quinta-feira, 26 de agosto de 2021

ROBSON PINHEIRO NÃO É ESPÍRITA, É ESPIRITUALISTA


Amigos espíritas e espiritualistas. Queremos dizer que, este texto é apenas a exposição do que nosso Grupo de Estudo pensa das obras de Robson Pinheiro. Queremos ter o direito de dividir com vocês o que pensamos e a conclusão de nossa análise baseado no pouco conhecimento que temos da doutrina espírita. Assim como qualquer pessoa pode discordar.
Aqui está o resumo de uma entrevista de Robson Pinheiro, feita pela Revista Cristã de Espiritismo. Ele escreveu vários livros, entre eles O Abismo, O Reino das Sombras, Tambores de Angola, Senhores da Escuridão, Aruanda, Legião, etc. Ele se diz espírita, mas ele ou o espírito que escreve através dele, só exalta a Umbanda. Diz ele que quando o convidavam para falar dos livros, ele não sabia o que iria dizer, porque ele não entendia nada de Umbanda. Mas na hora os espíritos o inspiram a falar no assunto. Ele diz que Tambores de Angola eliminou muito preconceito dos espíritas com caboclos e pretos-velhos. Leia trechos da entrevista e tire suas conclusões.

Robson Pinheiro: “A Apometria é aplicada em obsessões complexas, quando o caso não pode mais ser abordado nas reuniões convencionais. Aí, sim, a Apometria é uma ferramenta poderosa; porém, não podemos dizer que resolve tudo (...) ela deve ser utilizada sob a tutela dos imortais, dos benfeitores espirituais que nos orientam.(...)”
Perguntemos: “Mas, na mesma hora que ele diz que a apometria resolve casos mais complexos que não podem ser abordados nas reuniões convencionais (reuniões espíritas) ele contradiz dizendo que a apometria não resolve tudo.”As “reuniões convencionais” e nenhum trabalho mediúnico é 100% eficaz porque depende de muitos fatores. “No livro “Transtornos mentais: uma leitura espírita” de Suely Caldas Schubert, Hermínio C. Miranda denomina de “Condomínio Espiritual” um processo obsessivo grave, exercido por vários espíritos, que se utilizam do médium para a realização de atividades diversas no plano físico”, e tantos outros. Divaldo Franco teve um obsessor por quase 30 anos, não foi fácil afastá-lo.

Robson Pinheiro: “Os elementais podem estar à nossa disposição de diversas maneiras, mas, de um modo pessoal, acredito que a sua maior contribuição é a liberação de energias densas, que, às vezes, se agregam na estrutura psicofísica dos médiuns.(...) Se você está lidando com uma entidade das trevas, um especialista das trevas, e vai retirar um implante de aparelhos obsessivos do paciente, você deve usar as salamandras para “queimar” todo esse restante de energia densa que ficou no ambiente.(...) Se você está com um processo de desvitalização muito intenso, devemos pedir auxílio aos elementais da água salgada, sempre sob a tutela do espírito que comande esses elementais (...) Atualmente, em nossas reuniões mediúnicas, depois que começamos a utilizar muito essa técnica dos elementais, não temos nenhum caso de médium que saia da reunião mediúnica desgastado.(...) Nós desdobramos os médiuns, os levamos para as cachoeiras, os rios e os mares, e pedimos aos elementais desses sítios naturais a sua ação.(...)
Perguntemos: “Será que Chico Xavier usava esse método? E Divaldo, será que utiliza? Os benfeitores do trabalho mediúnico não podem realizar esse trabalho? Tem que ser pelos elementais, que na maioria, segundo Divaldo, são de pouca evolução? E as salamandras?


