A história é de um espírito angelical que não tinha obrigação de voltar à Terra, mas voltou por vontade própria, para ajudar alguns tutelados (protegidos) seus.
Num pequeno episódio, Alcíone mostra seu caráter, sua luz. Ela trabalhava como governanta em rica mansão. O dono da casa (Cirilo), a filha (Beatriz) e o sogro (Jacques) gostavam muito dela, mas a patroa (Susana), a detestava, porque sentia ciúme do amor que a família sentia por Alcíone. A patroa a maltratava impondo tarefas rudes, que não era sua obrigação, para que ela fosse embora, já que não podia tomar a iniciativa de despedi-la, com o que seus familiares não concordariam. Certo dia, Susana chama a governanta e diz:
- Alcíone, a lavadeira está doente e deverás substituí-la.
- Sim, senhora. – respondeu a governanta.
E lá vai Alcíone cumprir a tarefa alheia às suas responsabilidades. A menina Beatriz, vendo-a no tanque, revolta-se. Chama o pai e acusa a mãe de explorar a serva. O marido irrita-se, recrimina a esposa com aspereza. Susana agita-se. Nervosa, debulha-se em lágrimas. O ambiente torna-se tenso. Então, Alcíone, que tudo observava, dirige-se ao patrão.
- Senhor Cirilo, desculpe-me entrar na conversa, mas pode crer que a senhorita Beatriz está enganada. Dona Susana não me impôs a substituição da lavadeira. Fui eu mesma que ofereci minha colaboração. Não se preocupe. Estou acostumada com esse serviço.
As palavras de Alcíone, pronunciadas com evidente inflexão de sinceridade e boa vontade, desanuviam o ambiente. Pai e filha tranqüilizam-se. O gesto da serva, somado a outros iguais em circunstâncias semelhantes, acaba por sensibilizar Susana, que se torna sua amiga.
COMENTÁRIO: Quantos, no lugar de Alcíone, pediria demissão; se vingaria fazendo intriga entre os familiares, alegando "injustiça"; discutiria com a patroa, etc. Mas, Alcíone fez brilhar a sua luz. Ela semeou a paz entre os familiares; foi a bombeira de Deus, como nos pede André Luiz. Porque não colocou lenha onde já havia fogo. E com isso, conquistou a amizade da patroa. Assim, é o cristão autentico. Onde ele está a vida sempre se faz plena de luz, de claridade, pois refletem a luz do Céu, marcada por uma dedicação sem limites à causa do Bem. Estejamos no lar, na escola, no trabalho, na rua, na casa religiosa, enfim, onde estivermos, deixemos a nossa luz brilhar, porque como afirmou Jesus: “Nós somos a luz do mundo.”
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