Embora
todas as liberdades públicas que a Monarquia desenvolveu no Brasil, a ideia de
implantar a República no Brasil cresceu depois do dia 13 de maio de 1888 onde
um membro da família real aboliu os escravos, ferindo assim os interesses
particulares de todas as classes conservadoras.
No plano espiritual, Jesus reuniu as
falanges benditas de Ismael e dos seus dedicados colaboradores e, como no
Sermão da Montanha, anunciou que a Pátria do Evangelho (Brasil) estava
atingindo a maioridade coletiva e por causa disso, profundas modificações
assinalariam a sua parte social e política. As pátrias devem ter, como tem os
indivíduos, direito à mais ampla liberdade de ação quando aprendem a exercitar
seus próprios raciocínios. Que os trabalhadores de Ismael (zelador escolhido por Jesus para, juntamente com a sua
falange, cuidar do progresso e o desenvolvimento do nosso país), deveriam
espalhar por toda extensão territorial da pátria brasileira a Sua doutrina de
redenção, de piedade e de misericórdia. Eles ensinariam aos Seus novos
discípulos encarnados a paciência e a serenidade, a humildade e o amor, a paz e
a resignação, para que a luta seja vencida pela luz e pela verdade. Deveriam
abrir a estrada da revolução interior, cujo objetivo único é a reforma de cada
um, sob o fardo das provas, sem ser indisciplinado perante as leis do mundo e
sem usar armas homicidas. A proclamação
da República Brasileira deveria fazer-se sem derramamento de sangue. As
mudanças deveriam se realizar acima de todos os cultos religiosos. E todas as
conquistas deveriam estar fora da contaminação de qualquer intolerância ou intransigência
religiosa. Os discípulos do Evangelho sofreriam os efeitos dolorosos da
borrasca (temporal de pouca duração) em planejamento. Mas que Seus
trabalhadores estariam a postos sustentando o Brasil espiritual. Que seriam
Bem-aventurados todos os trabalhadores da seara divina da verdade e do amor,
pois deles é o reino imortal do plano espiritual.
Assim, as falanges do Infinito, sob as
bondosas determinações do Divino Mestre prepararam, então, o último
acontecimento político, que se verificaria com o seu amparo direto e que
constituiria a proclamação da República.
Todas as grandes cidades do país se
entregam à propaganda aberta das idéias republicanas.
Os espíritos mais eminentes do país
prepararam o grande acontecimento. Entre os organizadores, prevaleceram os
elementos positivistas (membros da Igreja Positivista do Brasil, onde iniciou grande campanha abolucionista republicana), para que as novas instituições não pecassem pelos
excessos da paixão sanguinolenta das intolerâncias religiosas e, a 15 de
Novembro de 1889, com a bandeira do novo regime nas mãos de Benjamin Constant,
Quintino Bocaiúva, Lopes Trovão, Serzedelo Corrêa, Rui Barbosa e toda uma
plêiade de inteligências cultas e vigorosas, o Marechal Deodoro da Fonseca
proclama, no Rio de Janeiro, a República dos Estados Unidos do Brasil e assume o poder no país.
O grande imperador recebe a notícia com
amarga surpresa já que Deodoro era íntimo de seu coração e de sua casa. Os
instantes de surpresa, contudo, foram rápidos. O nobre monarca não aceitou as
sugestões dos apaixonados da Coroa no sentido da reação. Confortado pelas luzes
do Alto, que não o abandonaram em toda a vida, D.Pedro II não permitiu que se
derramasse uma gota de sangue brasileiro. Preparou rapidamente sua retirada com
a família imperial para a Europa, obedecendo às imposições dos revolucionários
e, com lágrimas nos olhos, rejeita as elevadas somas de dinheiro que o Tesouro
Nacional lhe oferece, leva somente um pequeno travesseiro recheado de terra brasileira para poder ser enterrado com uma lembrança da
Pátria do Cruzeiro que tanto amava.
Visitado pelo Visconde de Ouro Preto,
no mesmo dia em que chegava à capital portuguesa, o imperador lhe declara com
serena humildade:
-
Em suma, estou satisfeito...
E, referindo-se à sua deposição,
acrescenta:
-
É a minha carta de alforria. Agora posso ir aonde quiser.
Naqueles amargurados dias, o generoso
velhinho se encontrava às vésperas de desencarnar.
No Brasil, as forças militares que derrubaram a Monarquia, daria continuidade as tradições de amor e de liberdade.
Nunca a sua figura de chefe da família
brasileira foi esquecida no altar das lembranças da Pátria do Evangelho, e não
só no Brasil. O eminente político de Caracas, Dr. Rojas Paul, chamou em seu
país o Cônsul-Geral do Brasil, Múcio Teixeira para dizer-lhe:
-
Senhor Cônsul-Geral do Brasil, peça a Deus que a sua pátria, que foi governada
durante meio século por um sábio, não seja doravante levada pelo tacão do
primeiro ditador que se lhe apresente.
E, abraçando-o sensibilizado, concluiu:
-
Acabou-se a única República que existia na América – o Império do Brasil.
Rusumo de Rudymara, baseado no livro "Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho", pelo Espírito Humberto de Campos e psicografado por Chico Xavier
Observação: Dom Pedro II, com 67 anos, segue sozinho para Paris, onde fica hospedado no Hotel
Bedford, onde passava o dia lendo e estudando. As visitas à Biblioteca
Nacional era seu refúgio. Em novembro de 1891, doente não saia mais do
quarto. morre no dia 5 de dezembro de 1891, em consequência de uma pneumonia.
Seus restos mortais são transladados para Lisboa, e depositado no
convento de São Vicente de Fora, junto aos da esposa. Quando revogada a
lei do banimento em 1920, os despojos dos imperadores foram trazidos
para o Brasil e depositados na catedral do Rio de Janeiro em 1921. Em
1925, foram transferidos para Petrópolis.
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