Emmanuel informa, no livro “A
Caminho da Luz”, psicografia de Chico Xavier, que há cerca de dez mil anos um
planeta do sistema de Capela, situado na Constelação de Cocheiro, passava por
decisivas reformas, consolidando importantes conquistas morais. Diríamos que se
efetuava ali a transição anunciada para o próximo milênio na Terra: de “Mundos
de Expiações e Provas”, onde consciências despertas trabalham incessantemente
em favor da própria renovação.
No entanto, uma minoria
agressiva, recalcitrante no mal, barulhenta na defesa de suas ambições, ainda
que requintada intelectualmente, retardava a esperada promoção.
Decidiram, então, os gênios
tutelares que governam aquele orbe confiná-los em planeta primitivo, onde
estariam submetidos a limitações e dificuldades que atuariam como elementos
desbastadores de sua rebeldia.
A escolha recaiu sobre a
Terra, cujos habitantes praticamente engatinhavam nos domínios do raciocínio, e
que de pronto beneficiaram-se com a encarnação dos capelinos. Inteligentes,
dotados de iniciativa e capacidade de organização, dispararam um notável surto
de progresso. No curto espaço de alguns séculos a Humanidade aprendeu a
cultivar a terra, concentrando-se em cidades, aprimorou a escrita, inventou os
utensílios de metal, domesticou os animais...
A presença dos capelinos
explica o espantoso “salto evolutivo” que ocorreu naquele período, chamado
neolítico, que ainda hoje inspira perplexidade aos antropólogos.
Concentrando-se em grupos
distintos, explica Emmanuel, eles formaram 4 grandes culturas: egípcias, hindu,
israelense e européia, que se destacaram por extraordinárias realizações.
É interessante salientar que
nos princípios religiosos desses povos há a referência à sua condição de
degredados, particularmente nas tradições bíblicas do paraíso perdido.
Depurados após milênios de
duras experiências, os capelinos regressaram ao planeta de origem. Com a nova
migração, as civilizações que edificaram perderam consistência, sucedidas por
culturas menores, filhas do homem terrestre.
Informações da espiritualidade
nos dão conta de que estamos às vésperas de dois surtos migratórios em nosso
planeta.
O primeiro, marcado pela
encarnação de espíritos altamente evoluídos, que pontificarão em todos os
campos do conhecimento, num grandioso renascimento moral e espiritual da
Humanidade. Virão de esferas mais altas, preparando a promoção da Terra para
Mundo de Regeneração.
O segundo será constituído por
milhões de Espíritos acomodados, comprometidos com o mal, que se recusam
sistematicamente ao esforço por ajustarem-se às Leis Divinas, semelhante à
minoria barulhenta de Capela. Confinados em mundos primitivos, também
aprenderão, à custa de muitas lágrimas, a respeitar os valores da Vida,
superando seus impulsos inferiores.
Teremos, então, a decantada
Civilização do Terceiro Milênio, edificada sob inspiração dos princípios
redentores do Cristo, nosso Governador espiritual.
A “senha” que nos habilitará a
permanecer na Terra nesse futuro promissor está definida na terceira promessa
de “O Sermão da Montanha”: “Bem-aventurados os mansos e pacíficos, porque
herdarão a Terra.”
A mansuetude, característica do indivíduo que cumpre a lei, que observa a ordem, que respeita o semelhante, que superou o individualismo e venceu a si mesmo, superando a agressividade, será o emblema do homem terrestre nesse sonhado Reino de Deus.
A mansuetude, característica do indivíduo que cumpre a lei, que observa a ordem, que respeita o semelhante, que superou o individualismo e venceu a si mesmo, superando a agressividade, será o emblema do homem terrestre nesse sonhado Reino de Deus.
Richard Simonetti
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