Anna Jarvis, nasceu em 1864 em Grafiton, Virginia
Ocidental e, embora fosse uma mulher extremamente bela, jamais se casou. Conta
um amigo que: “Anna teve um caso de amor mal sucedido e isso a deixou abalada e
desiludida. Daí por diante deu as costas a todos os homens”.
Ao sair da faculdade Mary Baldwin, em 1883, começou a dar
aulas. Não que precisasse do salário. Sua mãe, viúva, tinha boa situação
financeira. Alguns anos mais tarde, Anna, sua mãe e sua irmã mais nova,
Elsinore, que era cega, mudou-se para Filadélfia onde empregou-se como
assistente no departamento de publicidade de uma companhia de seguros. Assim
viveu dos 20 aos 40 anos. Então, em 1905, sua mãe, a sra. Jarvis faleceu. Foi
um golpe terrível que, entretanto, marcou o início de nova e vital etapa na
vida de Anna.
Contava ela, então, 41 anos, era dona de uma bela casa,
tutora da irmã cega e principalmente beneficiária da herança materna.
Enquanto decorriam os dias longos, o coração de Anna
sofria com a falta da presença da mãe, foi quando ela resolveu o seguinte:
instituir um dia consagrado às mães.
Sugeriu a ideia ao Prefeito Reyburn, de Filadélfia. Esse
foi o início da cruzada de Anna Jarvis. O ponto básico era - ela insistia - a
homenagem não só às mães vivas, mas, também, às mães que já haviam morrido. De
sua casa - feita quartel-general - ela dirigiu uma das mais estranhas e
eficientes campanhas epistolares de que se tem notícia. Escreveu a
governadores, congressistas, clérigos, industriais, clubes femininos - a
qualquer um que pudesse exercer influência. As respostas a essas cartas era tão
grande que Anna deixou o emprego que tinha a fim de dedicar-se inteiramente à
sua campanha.
Quando verificou que sua casa se tornara pequena para
servir de escritório, comprou a casa vizinha. Em breve era convidada a visitar
outras cidades para falar perante diversas organizações.
Escreveu e imprimiu folhetos sobre seu plano,
distribuindo-os gratuitamente.
Toda essas atividades consumiu boa parte de sua fortuna,
mas Anna jamais permitiu que isso a preocupasse.
Enquanto um grupo de mulheres lutava pelo direito de
voto, Anna lutava por uma causa mais sentimental. E a Virgínia Ocidental foi o
primeiro Estado norte americano a adotar oficialmente a data festiva.
Anna Jarvis, inspirada por esses primeiros sucessos,
continuou a escrever, a viajar, a fazer conferência até que, o verdadeiro grande momento de Anna chegou
quando o Presidente Woodrow Wilson assinou uma proclamação na qual recomendava
que o segundo domingo de maio (aniversário da morte da mãe de Anna) fosse
observado no país inteiro como o Dia das Mães.
Todavia, para Anna, esse triunfo não era suficiente.
Ainda era preciso conquistar o resto do mundo! E o seu esforço foi notavelmente
bem sucedido. Só no decurso de sua vida, 43 países adotaram o Dia das Mães. O
Brasil foi um deles. A 5 de maio de 1932, o então chefe do Governo Provisório,
Getúlio Vargas, promulgou oficialmente, pelo decreto 21.366, o segundo domingo
do mês de maio, o Dia das Mães.
Infelizmente o triunfo de Anna Jarvis em breve se tornava
a sua grande frustração. Ela escrevia desesperada por centenas de jornais:
“Estão comercializando o meu dia das Mães! Não era isso que eu pretendia! Esse
é um dia de sentimentos e não de lucros!”
Anna não queria que a festa da mãe pobre fosse diferente
da festa da mãe rica. Um simples cravo branco, a flor predileta de sua mãe,
bastava para exprimir um mundo de afeto!
Ela estava atônita. Inesperadamente viu-se pobre e só.
Todo o dinheiro de sua herança se fora.
Ela recolheu-se à sua casa na Rua 12 Norte. Levando pela
mão a passiva irmã Elsinore, fechou com firmeza a porta às suas costas. Daí
para frente recusava-se a receber quem quer que fosse.
Até que um jornalista a procurou dizendo que estava ali
para entregar uma encomenda. E com isso conseguiu a ultima entrevista. Foi na
véspera do dia das mães. Sua frase final foi:
- Antes não o tivesse feito! Lamento ter criado o Dia das
Mães!
Não passou muito tempo e, exausta, agonizante, Anna
Jarvis era levada para o Sanatório da Praça Marshal, na cidade de West Chester;
Estado da Pensilvânia. Morreu ali.
O que podemos observar sobre essa história?
Que Anna Jarvis se decepcionou em lutar para criar O DIA
DAS MÃES.
Por que Anna se decepcionou? Porque sua visão não era
espírita.
1º - Ela queria um dia em que todas as mães, encarnadas e
desencarnadas fossem lembradas e homenageadas pelos filhos. Isso é possível?
