domingo, 1 de setembro de 2013

CASO DE OBSESSÃO INFANTIL





L. D. M., menina de seis anos, compareceu com a mãe à Sociedade Espírita "Joanna de Ângelis". Esta informou que a filha era hiperativa, com um gênio muito difícil e que, inclusive, dizia não gostar da própria mãe. À noite, desde muito pequena, gritava, chorava, mas, de dia, não se lembrava de nada. Ultimamente, porém, L.D.M. passou a dizer que via junto à sua cama uma mulher muito feia, a lhe dar ordens, até mesmo falando que deveria infernizar a vida dos pais, em especial, a da mãe, pois que esta era muito má. A menina contou o fato ao pai e este à esposa.
De início procuraram uma psicóloga, porém, houve pouca melhora. Em meio a vários conselhos de parentes e amigos, resolveram procurar um centro espírita, porque em certos momentos a filha parecia uma pessoa adulta nas atitudes agressivas em relação à mãe e, em outros, era carinhosa e agia como uma criança de sua idade. Ali estavam as duas buscando ajuda. Após as orientações habituais e necessárias à situação, a mãe se comprometeu a seguir o tratamento espiritual para a menina, o que realmente aconteceu, havendo, logo depois, a aquiescência e comparecimento do pai.
Os nomes foram encaminhados para a reunião de desobsessão. O espírito se comunicou. Era uma mulher que dizia se vingar da mãe da criança, porque esta lhe tomara o amante, em existência anterior, e agora ainda estava com ele, como marido e pai da menina. Resolveu, então, que, para sua vingança, deveria castigar a mãe através da filha. Foi esclarecido ao espírito comunicante que a sua atuação malévola não lhe traria de volta o ex-amante, pois ele amava muito à filha e, se tomasse conhecimento do que ela estava fazendo, passaria a odiá-la. Que o melhor para ela própria seria o de atuar pelo amor, pela dedicação ao bem, que com este procedimento conquistaria o respeito e a admiração do homem a quem amava.
Também lhe foi mostrada a necessidade de procurar a sua felicidade pessoal, que à sua frente se abria um caminho novo, junto a entes queridos ao seu coração, aos quais não percebia, por ter a mente fixada na ideia da vingança e no empenho de reconquistar o amor de outrora. As argumentações tocaram as fibras mais sensíveis da mulher, que ali mesmo desistiu de seus propósitos, partindo para uma nova vida ao lado de espíritos que a amavam. A partir do tratamento espiritual, a menina teve uma notável transformação e o lar foi pacificado.

(Suely C. Shubert, Mediunidade e Obsessão em crianças)



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