Amigos espíritas e espiritualistas. Queremos dizer que, este texto é apenas a exposição do que nosso Grupo de Estudo pensa das obras de Robson Pinheiro. Queremos ter o direito de dividir com vocês o que pensamos e a conclusão de nossa análise baseado no pouco conhecimento que temos da doutrina espírita. Assim como qualquer pessoa pode discordar.
Aqui está o resumo de uma entrevista de Robson Pinheiro, feita pela
Revista Cristã de Espiritismo. Ele escreveu vários livros, entre eles O Abismo,
O Reino das Sombras, Tambores de Angola, Senhores da Escuridão, Aruanda,
Legião, etc. Ele se diz espírita, mas ele ou o espírito que escreve através
dele, só exalta a Umbanda. Diz ele que quando o convidavam para falar dos
livros, ele não sabia o que iria dizer, porque ele não entendia nada de
Umbanda. Mas na hora os espíritos o inspiram a falar no assunto. Ele diz que
Tambores de Angola eliminou muito preconceito dos espíritas com caboclos e
pretos-velhos. Leia trechos da entrevista e tire suas conclusões.
Robson Pinheiro: “A Apometria é aplicada em obsessões
complexas, quando o caso não pode mais ser abordado nas reuniões convencionais.
Aí, sim, a Apometria é uma ferramenta poderosa; porém, não podemos dizer que
resolve tudo (...) ela deve ser utilizada sob a tutela dos imortais, dos
benfeitores espirituais que nos orientam.(...)”
Perguntemos: “Mas, na mesma hora que ele diz que a
apometria resolve casos mais complexos que não podem ser abordados nas reuniões
convencionais (reuniões espíritas) ele contradiz dizendo que a apometria não
resolve tudo.”As “reuniões convencionais” e nenhum trabalho mediúnico é 100%
eficaz porque depende de muitos fatores. “No livro “Transtornos
mentais: uma leitura espírita” de Suely Caldas Schubert, Hermínio
C. Miranda denomina de “Condomínio Espiritual” um processo obsessivo grave,
exercido por vários espíritos, que se utilizam do médium para a realização de
atividades diversas no plano físico”, e tantos outros. Divaldo Franco teve um obsessor
por quase 30 anos, não foi fácil afastá-lo.
Robson Pinheiro: “Os elementais podem estar à nossa
disposição de diversas maneiras, mas, de um modo pessoal, acredito que a sua
maior contribuição é a liberação de energias densas, que, às vezes, se agregam
na estrutura psicofísica dos médiuns.(...) Se você está lidando com uma
entidade das trevas, um especialista das trevas, e vai retirar um implante de
aparelhos obsessivos do paciente, você deve usar as salamandras para “queimar”
todo esse restante de energia densa que ficou no ambiente.(...) Se você está
com um processo de desvitalização muito intenso, devemos pedir auxílio aos
elementais da água salgada, sempre sob a tutela do espírito que comande esses
elementais (...) Atualmente, em nossas reuniões mediúnicas, depois que
começamos a utilizar muito essa técnica dos elementais, não temos nenhum caso
de médium que saia da reunião mediúnica desgastado.(...) Nós desdobramos os
médiuns, os levamos para as cachoeiras, os rios e os mares, e pedimos aos
elementais desses sítios naturais a sua ação.(...)
Perguntemos: “Será que Chico Xavier usava esse método? E
Divaldo, será que utiliza? Os benfeitores do trabalho mediúnico não podem
realizar esse trabalho? Tem que ser pelos elementais, que na maioria, segundo
Divaldo, são de pouca evolução? E as salamandras?
Robson Pinheiro: (...) muitos centros espíritas trabalham com
preto-velhos e caboclos, mas não gostam de admitir isso publicamente. Quando o
livro Tambores de Angola foi editado, questionamos muito por que o idoso
desencarnado é bem aceito no centro espírita desde que seja branco? E por que o
outro que é um idoso desencarnado com epiderme negra não pode ser aceito? Isso
é preconceito, que nós simplesmente mudamos da senzala pra dentro do centro
espírita.
