sexta-feira, 11 de junho de 2010

DIVALDO FRANCO E SUA IRMÃ SUICIDA


Divaldo, conta que viu sua irmã suicida em desespero, após vinte anos do suicídio, dizendo estar impregnada pelo veneno que havia ingerido.
Divaldo começou a pensar no que poderia fazer para atenuar o sofrimento da irmã, tão querida ao seu coração. Ele orava muito pela irmã, mas desejava fazer mais por ela.
Osvaldo, irmão de Divaldo, exercia na cidade de Feira de Santana, no Estado da Bahia, o cargo de Delegado de Polícia.
Divaldo, certa vez, perguntou ao irmão qual o fato que mais o impressionara em sua árdua carreira.
Osvaldo contou-lhe que o quadro mais triste que havia presenciado era a situação das mulheres nos lupanares ou zona de meretrício como eram chamados naquela época. Aquelas mulheres entregavam-se ao comércio carnal, despreparadas para a vida e completamente sem proteção.
Contou-lhe que sua equipe policial, numa das “batidas” naquelas casas, verificou que as pobres mulheres colocavam os filhinhos sob a cama, cobrindo-os com lençóis e os obrigavam a ficar quietos para poderem atender os clientes sobre a cama.
Divaldo foi com o irmão até a zona de meretrício daquela cidade e reunindo as mulheres mais decadentes, já com o organismo corroído pela sífilis e outras doenças, indagou-lhes o que ele poderia fazer-lhes para atenuar a dor e a miséria em que viviam.
A grande maioria disse que gostaria de encontrar alguém que salvasse seus filhos, principalmente as filhas de seguir tal “profissão”.
Uma outra moça implorou chorando:
- Seria tão bom se eu pudesse encontrar uma pessoa com misericórdia que nos salvasse desta desgraça.
Divaldo, enternecido, prometeu que iria cuidar dessas pobres crianças e de suas mães em homenagem à sua tão querida irmã Nair.
Pediu forças a Deus para poder levar à Mansão do Caminho todas aquelas crianças. Eram catorze. Chegaram a ter trinta e seis crianças através do tempo, filhas dessas pobres mulheres equivocadas. Algumas delas conseguiram mudar de vida, ter uma profissão digna, graças à orientação de Divaldo.
E os anos foram passando plenos de trabalho no ideal da caridade e fraternidade.
Quando dona Ana Franco, mãe de Divaldo, desencarnou em 1972, a irmã de Divaldo estava ao lado dela. E naquele momento, Nair agradeceu à Divaldo por tudo que ele havia feito pelas mães e filhos desamparados em seu nome.
Essa homenagem fez muito bem ao Espírito de Nair que passou a se preparar para uma futura reencarnação.
Hoje ela já está reencarnada. Nasceu com lábios leporinos, resultado do veneno que havia ingerido.
Nasceu debaixo de uma árvore, de uma mulher que não tinha marido.
Joanna disse para Divaldo:
- Veja Divaldo, através do mesmo mecanismo que você à homenageou, ela veio (reencarnou) para agradecer.


Mas . . . o mais importante é que lhe foi concedida, pela misericórdia de Deus uma nova oportunidade na Escola da vida. Vale a pena viver e amar como nos ensina o Espírito Joanna de Ângelis. Vale a pena preencher com a fraternidade, a solidariedade, que são frutos amadurecidos de amor, todos os momentos da vida.
Então, se perdemos nossos entes queridos, vamos seguir este exemplo de nosso Divaldo e amar com infinita ternura todos os tristes e desamparados do caminho, tratando-os como pais, mães e irmãos queridos.

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