sábado, 24 de novembro de 2012

TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

Jesus contou esta parábola:
“Um pai de família empregou vários trabalhadores, em várias horas do dia, uns pela manhã, outros à tarde, e ainda outros no final da tarde que estavam sem fazer nada. No fim do dia, pagou para todos a mesma quantia. Os que trabalharam desde cedo reclamaram e o pai de família disse:
-   Acaso teu olho é mau, porque sou bom? (Ele quis dizer: “Por acaso, você está com inveja, porque estou sendo bom?)
E Jesus termina a parábola dizendo: “Assim os últimos serão os primeiros e os primeiros serão últimos.”
 
 
O pai de família é Deus; a vinha somos nós, a Humanidade; e o trabalho, é a conquista das virtudes que devem enobrecer nossas almas.  Para alcançarmos estas virtudes, uns utilizam menos tempo, outros mais, para cumprir seus deveres perante a lei divina. O prêmio é um só: a conquista do Reino dos Céus, ou seja, a alegria espiritual porque conquistamos a evolução. Segundo Cairbar Schutel:"Jesus quis mostrar que, Deus não faz questão da quantidade do trabalho, mas sim da qualidade. Os que trabalharam na vinha, desde a manhã até à noite, não mereceram maior salário que os que trabalharam uma hora, dada a qualidade do trabalho."  Então, este texto está nos mostrando a importância da reencarnação: Todos somos trabalhadores da vinha do Senhor. Todos nós estamos sendo chamados a trabalhar nesta vinha a muitas encarnações. Os trabalhadores da 1ª hora são os que não souberam aproveitá-las, perdendo as oportunidades que lhes foram concedidas para se regenerarem e progredirem. Os trabalhadores contratados posteriormente simbolizam os espíritos que, em menor número de encarnações, fizeram melhor uso do livre arbítrio, caminhando em linha reta, sem se perderem por atalhos e desvios, sem errar tanto. Assim se explica porque os primeiros poderão ser os últimos, e os últimos os primeiros. Exemplo: Matriculam-se numa escola vários alunos na 1ª série, que são preguiçosos, faltosos. No outro ano matriculam-se outros alunos também na 1ª série, mas que são estudiosos, disciplinados.  Os preguiçosos que entraram primeiro na escola foram repetindo o ano e ficaram para trás. E os últimos, que são estudiosos e esforçados passaram de ano e receberam o diploma antes dos outros que entraram antes deles. Os que entraram por último na escola foram os primeiros a receber o diploma, e os que entraram primeiro foram os últimos.
Portanto, estamos sendo chamados a cada encarnação a este trabalho. Uns desde pequeno, outros na juventude; outros na maturidade; e outros na velhice.  Qualquer tempo é oportuno para cuidarmos do aperfeiçoamento de nossas almas, e, mesmo que estejamos velhinhos, desde que aceitemos, com boa disposição, o convite para o trabalho, haveremos de fazer merecer ao salário divino, que é o Reino dos Céus.
Cairbar Schutel diz também que "Esta parábola, em parte, dirige-se muito bem aos espíritas. Quantos deles por aí andam, sem estudo, sem prática, sem orientação, fazendo obra contrária ao que se pretende e ao mesmo tempo abandonando seus interesses pessoais, seus deveres de família, seus deveres de sociedade!
Chega-se a encontrar médiuns mistificadores que exploram a saúde pública; ora são os “gênios” capazes de abalar os céus para satisfazer a curiosidade dos ignorantes. Há uma outra ordem de espíritas que encerram-se entre quatro paredes, não estudam, não lêem, e passam a vida a doutrinar espíritos. Há Centros que se orgulham de ter muitos assistidos buscando cestas básicas todos os meses. Mas o importante é saber se não estamos viciando estes assistidos na ociosidade, na preguiça, na acomodação, no vício. Pois, não é a quantidade que importa, mas a qualidade da caridade que fazemos. Enfim, são muitos os que trabalham, mas poucos os que ajuntam, edificam, tratam como devem a vinha que foi confiada à sua ação."

Ex: Allan Kardec, que iniciou seu trabalho de Codificar a Doutrina Espírita aos 50 anos.

 
 
 
 
 
 
 

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