Recomendação: Veja o que Divaldo disse sobre o assunto: “Notem bem: Por que ele tem que ser um
preto velho? Doutor Bezerra é velho e não é branco velho. Notem uma
discriminação. Está no nosso inconsciente discriminar. Se chegar um índio velho
ele dirá que é um vermelho velho? Se chegar um japonês ele dirá que é um
amarelo velho? Portanto há um atavismo.” E aos espíritas que nunca leram
Raul Teixeira e Divaldo Franco recomendo o livro “Diretrizes de Segurança”,
onde Raul responde a seguinte pergunta: Por que é que, comumente, não vemos
comunicações de pretos velhos ou de caboclos, nas sessões mediúnicas espíritas?
Isso se deve a algum tipo de
preconceito? Raul Teixeira responde – A expressão da pergunta está bem a calhar.
Realmente, a maioria dos participantes não vê os espíritos que se comunicam (se
são negros ou brancos), mas eles se comunicam. O Espiritismo não tem
compromisso de destacar essa ou aquela entidade, em particular. Se as sessões
mediúnicas espíritas são abertas para o atendimento de todo os tipos de
espíritos, por que não viriam os que ainda se apresentam como preto-velho ou
preto-novo, brancos, amarelos, vermelhos, índios, ou caboclos, e esquimós? O
que ocorre é que tais espíritos devem ajustar-se às disciplinas sugeridas pelo
Espiritismo e só não as atendem quando seus médiuns, igualmente, não as
aceitam. Muitos espíritos que se mostram no além como antigos escravos
africanos, ou como indígenas, falam normalmente, sem trejeitos, embora as
formas externas do perispírito possam manter as características que eles
desejam ou as quais não lograram desfazer. Talvez muitos esperassem que esses
desencarnados se expressassem de forma confusa, misturando a língua portuguesa
com outros sons, expressando-se num dialeto impenetrável, carecendo de
intérpretes especiais, que, na maioria parte das vezes, fazem de conta que
estão entendendo tal mescla. Se o espírito fala em nagô, que seja nagô de
verdade. Se se apresenta falando guarani, que seja o verdadeiro guarani.
Entretanto, não sendo o idioma exato do seu passado reencarnatório, por que não
falar o médium em português, pois que capta o pensamento da entidade e
reveste-o com palavras? Não há portanto, preconceito nas sessões espíritas.
Entretanto, procura-se manter o respeito às entidades, à mediunidade e à
Doutrina Espírita, buscando a coerência com a Verdade que já identificamos.
Já Therezinha Oliveira, no livro “Reuniões Mediúnicas”, responde a
seguinte pergunta: Um verdadeiro preto
ou preta velha pode ser guia espiritual?
Therezinha responde.: Sim, se por suas palavras e atos mostrar que
é digno desse título, que tem conhecimentos superiores para nos orientar e
verdadeiro amor para nos exemplificar. Não, se demonstrar pouca evolução
espiritual e muito apego ainda às sensações materiais (como o fumar e o beber,
por exemplo).
OBSERVAÇÃO de Therezinha
Oliveira: “A maioria das
comunicações de preto-velhos como guias espirituais não passa de fruto da
sugestão, do animismo, fraudes e mistificações. Houve, certamente, bons
espíritos que se encarnaram entre os escravos para liderarem aquele povo
sofrido, de modo sábio e amoroso, durante o seu cativeiro. Alguns deles, depois
de desencarnados, talvez tenham podido voltar à retaguarda terrena, por amor
aos próprio crescimento espiritual no serviço do bem. Mas não devem ter sido
muitos, pelo contrário, serão bem poucos, porque a maioria dos africanos
escravos eram como nós: espíritos de mediana ou pouca evolução. Será que,
arrancados de seu país e de seu lar, privados da liberdade, agredidos cruel e
impiedosamente anos a fio, foram capazes de se resignarem e sublimarem os
sentimentos em relação aos seus senhores e algozes? Pouquíssimos espíritos
terão, nessas expiações e provas, triunfado desse tão duro, embora todas tenham
tido ensejo de algum aprimoramento intelecto-moral. Entretanto, aí estão
incontáveis espíritos de pretensos pretos e pretas-velhas, a se comunicarem e
querendo assumir a posição de orientadores espirituais da humanidade, sem
demonstrarem condições para tanto.”
