terça-feira, 11 de outubro de 2016

PROMESSA



ESPÍRITA FAZ PROMESSA?

Não. Promessa é costume dos católicos. Nós espíritas não barganhamos com Deus, Maria ou qualquer outro "santo". Por exemplo, há quem vá a Aparecida do Norte para agradecer a Nossa Senhora (Maria) por um pedido alcançado. Caminham quilômetros, carregam cruzes, velas, sobem ladeiras de joelhos, etc. Nós espíritas questionamos: "será que ela não ficaria mais contente se fizessem algo por alguém para retribuir o que "ela" fez a eles ou que mudassem seu modo de vida?" O sacrifício que Maria, Deus, Jesus e os benfeitores espirituais querem de nós é o da alma e não a do corpo físico. É a reforma íntima onde nos despojamos dos sentimentos, atitudes e palavras inferiores. Estes Espíritos de grande evolução que viveram e vivem conosco neste planeta devem ser exemplos para que sigamos seus ensinamentos na prática e não para virarem "santos(as)" para que, depois de sua desencarnação fiquemos apenas pedindo coisas para eles. Aliás, eles também fazem seus pedidos e nós não lhes damos ouvidos. Perguntemos: "Como estamos tratando nossos familiares, nossos colegas de escola ou trabalho?" "Nós perdoamos ou revidamos as ofensas?" "Respeitamos os mais velhos, os animais, as crianças, o próximo homo, hetero, negro, índio, branco ou a nós mesmos?" Enquanto isso, muitos se aproveitam para comercializar o nome de Maria e sua falsa imagem, pois ela era simples como o filho, não usaria coroa de ouro e não aceitaria estar vestida com roupa cuja franja é de ouro 14 K, as lantejoulas vieram da Tchecoslovaquia, o veludo é inglês e sua imagem é guardada em uma caixa de ouro. Precisamos lembrar que Jesus repreendeu o comércio no templo religioso e que sempre pregou a simplicidade. E todos os que o seguiram, verdadeiramente, também foram simples, exemplo: Francisco de Assis, Madre Teresa, Irmã Dulce, Chico Xavier e outros. Pensemos nisso!
Sei que o assunto é delicado, e qualquer forma que abordemos pode parecer desrespeitoso. Mas, saibam que, não é nossa intenção. Só colocamos o que pensamos e porque pensamos sobre certos assuntos. Sem querer impor a ninguém que aceite ou que mude seu modo de pensar e agir. Também não somos contra quem faz promessa. Não é nenhum crime, é uma necessidade que muitas pessoas ainda tem de fazê-lo. São ensinamentos que vieram de muito tempo. Temos muitos amigos católicos, inclusive padre, e não os ofenderíamos. Mas, somos de uma doutrina que nos faz pensar e questionar. Precisamos colocar nosso ponto de vista. E isso, as vezes, é difícil para nós e para quem lê. Mas, de qualquer forma, não se sintam ofendidos.

Rudymara



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