Robson Pinheiro: (...) muitos centros espíritas trabalham com preto-velhos e caboclos, mas não gostam de admitir isso publicamente. Quando o livro Tambores de Angola foi editado, questionamos muito por que o idoso desencarnado é bem aceito no centro espírita desde que seja branco? E por que o outro que é um idoso desencarnado com epiderme negra não pode ser aceito? Isso é preconceito, que nós simplesmente mudamos da senzala pra dentro do centro espírita.
Recomendação: Veja o que Divaldo disse sobre o assunto: “Notem bem: Por que ele tem que ser um preto velho? Doutor Bezerra é velho e não é branco velho. Notem uma discriminação. Está no nosso inconsciente discriminar. Se chegar um índio velho ele dirá que é um vermelho velho? Se chegar um japonês ele dirá que é um amarelo velho? Portanto há um atavismo.” E aos espíritas que nunca leram Raul Teixeira e Divaldo Franco recomendo o livro “Diretrizes de Segurança”, onde Raul responde a seguinte pergunta:  Por que é que, comumente, não vemos comunicações de pretos velhos ou de caboclos, nas sessões mediúnicas espíritas? Isso se deve a algum tipo de preconceito?  Raul Teixeira responde – A expressão da pergunta está bem a calhar. Realmente, a maioria dos participantes não vê os espíritos que se comunicam (se são negros ou brancos), mas eles se comunicam. O Espiritismo não tem compromisso de destacar essa ou aquela entidade, em particular. Se as sessões mediúnicas espíritas são abertas para o atendimento de todo os tipos de espíritos, por que não viriam os que ainda se apresentam como preto-velho ou preto-novo, brancos, amarelos, vermelhos, índios, ou caboclos, e esquimós? O que ocorre é que tais espíritos devem ajustar-se às disciplinas sugeridas pelo Espiritismo e só não as atendem quando seus médiuns, igualmente, não as aceitam. Muitos espíritos que se mostram no além como antigos escravos africanos, ou como indígenas, falam normalmente, sem trejeitos, embora as formas externas do perispírito possam manter as características que eles desejam ou as quais não lograram desfazer. Talvez muitos esperassem que esses desencarnados se expressassem de forma confusa, misturando a língua portuguesa com outros sons, expressando-se num dialeto impenetrável, carecendo de intérpretes especiais, que, na maioria parte das vezes, fazem de conta que estão entendendo tal mescla. Se o espírito fala em nagô, que seja nagô de verdade. Se se apresenta falando guarani, que seja o verdadeiro guarani. Entretanto, não sendo o idioma exato do seu passado reencarnatório, por que não falar o médium em português, pois que capta o pensamento da entidade e reveste-o com palavras? Não há portanto, preconceito nas sessões espíritas. Entretanto, procura-se manter o respeito às entidades, à mediunidade e à Doutrina Espírita, buscando a coerência com a Verdade que já identificamos.
Já Therezinha Oliveira, no livro “Reuniões Mediúnicas”, responde a seguinte pergunta: Um verdadeiro preto ou preta velha pode ser guia espiritual?
Therezinha responde.: Sim, se por suas palavras e atos mostrar que é digno desse título, que tem conhecimentos superiores para nos orientar e verdadeiro amor para nos exemplificar. Não, se demonstrar pouca evolução espiritual e muito apego ainda às sensações materiais (como o fumar e o beber, por exemplo).

OBSERVAÇÃO de Therezinha Oliveira: “A maioria das comunicações de preto-velhos como guias espirituais não passa de fruto da sugestão, do animismo, fraudes e mistificações. Houve, certamente, bons espíritos que se encarnaram entre os escravos para liderarem aquele povo sofrido, de modo sábio e amoroso, durante o seu cativeiro. Alguns deles, depois de desencarnados, talvez tenham podido voltar à retaguarda terrena, por amor aos próprio crescimento espiritual no serviço do bem. Mas não devem ter sido muitos, pelo contrário, serão bem poucos, porque a maioria dos africanos escravos eram como nós: espíritos de mediana ou pouca evolução. Será que, arrancados de seu país e de seu lar, privados da liberdade, agredidos cruel e impiedosamente anos a fio, foram capazes de se resignarem e sublimarem os sentimentos em relação aos seus senhores e algozes? Pouquíssimos espíritos terão, nessas expiações e provas, triunfado desse tão duro, embora todas tenham tido ensejo de algum aprimoramento intelecto-moral. Entretanto, aí estão incontáveis espíritos de pretensos pretos e pretas-velhas, a se comunicarem e querendo assumir a posição de orientadores espirituais da humanidade, sem demonstrarem condições para tanto.”

