Nas tragédias de Mariana, de Brumadinho e outras mais, muitos questionam:
“Onde estava Deus?”
Eu respondo que:
- Deus estava ausente na “atitude das pessoas”.
Deus nos mandou as regras do bem viver através de Jesus, mas nós vivemos como se tudo isso fosse besteira e ultrapassado.
Buscamos Deus nos cultos nos dias e horas certas dentro das casas religiosas, mas fora dela, não fazemos a Sua vontade.
Deus nunca está ausente, nós que nos afastamos Dele quando não colocamos em prática Seus ensinamentos.
Quando alguém paga propina para legalizar algo ilegal, foi Deus que o ensinou a fazer isso? Quem recebe propina para legalizar algo que pode colocar vidas em risco no futuro, foi Deus que ensinou isso? Político que é pago para fazer leis que regem o bem viver de uma sociedade e não faz, foi Deus que o instruiu? Ser fiscal relapso é de instrução divina? Ser ganancioso, ambicioso e egoísta é ensinamento divino?
Os espíritos disseram na questão 741 que, “muitos flagelos resultam da imprevidência do homem”. Ninguém nasce para matar, assaltar ou delinquir, apenas fazem mau uso do livre arbítrio, daí sofrem as consequências.
Muitos de nós somos imprevidentes porque acreditamos que as tragédias só acontecessem com os outros. Muitos de nós só agimos com prudência por medo de levar multa, de ser preso ou ser punido de alguma forma. Muitos de nós só temos precauções após uma tragédia, um sofrimento ou dor. Muitos são imprevidentes porque só se preocupam com o dinheiro que irão ganhar, mesmo sabendo que aquilo poderá prejudicar pessoas.
Infelizmente, ainda somos muito egoístas, imediatistas e materialistas, por isso, num momento desses, queremos colocar a culpa em Deus. Há quem afirme ser vingança divina. Lembremos que vingança é um sentimento de espíritos inferiores, e não de um ser perfeito, bom e justo como Deus é. E se Ele fosse se vingar dos seus filhos rebeldes, que transgridem as suas leis, poucos restariam no mundo. Deus apenas faz leis que regem a lei de causa e efeito. Não podemos esquecer que, a maioria de nós tem algo a resgatar, porque somos devedores perante a lei de Deus. Salvo os casos onde o Espírito pede, antes de encarnar, uma prova difícil ou dolorosa. Exemplo: para adiantar sua evolução, para despertar familiares a observar sua fé e por tantos outros motivos. Fora estes casos, a maioria são devedores, uns resgatam individualmente, outros coletivamente. Precisamos observar também que, nem todas as mortes, por exemplo, por asfixia significa que os desencarnados mataram alguém asfixiado. Quem mata alguém, por exemplo, com um tiro no coração, pode resgatar nascendo ou contraindo, durante a vida, um problema no coração. Mas, como explica Divaldo Franco, "as mortes coletivas acontecem por fenômenos cármicos, decorrência natural da lei de causalidade. Aqueles que coletivamente feriram, magoaram, agrediram, desrespeitaram, as leis de uma ou de outra forma, encontram-se nas sucessivas jornadas da reencarnação para coletivamente resgatarem os crimes perpetuados." A justiça divina, apenas se aproveita das catástrofes decorrentes da imprevidência dos homens ou das leis da Natureza (maremoto, terremoto, tsunami, etc) para fazer resgates.
Enfim , o momento é de reflexão, de buscarmos o verdadeiro sentido da vida (que é evoluir), de entendermos que precisamos viver sem achar que "morreu acabou" ou que nascemos apenas para "curtir" a vida. Precisamos questionar: "O que Deus espera de nós?" O importante é modificarmos "para melhor" nossas atitudes em relação a nós mesmos a ao próximo, para amenizarmos nossos débitos do passado ou para não adquirirmos débitos no futuro. Afinal, não sabemos quando seremos chamados a prestar contas. No momento só nos resta orar pelos desencarnados, pelos encarnados que sobreviveram e aos familiares que sofrem com a desencarnação de seus entes queridos. Pensemos nisso!
Texto de Rudymara
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