadas de viveres, bolas, bonecas, roupas, doces, enxovais para recém-natos, etc., chegavam a Uberaba, procedentes de São Paulo, para a grande festa da fraternidade.
Cerca de 4.000 pessoas, entre adultos e crianças, eram beneficiadas pela distribuição sem que houvesse qualquer tumulto ou acontecimento deprimente.
O próprio Chico fazia questão de entregar simbolicamente, algum dinheiro aos irmãos que têm, igualmente, as suas mãos beijadas por ele.
Mas quem imagina que o Natal de Chico Xavier se restringia a essa grande distribuição que muitos interpretam erroneamente, estão equivocados.
Na véspera de Natal, na noite do dia 24, sem que ninguém o veja, Chico saía com reduzido número de amigos para visitar aqueles que nem sequer podem se locomover de seus barracos ...
Acobertado pelo manto da noite, percorria vários bairros carentes de Uberaba, visitando pessoalmente, em nome de Jesus, os doentes, as viúvas, os filhos do infortúnio oculto ...
Além de levar algum presente para cada um, Chico contava casos, sorria com eles, lembrava a sua infância, tomava café e, depois de orar, seguia em frente ...
Poucas pessoas sabem que Chico passa o Natal peregrinando. Enquanto muitos se reúnem em torno da mesa faustosa, sem qualquer crítica a eles, ou a nós, esse verdadeiro apóstolo de Jesus na Terra caminha quase solitário, levando um pouco de alegria aos lares e aos corações dos que enfrentam rudes provas.
Para muitos, Chico era um verdadeiro pai. Ainda há pouco tempo, uma senhora já bastante velhinha nos disse:
- O sêo Chico tem sido nem sei o que pra mim ... Deus é que vai abençoá ele pro resto da vida... Quando o meu marido morreu, mandei avisá ele ... Nóis num tinha dinheiro nem pro enterro ... Ele feiz tudo e mandô me dize que vai me interrá tumém ...
Chico não era só o médium missionário que conhecemos, cuja produção mediúnica não encontra similar no mundo inteiro, seja em volume ou em variedade de temas de incontestável qualidade; ele reconhecia que não basta estar empunhando lápis ou falando aqui e acolá ou tendo o seu nome nas páginas dos jornais... Na simplicidade de suas atitudes estava a grandeza do seu Espírito.
Se a vida de Chico nas páginas abertas é bonita, nas páginas que ninguém conhece, naquelas que só o Senhor pode ler, ela é muito mais, porquanto o seu amor pelo Cristo é algo que transcende, se perdendo na noite insondável dos séculos ...
O Natal de Chico Xavier era assim ...

Do livro CHICO XAVIER mediunidade e coração, de CARLOS ANTÔNIO BACCELLI






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