Robson Pinheiro: “(...) Até então, tínhamos, no movimento
espírita, várias informações sobre espíritos obsessores e problemas de
obsessão, porém, não tínhamos o conhecimento sobre a política de organização
das trevas.(...) O livro Legião descortina isso.(..) Essa obra descreve a
atuação dos magos negros, dos cientistas das trevas e de sua metodologia de
trabalho. Nos informa quais são as técnicas e os instrumentos utilizados no
dia-a-dia por essas legiões para realizar as obsessões complexas. Não tínhamos
informações a esse respeito...e o Livro Legião vem instrumentalizar o corpo
mediúnico das casas espíritas para um enfrentamento com inteligência a esses
espíritos especialistas.(...) as trevas estão se especializando nas obsessões
mais refinadas, a grande maioria do movimento espírita paralisou no tempo, sem
atualizar a metodologia.”
Perguntemos: “Será que os espíritas já não leram livros
espíritas que alertam sobre o assunto? “Aconteceu na casa espírita” não diz
nada? Segundo Suely Caldas Schubert, no livro “Dimensões Espirituais do Centro
Espírita”, conta no capítulo 21 “Estratégias dos planos inferiores” a
comunicação de Espíritos que perseguem o Movimento Espírita. Suely disse:
“(...) os Espíritos inferiores sintonizando-se conosco, por estarmos na mesma
faixa, passam a insuflar-nos pensamentos conturbados, confundindo o nosso
raciocínio e induzindo-nos a atitudes negativas que tem como escopo a discórdia
e a perturbação. (...)” Alguma novidade
para nós espíritas?
Numa comunicação mediúnica, um espírito inferior disse: “As estruturas do que vocês tanto gostam
de chamar de Movimento Espírita estão sendo corroídas e vão ruir
fragorosamente. Dou-lhes esta informação de presente, pois para uma pessoa
vigilante existem “n” pessoas que não o são, destilando vaidade por todos os
poros.(...) Vocês se dizem espíritas, adeptos de uma fé raciocinada, mas
continuam fabricando ídolos. Sabem por que vocês, espíritas, fabricam ídolos?
Porque, apesar de todo o estudo, ainda não se libertaram do pensamento mágico.
Conferem e investem de poderes pessoas, às vezes mais fracas que vocês mesmos.
E quando esses falsos ídolos caem vocês se sentem cair com eles e se
decepcionam. Vocês mesmos vão-se entre devorar. São lobos uns dos outros. Nós
só temos que assistir e aplaudir ao desempenho magnífico daqueles que estão em
cena.(...)” Eles precisam de muita técnica para nos atacar? Não. Nós
espíritas temos os fatores necessários para que a obsessão aconteça. Eles não
precisam se esforçar muito.
Já no Livro “Aconteceu na Casa Espírita”, o obsessor da casa espírita
disse:
(...) trabalhemos silenciosamente, ocultamente, no campo dos
sentimentos, sugerindo pensamentos, estimulando as irritações, o ciúme, a
fofoca, a indignação, os melindres, a disputa de cargos, funções, tarefas etc.
Temos aí, um vasto campo de atuação junto às inferioridades humanas.
Aproveitaremos as brechas deixadas por muitos trabalhadores. Engraçado é que
eles, os encarnados, dizem que, de tempos em tempos, nós, os chamados
obsessores, promovemos ondas de influenciação negativa, retirando os “anjinhos”
do caminho do bem. Eles é que, de tempos em tempos, abrem brechas, nós apenas
aproveitamos os deslizes e descuidos dos “ilustres seguidores de Jesus”. A
propósito, esse é o único modo de penetrarmos na instituição, a única forma de
não sermos barrados pelas correntes protetoras, pois que os mensageiros do bem
não podem violar o livre-arbítrio dos adeptos do Cristo. Os espíritos do mais
alto sempre dizem que do mal tiram o bem, que nossa entrada é permitida porque
servirá de teste para muitos dos freqüentadores e trabalhadores da Casa.
