segunda-feira, 1 de junho de 2020

QUASE QUE DIVALDO CAI NA CILADA DE UM OBSESSOR




Fui pregar numa cidade, e hospedei-me numa residência onde havia predominância feminina. Era uma casa rica e ampla. Duas filhas casadas e outras solteiras. A família toda estava reunida para me receber. Logo notei o distúrbio na filha mais velha. Aquela ansiedade, a insatisfação, o desequilíbrio . . .
Registrei-lhe a aura muito carregada e, pelo tom, interpretei o seu problema. Sem nada me falar, notei o drama de esposa que estava vivendo. Mas, fui à tarefa, retornei e me deitei. Mais tarde, ouvi um ruído na porta e acordei assustado. Uma voz me chamava:
- Divaldo, Divaldo, me ajude! Abra a porta!
Levantei-me, vesti o paletó do pijama e, quando segurei a maçaneta da porta, vi a mão de Joanna de Ângelis, muito alva, segurando a minha. Ela me alertou dizendo:
- Não abra essa porta e fale muito alto.
Então exclamei:
- Um minutinho, estou me vestindo.
Do outro lado vinha o sussurro:
- Abra a porta!
Eu respondia quase gritando:
- Um momento, já vou. Vá chamar sua mãe.
Enquanto falava, ouvi o clique do interruptor na sala e o estalar de um golpe. Abri a porta rapidamente: era o pai, que estava de vigília e esbofeteara a filha. Coloquei-me à frente do genitor e indaguei:
- Mas, o que é isto?
O pai revoltado disse:
- Minha filha é uma indigna! O marido está dormindo e ela veio te perturbar. Não podemos ter um hóspede em casa porque ela . . . E usou expressões muito vis.
Para defende-la disse:
- Todavia, o senhor está enganado. O senhor me respeite! A sua menina está doente, me pediu socorro, mas, esqueci. Estava tão cansado! Você veio me pedir passe, minha filha?
- Foi. – disse a moça.
Então, dei-lhe a mão, pedi ao pai que fosse chamar a esposa, e disse para orarmos. Fizemos o culto do Evangelho. Enquanto isso, eu via o obsessor – um espírito de baixa vibração moral que vampirizava a moça. Era uma obsidiada do sexo, assaltada por volúpia sem-fim; quanto mais buscava, pior ficava. Havia perdido a dignidade perante si mesma, odiando-se, porque o obsessor tramava o seu suicídio ou assassínio pelo marido. Era um drama do passado. Após a leitura evangélica, magnetizamos a água, apliquei-lhe um passe demorado. Quando terminei, ela deu um grito dizendo:
- Mamãe, saiu algo de mim. – e abraçou a mãe chorando.
DIVALDO CONCLUI DIZENDO: “Até hoje somos amigos. Ela é avó, educou aquela força negativa e canalizou os excessos para aplicar passes. Revelou uma bela mediunidade curativa.
Mas, vamos supor que eu houvesse aberto a porta e ela entrasse. O pai, à espreita, iria imaginar que havíamos combinado o encontro. Armava-se um escândalo e, até explicar minha inocência, quem acreditaria? E com que facilidade os escândalos tomariam corpo! Porque existe muita maldade e maledicência, mesmo no nosso Movimento! Muitos diriam o que não poderiam provar, dando-lhe tons e tintas de realidade! Seríamos vítimas de uma cilada obsessiva.”
ATENÇÃO: Vigiemo-nos! Porque há uma população invisível que nos acompanha e influencia, muito mais que simplesmente presenciar nossas ações, transformam-nos, em instrumentos de seus desejos, manipulando-nos como se fôssemos marionetes.
Espíritos que foram vítimas intentam vingar-se de seus algozes; usurários defendem o ouro amoedado; ambiciosos pretendem sustentar dominação; famintos do sexo vampirizam sexólatras; gênios da maldade semeiam confusão; alienados da realidade espiritual perturbam familiares, viciados procuram satisfazer o vício.
Os espíritos farejam as chagas da alma como as moscas farejam as chagas do corpo.
Do mesmo modo que higienizamos o corpo para evitar a bicheira, limpemos também a alma de suas impurezas para evitar a aproximação dos maus Espíritos.

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