O Espiritismo é uma doutrina que nos coloca no dever de sempre caminhar. Não nos pede santidade para abraçar a tarefa educativa. Pede-nos apenas caminhar, e, a cada passo dado no rumo do progresso, surge o convite ao trabalho dentro do que já conquistamos, atribuindo oportunidades de adquirir as virtudes que ainda não trazemos na alma. O erro não está em ter imperfeições, mas em algemar-se à preguiça e não buscar melhorar-se.
A necessidade fundamental do educador passa a ser a própria iluminação.
Vejamos o alerta de Emmanuel: “na sagrada missão de ensinar, instruem o intelecto, mas, de um modo geral, ainda não sabem iluminar o coração dos discípulos, por necessitados da própria iluminação.”
Não é preciso ser catedrático ou um “espírito perfeito” para a tarefa educativa: pede-se, no entanto, o intensivo esforço da reforma íntima, com maior autodomínio, disciplina dos sentimentos egoísticos e inferiores, extermínio das paixões e a gradativa aquisição de conhecimentos elevados.
Conforme uma das mais belas asserções de Kardec: “reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações.”
Reconhecemos os verdadeiros pais/educadores não pela santidade, mas pelo ESFORÇO e pela DISCIPLINA que trouxerem como bagagem, os quais serão os alicerces firmes e sólidos da EDUCAÇÃO. São valores reconhecidos pelos que buscam acertar na tarefa. Até conhecida frase do domínio público prega que a educação é a disciplina do hábito.
Então, devemos ter sempre conosco a legenda “Educar-se para educar”, a fim de não esquecermos nossa necessidade de progresso. E, a cada avanço na jornada evolutiva, melhoramos nossa condição de educadores.
Através do próprio burilamento, estaremos melhorando nossa condição de pais/professores, para desempenhar mais decisivamente as obrigações. E honrar o galardão da educação é preparar a construção de um mundo melhor, pois somente com o amparo e socorro moral às gerações futuras é que estaremos efetivamente acendendo a lâmpada da renovação da humanidade, extinguindo as trevas da ignorância, da falta de fé e da pobreza de valores morais no mundo.
Joamar Zanolini Nazareth
Do livro: Um desafio chamado família
Do livro: Um desafio chamado família
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