Contudo, enquanto elas, as entidades evoluídas, aguardam a aprovação dos seus
pupilos, no campo das provas, nós apostamos na reprovação dos tutelados. Temos
de valorizar o momento, pois as dificuldades econômicas, sociais e políticas do
país estão a nosso favor; muitos envolvidos com os problemas materiais,
esquecem de se vigiar, cultivando o pessimismo, a irritação, os palavrões etc.,
entrando naturalmente em nossa faixa vibratória, autorizando-nos o processo de
influenciação; e na maioria das vezes para nossa satisfação, nem se lembram da
oração, que poderia nos afastar completamente, rompendo os nossos propósitos.”
Como vemos, não precisamos de novos livros de alerta. A Doutrina
Espírita nos mostra como e porque ocorre a obsessão; onde está o ponto fraco de
cada um de nós e melhor, ensina como devemos combater para que essas
influências não tenham força.
Raciocinemos: Pelo que entendi, sutilmente, Robson
Pinheiro (ou o espírito que está se utilizando dele), quer mostrar que os
espíritas são preconceituosos e o Espiritismo está ultrapassado. Onde? Na desobsessão; no conhecimento dos ataques
das trevas; na ajuda aos médiuns que trabalham na desobsessão . . . Enfim, ele
está incutindo devagarzinho, nas mentes desprevenidas, fascinadas, que os
costumes, rituais, etc., da Umbanda são mais eficazes e podem e devem ser
implantadas nas Casas Espíritas.
Segundo Suely Caldas Schubert uma das estratégias dos obsessores é “TORCER A VERDADE. Afirmam que está errado justamente o que está certo, com a finalidade
de levantar dúvidas.”
Um alerta: “Nós espíritas, devemos ler tudo e reter o
que for bom, mas para podermos comparar o que é livro espírita e livro
espiritualista devemos estudar as obras básicas, e ler livros de espíritas com
credibilidade na Doutrina como de Suely Caldas Schubert, Hermínio C. Miranda,
Yvonne A. Pereira, as obras de André Luiz, Joanna de Ângelis dentre outros. Nós
espíritas ainda não entendemos Allan Kardec, e alguns já estão achando que ele
está ultrapassado? Quantos livros já lemos? Só de Chico Xavier são mais de 400
livros . . .
Observe: Um “espírita”, indignado com o texto “Apometria não é prática espírita” que está neste blog, cujo conteúdo é 99% depoimento de Divaldo
Franco, me escreveu dizendo o seguinte (na íntegra): 10- É recomendado que você leia os livros "O Abismo" e
"Legião" (Robson Pinheiro), assim você toma conhecimento de como as
Trevas estão agindo, e para de combater um instrumento da Luz; 11- Não é porque
alguém escreveu um livro que tudo o que está ali escrito é verdade, ele não é o
dono da razão, quando muito, está expondo o seu ponto de vista ou como ele
entende aquele assunto. Isso é válido para encarnado ou desencarnado pois somos
todos espíritos em evolução. Por mais evoluído que seja um espírito, ele não
tem permissão de tudo revelar, nem mesmo de tudo o que sabe (vide livro dos
Espíritos), e nem é dono da verdade. Por mais erudito que seja o homem, ele
também não é dono da verdade.”
Vejam bem: Ele(a) recomenda Robson Pinheiro como
leitura de credibilidade, e desmerece a credibilidade de “alguém” e “do espírito que
não sabe tudo”, ou seja, ele se referiu á Divaldo Franco e Joanna de
Ângelis. Diz que nem tudo que Divaldo escreve é verdade e que ele não é dono da
razão, mas não faz o mesmo questionamento para Robson Pinheiro. As coisas estão
estranhas, não é?
Então,
espíritas, busquemos a Verdade, e ela nos libertará dos ídolos, das fascinações
por novidades doutrinárias, modismos ou algo que poderá descaracterizar a
Doutrina. Sem entender um pouco da Doutrina Espírita, aceitaremos qualquer
idéia nova.
Nenhum comentário:
Postar um comentário