Divaldo Pereira Franco,
durante uma larga entrevista, no programa Presença Espírita da Rádio Boa Nova,
de Guarulhos (SP), em Agosto/2001, a partir de uma pergunta a ele dirigida,
afirma: "Não irei entrar no mérito
nem no estudo da Apometria, porque eu não sou apômetra, eu sou espírita. O que
posso dizer é que a Apometria, segundo os apômetras, não é Espiritismo,
porquanto as suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de “O
Livro dos Médiuns”. Não examinaremos aqui o mérito ou demérito porque eu não
pratico a Apometria. Mas, segundo a presunção de alguns, este método é um passo
avançado do movimento espírita, no qual, Allan Kardec estaria ultrapassado. E
que Allan Kardec foi a proposta para o século dezenove e parte do século vinte e a Apometria é um degrau
mais evoluído, tese com a qual, na condição de espírita, eu não concordo em
absoluto.”
“(...) Tenho certeza de que aqueles que adotam esses métodos novos,
primeiro, não conhecem as bases kardequianas, e, ao conhecerem-nas, nunca as
vivenciarão para terem certeza. Então, SE ALGUÉM PREFERE A APOMETRIA, DIVORCIE-SE DO ESPIRITISMO. É
um direito! Mas, não misture para não confundir (...) não temos nada contra a
Apometria, as correntes mento-magnéticas, aquelas outras de nomes muito
esdrúxulos e pseudocientíficos. Mas, como espíritas, nós devemos cuidar da
proposta espírita (...)
Então, temos por obrigação
explicar que a mediunidade não é patrimônio exclusivo da Doutrina Espírita e
muitas práticas alheias ao Espiritismo a utilizam. Assim acontece com a
desobsessão, os católicos chamam de “exorcismo”; os protestantes “descarrego”;
os apometras de “apometria”, etc., e cada qual tem seu método. Por isso
é dever de todo espírita estudar profundamente as obras básicas, para que
possamos preservar a pureza doutrinária. O Codificador, referindo-se ao
Espiritismo, indaga-nos: "COMO PRETENDER-SE EM ALGUMAS HORAS ADQUIRIR A
CIÊNCIA DO INFINITO.” Os diversos cultos religiosos existentes merecem
nosso respeito, mas nem por isso devemos adotar seus rituais e práticas
exteriores, por considerá-los contrários aos princípios básicos da Doutrina
Espírita. Concluímos que falta o conhecimento da Doutrina Espírita. Não basta a
freqüência à Casa Espírita. É indispensável estudá-la, incessante,
incansavelmente. Seu aprendizado exige esforços. Percebe-se, claramente, que a
Doutrina Espírita é uma ilustre desconhecida de boa parte dos 'ESPÍRITAS',
especialmente quanto à sua parte teórica.
OBSERVAÇÃO DO GRUPO DE ESTUDO "ALLAN KARDEC": Nós espíritas não somos contra a Apometria, mas a doutrina espírita já tem seu método de desobsessão. Gostaríamos que as casas espíritas que dão cursos de Apometria, dessem cursos de coisas mais importante para o "espírito" que somos. Como cursos que explique: O que é doença; como ficamos doentes; como nos previnir das doenças; o que é obsessão; como nos previnir da obsessão; quem são os obsessores; como lidar com eles; etc. Estamos atacando o efeito sem explicar a causa. Até quando atrairemos para os centros espíritas pessoas que buscam somente os fenômenos espíritas? O tempo de transição pede mudanças comportamentais e não de métodos desobsessivos ou seja lá a moda do momento. Em que os espíritas estão ajudando neste esclarecimento e nesta mudança? Consultemos nossa consciência. Há espírita questionando a credibilidade de Divaldo Franco e Allan Kardec para defender novidades que não condizem com a doutrina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário