Homem e mulher, segundo os
espíritos disseram à Kardec são iguais perante
Deus e tem os mesmos direitos. Que,
somente os homens pouco adiantados do ponto de vista moral usam a força para
impor seu modo de pensar e agir. E que somente em sociedades primitivas pode
conceber que a mulher é inferior ao homem. Mas, houve uma época que a força do
homem dominou a mulher de maneira cruel e injusta. Filósofos discutiam se a
mulher tinha alma. A mulher tinha dono, primeiro o pai e segundo o marido.
No século 20 a mulher conquistou o
direito de trabalhar fora de casa; votar; administrar seu próprio negócio,
enfim, ela conseguiu exercer seu livre arbitrio. A partir daí seu modo de
pensar mudou. E toda mudança assusta, ocasiona briga, discussão, uma certa
desarmonia no relacionamento familiar. Por que? Porque a mulher passou a ter
duas jornadas de trabalho. Uma fora de casa e outra dentro. Então, ela passou a
não achar justo, por exemplo, que o homem não ajude nos afazeres da casa, já que ela passou a
ajudar nas despesas. E as mulheres que chamamos de “do lar”, trabalham a semana
todo com os afazeres da casa para que o marido saia tranqüilo para o trabalho.
Mas nos finais de semana, feriados e férias ela não acha justo que só o marido
usufrua desta regalia. Nestas datas ela quer que eles a ajudem. E o homem, com
caráter machista, acha-se ofendido. Porque ele foi criado achando que os
afazeres domésticos são coisas de mulher. Mas este abalo ou atrito foi e é
necessário para que haja modificações profundas, e com o tempo serão superados
na medida em que a humanidade assimilar plenamente um princípio fundamental: a igualdade de direitos entre o homem e a
mulher.
Mas, os espíritos também disseram
que, embora sejam iguais e tenham os mesmos direitos, as funções são
diferentes. O homem se destina aos trabalhos rudes, por ser mais forte; a
mulher aos trabalhos suaves. Isto não significa que o homem deva usar esta
força para escravizar, dominar a mulher, mas para proteger. Embora a mulher
seja mais fraca fisicamente, Deus deu a ela ao mesmo tempo maior sensibilidade
em relação com a delicadeza das funções maternais. E, esta função é ainda maior
que a do homem perante a Natureza, porque é ela que dá a ele as primeiras
noções de vida. Isto não significa que a mulher não deva trabalhar fora e
exercer seu livre arbítrio, mas a função “mãe”
cabe mais a ela. E ao homem cabe ajudar sua mulher nos deveres do lar, assim
como ela faz quando ajuda nas finanças da casa quando sai para trabalhar.
Afinal,
homem e mulher só existem na organização física, pois os Espíritos podem trocar
a roupagem física a cada encarnação, ou seja, o homem pode renascer num corpo
de mulher e vice-versa. Por isso, vemos, muitas vezes, homens desempenhando o
papel de mãe melhor que muitas mães. Pois, eles já passaram pela maternidade em
outras encarnações. E vemos muitas mulheres devotadas ao trabalho fora do lar
do que à maternidade.
Mas,
como espíritos imperfeitos podem ser bons educadores? Reconhecem-se as
verdadeiras educadoras não pela santidade, mas pelo “esforço” e pela “disciplina”
que trouxerem como bagagem, os quais serão os alicerces firmes e sólidos da “educação”. São valores reconhecidos
pelos que buscam acertar na tarefa. Então, devemos ter sempre conosco a legenda
“educar-se para educar”.
No
livro "Missionários da Luz", o Espírito André Luiz, conta através da
psicografia de Chico Xavier, a história de um Espírito que se preparava para
reencarnar, com a intenção de reparar o erro que cometeu como mãe na Terra.
