"(...)Todas as fórmulas são mera charlatanaria. Não há palavra
sacramental nenhuma, nenhum sinal cabalístico, nem talismã, que tenha qualquer
ação sobre os Espíritos, porquanto estes só são atraídos pelo pensamento e não
pelas coisas materiais." (Questão
553 de O Livro dos Espíritos)
Infelizmente, muitos Centros Espíritas,
descuidando-se do estudo, enveredam por caminhos mágicos sustentados por velhas
superstições.
Há os que recomendam a aplicação de defumações no
lar, com o objetivo de afastar os maus espíritos.
Talvez afugente pernilongos . . .
Quanto aos invasores invisíveis, não há nenhuma
repercussão. A fumaceira poderá deixar os espíritos informados que naquela casa
há gente supersticiosa, facilmente influenciável.
Recomenda-se também, o banho de defesa.
O banho é salutar, revigorante, sem dúvida. Com
determinadas ervas e sal grosso, é relaxante e pode apresentar resultados
terapêuticos. Mas os benefícios param por aí.
Não existe couraça invisível erguida por qualquer
tipo de banho, por mais "defensivo" seja anunciado, capaz de nos
preservar de influências espirituais inferiores.
Se guardamos convicção de que defumações, banhos de
defesa, cruzes e semelhantes são recursos mágicos que nos protegem, estaremos
potencializando forças anímicas (da alma) que nos resguardarão.
Proteção
precária, vulnerável. Pior: proteção que experimentará desgastes com o
uso.
Um outro cuidado indispensável:
Não façamos do livro espírita um amuleto que devemos
ler eventualmente, quando desejamos neutralizar influências más.
Livro fechado, conhecimento aprisionado.
Nada nos servirão os livros espíritas se não os
consultarmos com regularidade de quem procura um alimento.
Assim cultivaremos a divina magia do saber, que nos
libertará de temores e superstições, como ensinava Jesus.
Richard Simonetti
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