Robson Pinheiro: “(...) Até então, tínhamos, no movimento espírita, várias informações sobre espíritos obsessores e problemas de obsessão, porém, não tínhamos o conhecimento sobre a política de organização das trevas.(...) O livro Legião descortina isso.(..) Essa obra descreve a atuação dos magos negros, dos cientistas das trevas e de sua metodologia de trabalho. Nos informa quais são as técnicas e os instrumentos utilizados no dia-a-dia por essas legiões para realizar as obsessões complexas. Não tínhamos informações a esse respeito...e o Livro Legião vem instrumentalizar o corpo mediúnico das casas espíritas para um enfrentamento com inteligência a esses espíritos especialistas.(...) as trevas estão se especializando nas obsessões mais refinadas, a grande maioria do movimento espírita paralisou no tempo, sem atualizar a metodologia.”
Perguntemos: “Será que os espíritas já não leram livros espíritas que alertam sobre o assunto? “Aconteceu na casa espírita” não diz nada? Segundo Suely Caldas Schubert, no livro “Dimensões Espirituais do Centro Espírita”, conta no capítulo 21 “Estratégias dos planos inferiores” a comunicação de Espíritos que perseguem o Movimento Espírita. Suely disse: “(...) os Espíritos inferiores sintonizando-se conosco, por estarmos na mesma faixa, passam a insuflar-nos pensamentos conturbados, confundindo o nosso raciocínio e induzindo-nos a atitudes negativas que tem como escopo a discórdia e a perturbação. (...)”  Alguma novidade para nós espíritas?  
Numa comunicação mediúnica, um espírito inferior disse: “As estruturas do que vocês tanto gostam de chamar de Movimento Espírita estão sendo corroídas e vão ruir fragorosamente. Dou-lhes esta informação de presente, pois para uma pessoa vigilante existem “n” pessoas que não o são, destilando vaidade por todos os poros.(...) Vocês se dizem espíritas, adeptos de uma fé raciocinada, mas continuam fabricando ídolos. Sabem por que vocês, espíritas, fabricam ídolos? Porque, apesar de todo o estudo, ainda não se libertaram do pensamento mágico. Conferem e investem de poderes pessoas, às vezes mais fracas que vocês mesmos. E quando esses falsos ídolos caem vocês se sentem cair com eles e se decepcionam. Vocês mesmos vão-se entre devorar. São lobos uns dos outros. Nós só temos que assistir e aplaudir ao desempenho magnífico daqueles que estão em cena.(...)” Eles precisam de muita técnica para nos atacar? Não. Nós espíritas temos os fatores necessários para que a obsessão aconteça. Eles não precisam se esforçar muito. 
Já no Livro “Aconteceu na Casa Espírita”, o obsessor da casa espírita disse:  (...) trabalhemos silenciosamente, ocultamente, no campo dos sentimentos, sugerindo pensamentos, estimulando as irritações, o ciúme, a fofoca, a indignação, os melindres, a disputa de cargos, funções, tarefas etc. Temos aí, um vasto campo de atuação junto às inferioridades humanas. Aproveitaremos as brechas deixadas por muitos trabalhadores. Engraçado é que eles, os encarnados, dizem que, de tempos em tempos, nós, os chamados obsessores, promovemos ondas de influenciação negativa, retirando os “anjinhos” do caminho do bem. Eles é que, de tempos em tempos, abrem brechas, nós apenas aproveitamos os deslizes e descuidos dos “ilustres seguidores de Jesus”. A propósito, esse é o único modo de penetrarmos na instituição, a única forma de não sermos barrados pelas correntes protetoras, pois que os mensageiros do bem não podem violar o livre-arbítrio dos adeptos do Cristo. Os espíritos do mais alto sempre dizem que do mal tiram o bem, que nossa entrada é permitida porque servirá de teste para muitos dos freqüentadores e trabalhadores da Casa. Contudo, enquanto elas, as entidades evoluídas, aguardam a aprovação dos seus pupilos, no campo das provas, nós apostamos na reprovação dos tutelados. Temos de valorizar o momento, pois as dificuldades econômicas, sociais e políticas do país estão a nosso favor; muitos envolvidos com os problemas materiais, esquecem de se vigiar, cultivando o pessimismo, a irritação, os palavrões etc., entrando naturalmente em nossa faixa vibratória, autorizando-nos o processo de influenciação; e na maioria das vezes para nossa satisfação, nem se lembram da oração, que poderia nos afastar completamente, rompendo os nossos propósitos.” 
Como vemos, não precisamos de novos livros de alerta. A Doutrina Espírita nos mostra como e porque ocorre a obsessão; onde está o ponto fraco de cada um de nós e melhor, ensina como devemos combater para que essas influências não tenham força.

