Como explica Emmanuel no livro O Consolador: "dentre os mundos inferiores, a Terra pertence à categoria dos de expiações e provas, porque ainda existe predominância do mal sobre o bem. Aqui, o homem leva uma vida cheia de vicissitudes por ser ainda imperfeito, havendo, para seus habitantes, mais momentos de infelicidades do que de alegrias. A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.” Diante de tal explicação, concluímos que não nascemos para ser completamente felizes. Aqui, neste planeta, alegria e tristeza se revezam. Moramos num vale de lágrimas, ou seja, ora choramos de alegria, ora de tristeza. Estes são ensinamentos básicos na Doutrina Espírita, mas muitos de nós espíritas, mesmo sabendo de tudo isso, quando passamos por um momento difícil, sentimos pena de nós mesmos. Basta encontrarmos com um conhecido para desabafarmos nossas amarguras nos colocando na condição de “coitadinho” ou “vítima” de uma situação. Temos também o hábito de responsabilizar os outros pela nossa dor: um amigo(a), um espírito, a macumba, os pais, a inveja, o olho gordo, a herança genética, Governo, sociedade e outros. Quando na verdade somos vítimas de nós mesmos. Deus não erra de endereço. Nascemos na cidade, país, posição social, família certa e vestimos um corpo físico que necessitamos para evoluir. Nada é por acaso. Enfim, a auto-piedade é um alimento venenoso, uma espécie de erva daninha que intoxica o espírito, dificulta as relações e promove medo, desconfiança, solidão e melancolia. É filha do egoísmo e da lamentação, afilhada do orgulho e irmã da necessidade de aprovação e de atenção especial. A pessoa, muitas vezes, quer atenção especial do familiar, dos amigos e de quem convive com ela neste mundo. Torna-se egoísta porque esquece que as pessoas também tem seus problemas do dia a dia a resolver e conflitos internos. A pessoa que se vitimiza fica melancólica, tristonha, sem motivação para viver, fica depressiva, enfim, adoece e, muitas vezes, adoece quem convive com ela. Por isso, é necessário buscar ajuda psicológica e espiritual através do passe, do estudo, do trabalho social. Amar-se é cuidar da saúde do corpo físico e do espírito imortal que somos nós. Pensemos nisso!
Texto de Rudymara
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