Quando encarnada, foi devotadíssima mãe e esposa, mas contrariava a influência
do marido no lar e estragava os filhos com excessos de meiguice sem razão. Eram
três rapazes e uma jovem, que caíram muito cedo em desregramentos, e cedo
desencarnaram. Após desencarnar entraram em regiões baixas. Quando esta mãe
desencarnou, percebeu que falhou na educação dos filhos, então, implorou para
reencarnar junto deles novamente. Seu pedido levou mais de trinta anos para ser
concedido. Então, na nova encarnação, ela os receberia como filhos novamente,
sendo dois rapazes na condição de paralíticos, um na qualidade de débil mental
e, para auxiliá-la na viuvez precoce, teria tão somente a filha, que seria
também portadora de urgente necessidade de correção. Vejam a responsabilidade
de ser mãe.
Chico
Xavier disse o seguinte: "Várias vezes visitei com Emmanuel e
André Luiz, as regiões do Umbral... Não vi por lá uma criança sequer, mas pude
observar muitos pais que se responsabilizaram pela queda dos filhos - mais pais
do que mães!..."
Alguém
vai dizer: “e as mães que abandonaram
seus filhos?” – Divaldo diz que nós
renascemos não onde merecemos, mas onde temos necessidade para evoluir. Muitas vezes, retornamos na condição de filho de
alguém que foi nosso desafeto; voltamos à Terra entre pessoas que nós magoamos.
Muitas vezes, mãe e filho, por exemplo, foram inimigos no passado e hoje, em
nova encarnação, encontram dificuldades de relacionamento. Mas Deus os colocam
juntos para que façam as pazes. Por isso, vemos mães com maior afinidade com um
filho do que com outro e/ou filhos com maior afinidade com a mãe do amigo do
que a própria mãe. E se aquela mãe não nos quis, não nos criou, sejamos gratos
por ela não ter nos abortado, por ela nos dar a oportunidade de viver e de
evoluir. E quando os filhos são ingratos
aos pais? O mandamento de Deus pede para honrar
a seu pai e mãe, não somente respeitá-los: mas assistí-los na necessidade,
proporcionando-lhes o repouso na velhice, cercá-los de solicitude como fizeram
por nós em nossa infância. E quando os
pais foram relapsos e não cumpriram com suas obrigações de pais? Certos
pais, é verdade, menosprezam seus deveres e não são para os filhos o que
deveriam ser; mas cabe a Deus puni-los e não aos seus filhos; não cabe a estes
censurá-los, porque talvez eles próprios merecessem que fosse assim.
Então,
que os homens e mulheres, ao invés de ficarem medindo força para buscar
igualdade no vício, no sexo desregrado, para provar quem é mais forte, mais
inteligente, mais capaz, que se dêem as mãos para caminharem juntos. As funções
são diferentes, mas complementares. Deus conta com ambos para trazer Seus
filhos ao mundo para que tenham a oportunidade de passar por provas ou
expiações e para que os ajudem a sair daqui melhores que aqui chegaram.
Neste
dia das mães ouviremos muito que é uma “data comercial”. É sim, mas moramos num
planeta materialista. Sem estas datas o comércio, as fábricas iriam a falência.
Muita gente ficaria desempregada. Lógico que há exageros, mas moramos num mundo
de provas e expiação. Não podemos esperar muito dos moradores dele. Precisamos
observar o lado bom desta data. Muitas mães só são lembradas neste dia. Só
recebem visita, presente, um abraço, um beijo, uma prece, caso esteja
desencarnada. Então, aproveitem este dia, e todos os outros dias com suas mães.
Se estiver difícil visitar, ligue, mande uma mensagem. Se estiver desencarnada,
emita sempre um bom pensamento a ela. E se puder, alegre uma mãe que perdeu um
filho, que não tem um, que foi abandonada por um, que adotou um ou alguns. Não precisa dar presente
caro, escreva uma mensagem, coloque num envelope e entregue a ela. Pelo menos
deixe um uma caixa do correio. O importante é fazer uma mãe feliz.
Texto de Rudymara
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