Raciocinemos: Pelo que entendi, sutilmente, Robson Pinheiro (ou o espírito que está se utilizando dele), quer mostrar que os espíritas são preconceituosos e o Espiritismo está ultrapassado. Onde?  Na desobsessão; no conhecimento dos ataques das trevas; na ajuda aos médiuns que trabalham na desobsessão . . . Enfim, ele está incutindo devagarzinho, nas mentes desprevenidas, fascinadas, que os costumes, rituais, etc., da Umbanda são mais eficazes e podem e devem ser implantadas nas Casas Espíritas. 

Segundo Suely Caldas Schubert uma das estratégias dos obsessores é “TORCER A VERDADE. Afirmam que está errado justamente o que está certo, com a finalidade de levantar dúvidas.”


Um alerta: “Nós espíritas, devemos ler tudo e reter o que for bom, mas para podermos comparar o que é livro espírita e livro espiritualista devemos estudar as obras básicas, e ler livros de espíritas com credibilidade na Doutrina como de Suely Caldas Schubert, Hermínio C. Miranda, Yvonne A. Pereira, as obras de André Luiz, Joanna de Ângelis dentre outros. Nós espíritas ainda não entendemos Allan Kardec, e alguns já estão achando que ele está ultrapassado? Quantos livros já lemos? Só de Chico Xavier são mais de 400 livros . . .


Observe: Um “espírita”, indignado com o texto “Apometria não é prática espírita” que está neste blog, cujo conteúdo é 99% depoimento de Divaldo Franco, me escreveu dizendo o seguinte (na íntegra): 10- É recomendado que você leia os livros "O Abismo" e "Legião" (Robson Pinheiro), assim você toma conhecimento de como as Trevas estão agindo, e para de combater um instrumento da Luz; 11- Não é porque alguém escreveu um livro que tudo o que está ali escrito é verdade, ele não é o dono da razão, quando muito, está expondo o seu ponto de vista ou como ele entende aquele assunto. Isso é válido para encarnado ou desencarnado pois somos todos espíritos em evolução. Por mais evoluído que seja um espírito, ele não tem permissão de tudo revelar, nem mesmo de tudo o que sabe (vide livro dos Espíritos), e nem é dono da verdade. Por mais erudito que seja o homem, ele também não é dono da verdade.”

Vejam bem: Ele(a) recomenda Robson Pinheiro como leitura de credibilidade, e desmerece a credibilidade de “alguém” e “do espírito que não sabe tudo”, ou seja, ele se referiu á Divaldo Franco e Joanna de Ângelis. Diz que nem tudo que Divaldo escreve é verdade e que ele não é dono da razão, mas não faz o mesmo questionamento para Robson Pinheiro. As coisas estão estranhas, não é? 

Então, espíritas, busquemos a Verdade, e ela nos libertará dos ídolos, das fascinações por novidades doutrinárias, modismos ou algo que poderá descaracterizar a Doutrina. Sem entender um pouco da Doutrina Espírita, aceitaremos qualquer idéia nova.








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