quinta-feira, 17 de outubro de 2013

DEVEMOS SENTIR PENA DE NÓS MESMOS?



Diz Emmanuel no livro O Consolador: "dentre os mundos inferiores, a Terra pertence à categoria dos de expiações e provas, porque ainda existe predominância do mal sobre o bem. Aqui, o homem leva uma vida cheia de vicissitudes por ser ainda imperfeito, havendo, para seus habitantes, mais momentos de infelicidades do que de alegrias. A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.”

Diante de tal explicação, concluímos que não nascemos para ser completamente felizes. Aqui, neste planeta, alegria e tristeza se revezam. Moramos num vale de lágrimas, ou seja, ora choramos de alegria, ora de tristeza. Ora somos testados na riqueza, ora na pobreza. Família e familiares difíceis são reencontros, muitas vezes, com inimigos do passado. Família é uma escola onde somos testados para desenvolvermos a paciência, a tolerância, o perdão, a reconciliação, etc. Se o exemplo dos membros da família for bom, copiemos, se for ruim mudemos o rumo e façamos melhor. Se são pessoas difíceis em nossa vida, somos também, muitas vezes, pessoas difíceis na vida deles. Doenças podem ser: desgaste físico natural com o avanço da idade, resgates do passado, abuso do presente, um pedido de prova para acelerar a evolução ou um pedido nosso para que nos sirva de freio para que não nos precipitemos nos erros de outra encarnação ou que atrapalhe a realização de um trabalho social que nos comprometemos realizar. Desencarnação é algo natural onde cada um de nós, hora ou outra terá que enfrentar. Cada um nasce com uma estimativa de vida. Uns mais, outros menos, depende das necessidades do Espírito reencarnante. Dependendo da vida que levarmos podemos antecipar ou adiar esta desencarnação. Estes são ensinamentos básicos na Doutrina Espírita, mas muitos de nós espíritas, mesmo sabendo de tudo isso, quando passamos por um momento difícil, sentimos pena de nós mesmos. Basta encontrarmos com um conhecido para desabafarmos nossas amarguras nos colocando na condição de “coitadinho” ou “vítima” de uma situação. Temos também o hábito de responsabilizar os outros pela nossa dor. Há quem responsabilize: um amigo(a), um espírito, a macumba, os pais, a inveja, o olho gordo, a herança genética, etc. Quando na verdade somos vítimas de nós mesmos. O plantio é livre, mas a colheita obrigatória. Portanto, estamos colhendo o que plantamos, nesta vida ou na anterior. Se queremos uma vida melhor, devemos nos esforçar para sermos melhores. Não adianta buscar amuletos, rezas milagrosas, escapulários, sal grosso, arruda, etc. Esta é a saída fácil que muitos buscam. Pendurar um amuleto no pescoço é mais fácil que modificar nossas atitudes, pensamentos e palavras. A solução está em nós e não nas coisas externas. Chega de nos enganarmos. Chega de auto-piedade, tomemos uma atitude. Portanto, não somos coitadinhos.

Rudymara




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