quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

ESQUECIMENTO DO PASSADO

 


 

Tem gente que diz que esquecer o que fizemos em outra encarnação atrapalha esta encarnação. A maioria das pessoas que dizem isto acreditam em Deus, mas elas questionam os planos dele para nós. Se Deus joga um véu nas lembranças do passado, é porque as lembranças nos trariam muitos inconvenientes. Nós poderíamos nos sentir humilhados, constrangidos, desconfortados ou vaidosos, orgulhosos, ou seja, nutriríamos sentimentos que atrapalhariam o uso do livre arbítrio ou o nosso relacionamento social. Por que? Porque, geralmente, encarnamos no mesmo meio e com os mesmos espíritos que convivemos em outra encarnação. Este convívio, muitas vezes é, para fazermos as pazes. Como faremos as pazes com alguém que nos feriu, nos lesou, nos causou algum mal? Nós olharemos para ele com sentimentos negativos e ele olhará para nós com constrangimento ou vive versa. Muitos de nós não consegue enfrentar nem os conflitos desta encarnação, imagina juntar com as lembranças de outra encarnação. Haveria muito mais depressões, síndromes e suicídios. Faltaria psicólogos e psiquiatras para tratar pessoas. Então, o esquecimento do passado é momentâneo e necessário. E ele não atrapalha esta encarnação, porque Deus nos proporciona duas coisas que auxiliam a caminharmos nesta encarnação: a voz da consciência e as tendências instintivas. A voz da conciência porque é na consciência que está escrito a lei de Deus (questão 621 O livro dos espíritos). Então, quando vamos tomar uma atitude é este arquivo que consultamos para resolvermos o que devemos fazer ou não fazer. Embora muitas vezes a voz da conciência diga para não fazer, usamos mal o livre arbítrio e fazemos o contrário daí, nos comprometemos com a lei divina. E a tendência instintiva são as lembranças sutis dos atos de outra encarnação. Exemplo: tem criança, como Bethoven, que compôs aos 5 anos de idade. É uma lembrança boa do passado que deve ser reforçado. Outros tem medos sem ter passado por nenhum trauma nesta encarnação. Talvez seja lembrança de algo desagradável que tenha ocorrido com ela em outra encarnação. Por isso temos que observar as tendências das crianças e nossas também. Se for boa reforcemos, se for ruim, tentemos eliminar. Crianças, por exemplo, são espíritos velhos em corpos novos. Não sabemos quem foram, o que fizeram, precisamos apenas a ajudá-las. Divaldo Franco conta a história de uma criança que ele criou desde os 6 meses de vida que, desde pequena dizia que queria enfiar a faca em alguém para sentir o sangue quente escorrer em suas mãos. Divaldo perguntou como ela sabia que o sangue era quente e ela não sabia dizer como sabia, só afirmava que sabia. Divaldo evangelizou esta criança e, quando ficou um moço, ele pediu a emancipação para ir embora da Mansão. Divaldo disse que daria se ele prometesse que quando sentisse vontade de matar alguém, voltasse e o matasse antes. Divaldo disse que não poderia soltar uma pessoa que pudesse ferir alguém na sociedade, pois foi ela que o ajudou a criar as crianças da Mansão. O rapaz aceitou e foi. Um dia eles se encontraram e Divaldo perguntou se ele sentiu vontade de matar alguém e ele disse que sim, várias vezes. Mas, todas as vezes que ele sentiu vontade, ele via Divaldo na frente dele dizendo " VENHA E ME MATE PRIMEIRO", daí ele se desarmava. Daí Divaldo contou que ele foi um assassino na encarnação anterior. Então, não nos importemos o que fomos ou o que fizemos. O que importa é o que estamos tentando ser e melhorar hoje. Deus não apaga nosso passado, ele apenas joga um véu que pode ser descoberto quando dormimos ou quando desencarnamos. Se ele apagasse, ainda estaríamos nas cavernas. Pensemos nisso!

Texto de Rudymara

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