Não. Por quê? Porque há muitas famílias em desequilíbrio, desarmonia, desunidas
e cheias de conflitos do presente e do passado. Divaldo diz que nós renascemos não onde merecemos,
mas onde temos necessidade para evoluir. Muitas vezes, retornamos na condição
de filho de alguém que foi nosso desafeto; entre pessoas que nós magoamos.
Muitas vezes, mãe e filho, por exemplo, foram inimigos no passado e hoje, em
nova encarnação, encontram dificuldades de relacionamento. Mas Deus os coloca
juntos para que façam as pazes. Por isso, vemos mães com maior afinidade com um
filho do que com outro e/ou filhos com maior afinidade com a mãe do amigo do
que a própria mãe. Algumas mães abandonam
seus filhos, outras são relapsas. Sobre essas mães Divaldo diz o seguinte em
uma de suas palestras: se aquela mãe não nos quis, não nos criou, foi relapsa
no papel de mãe sejamos gratos por ela não ter nos abortado, por ela nos dar a
oportunidade de viver, encarnar para ressarcir débitos, aprender e de evoluir.
Não cabe a nós puni-la, ter ódio, desprezo, maltrato, mas a lei de Deus. Muitas
vezes tínhamos a necessidade de passar por aquilo.
2º - Anna queria
um dia que as homenagens fossem simples, oferecer um simples cravo ou uma flor
qualquer, sem gastos abusivos, sem comerciantes lucrando com a data
sentimental. Isso é possível? Não. Porque moramos num planeta materialista, que
ainda tem necessidade de movimentar o comércio para manter empregos. Vejam a
crise do nosso país em relação ao desemprego. Sem emprego as pessoas não
compram, daí fábricas, lojas, comércio em geral fecham. Dia das mães, Natal,
dia das crianças etc., movimentam a economia do país. Lógico que não deveria
ter exageros a ponto de ficar com nome sujo ou prejudicar quem vende, pq não
paga, comprar sem necessidade. Tem filho que faz o presente da mãe na escola,
coisa simples, mas que é feito com tanto carinho que vem impregnado de bons
fluidos. Eles ficam ansiosos para dar o presente para ver a reação da mãe. Em
compensação há quem compre um presente caro sem vontade, sem alegria de
presentear, por obrigação da data, por desencargo de consciência porque não
aparece o ano todo ou para ostentar aos pais e família. Então, o valor do presente
está no sentimento que vem com ele e não o valor que ele custou.
3º Anna queria q a festa das mães pobres não fosse
diferente das mães ricas. Isso é possível? Não. Porque qualquer festa da
família rica é diferente da família pobre. Quem já leu o livro Nosso Lar sabe
que no plano espiritual há hierarquia, que há remuneração que eles chamam de
bônus horas, que eles podem comprar roupas, casa. O ocioso ganhará roupa, sem
dúvida, mas quem trabalhar mais vestirá melhor. É diferente daqui da Terra?
Não. É uma maneira de ensinar o espírito a ser esforçado, a não ser preguiçoso,
a ser útil. Como está na questão 814 do O Livro dos Espíritos: “Deus concede a
uns riqueza e poder e a outros miséria para provar a cada um de maneira
diferente. Aliás, esses provas são escolhidas por nós antes de encarnar” São testes. E quem disse q a festa da mãe
rica é melhor do que a festa da mãe pobre? Muitas vezes vemos festas com
fartura, chic, mas os familiares não ficam a vontade por ter muita formalidade
ou porque não há harmonia entre os familiares. E muitas vezes, também, vemos na
festa pobre comida simples, mas união, risadas espontâneas.
Então, precisamos observar o lado bom desta data. Muitas
mães só são lembradas neste dia. Só recebem visita, presente, um abraço, um
beijo, uma prece (caso esteja desencarnada). Então, aproveitem este dia, e
todos os outros dias com suas mães. Se estiver difícil visitar, ligue, mande
uma mensagem. Se estiver desencarnada, emita sempre um bom pensamento a ela. E
se puder, alegre uma mãe que perdeu um filho, que não tem um, que foi
abandonada por um. Não precisa dar presente caro, escreva uma mensagem, coloque
num envelope e entregue a ela. Pelo menos deixe um uma caixa do correio.
Então, o espírita não é contra festa, troca de presente
ou presentear quem amamos, mas deve ser feito por amor, com sinceridade, sem
interesse, sem abusos de comilança, sem bebidas alcoólicas, sem gastos abusivos
com presentes. Que as mães sejam lembradas todos os dias, com gratidão, com
respeito... Hoje, com certeza, Anna Jarvis entendeu a importância dessa data e
que os desvios que acontecem nela são porque os moradores desse planeta estão
em expiação ou prova, recém-saídos da primitividade, sofrendo para fazer a
transição para regeneração...
TEXTO DE RUDYMARA
Nenhum comentário:
Postar um comentário