Quem se lembra dos trabalhos de escola que fazíamos buscando informação em biblioteca e passando a limpo no papel almaço ou datilografando? A capa do trabalho era tosco, simplório porque nós desenhávamos, escrevíamos e pintávamos a ilustração. Era um tempo que aprendíamos de verdade. Onde as escolas estaduais eram excelentes. Havia repetência sem xororô de recurso, só passava quem estudava, fazia tarefa, trabalhos escolares, as chamadas orais, ditado, prova surpresa, fosse de qualquer raça ou posição social. Alunos não precisavam de "bolsas" que, nada mais são que, declarações que o nível escolar é inferior. Tempo que colocávamos e recebíamos apelidos e nem sabíamos que era "bullying". Resolvíamos nossas desavenças na escola mesmo, nem levava para casa. E no dia seguinte, lá estávamos nós rindo, brincando, zoando um do outro novamente. Tempo que os pais chamavam atenção dos filhos quando professores eram desrespeitados. Hoje, muitas vezes, vemos os pais chamando a atenção dos professores por estes terem chamado a atenção dos seus filhos por estes terem sido mal educado, desrespeitosos com seu professor. Tempo que a maioria dos alunos diziam querer ser professor(a). Tempo que levantávamos da carteira, por respeito, quando um professor(a) ou diretor(a) entrava na sala de aula e dizíamos em coro "Bom dia". Tempo que não ganhávamos uniforme ou material escolar do Estado e os pais suavam para comprar. Tudo que tínhamos era simples, contado, nada era em abundância e ninguém se sentiu inferiorizado ou humilhado quando um coleguinha tinha algo mais, melhor ou diferente. A merenda era simples, não havia nutricionista e o lanche, quando tínhamos para levar, era pão com manteiga e suco de pozinho (K-suco). Tempo que cantávamos o Hino Nacional emocionadamente e aprendíamos a cantar os hinos da bandeira, do expedicionário, da independência.Tempo que aprendíamos a sermos gratos aos vultos nacionais, não éramos ensinados a ver os erros de conduta deles, que é normal do ser humano. mas os acertos. Tempo que tínhamos hora para chegar em casa, de dar satisfação de onde íamos e com quem estávamos, horário para fazer tarefa, de ajudar nos afazeres de casa. Tempo que aprendíamos a ser responsáveis, que gostávamos de estar com a família e de brincar na rua com os amigos(as). Tempo de muros baixos, pão e leite na porta sem medo de roubarem. Tempo de ORDEM e PROGRESSO em todos os setores, queiramos ou não. Depois, só andamos para trás na educação escolar que, quanto mais mudam a forma de ensino menos os alunos aprendem, na educação dos jovens, no respeito, na segurança, na saúde, nas músicas com suas letras chulas, simplórias e banais e nas artes em geral. As drogas dominaram muitos jovens e adultos, separou famílias, fortaleceu tráfico e traficantes que dominaram favelas, vidas causando insegurança na sociedade. O jeitinho brasileiro chegou querendo levar vantagem "desonestamente" em todos os setores, dentro e fora da política de direita e esquerda, etc... Enfim, ganhamos "liberdade" e não soubemos lidar com ela. Pena! Mas faz parte do crescimento. Como está no livro “Transição Planetária” de Philomeno Miranda: “Antes, porém, de chegar o momento da transição planetária, a violência, a sensualidade, a abjeção, os escândalos, a corrupção atingirão níveis dantes jamais pensados, alcançando o fundo do poço, enquanto as enfermidades degenerativas, os transtornos bipolares de conduta, as cardiopatias, os cânceres, os vícios e os desvarios sexuais clamarão por paz, pelo retorno à ética, à moral, ao equilíbrio(...)" Mas, para que isto aconteça, precisamos agir, separando o joio do trigo. Não aceitando programas de TV, músicas, danças, costumes, modas que atrapalham essa evolução. Não existe progresso sem ordem. Como disse Emmanuel: "a melhora de tudo começa na melhora de cada um." Pensemos nisso e façamos a nossa parte!
Texto de Rudymara
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