segunda-feira, 23 de outubro de 2017

MACUMBA PEGA?




Antes de mais nada, macumba é um instrumento africano de percussão e macumbeiro é quem toca este instrumento. 
Mas, no sentido de trabalho espiritual, precisamos esclarecer que mediunidade não é propriedade dos espíritas. Há médiuns espíritas e médiuns que não são espíritas e, os médiuns espíritas não utilizam sua mediunidade para trabalhos que prejudiquem o próximo. Seria incoerente falar de Jesus que ensinou a perdoar, amar o próximo e o inimigo, etc. e prejudicar alguém. Espíritos desencarnados que pedem coisas como sacrifícios animais ou humanos, bebida alcoólica, charutos, comida, em troca de "favores", na visão espírita, precisam de esclarecimento cristão. Eles ainda estão apegados a coisas materiais e sentimentos inferiores. Os que buscam, os que intermediam e o espírito que aceita tal trabalho estão contrariando a Lei de Deus. Respeitamos o livre arbítrio de cada um, mas, devemos advertir que trabalhos que prejudicam o próximo não é uma prática espírita. Espiritismo deve ser entendido como a Doutrina surgida na França, cujo ensinamentos foram trazidos pelos Espíritos e organizados por Allan Kardec nos 5 livros: "O Livro dos Espíritos", "O Evangelho Segundo o Espiritismo", "O Livro dos Médiuns", "A Gêneses", "O Céu e o Inferno". Embora algumas casas espiritualistas adotem os livros da codificação, nem sempre elas são casas espíritas.
O Espiritismo não tem: dogmas, rituais, vestes especiais, cálice com vinho ou qualquer bebida alcoólica, incenso, mirra, fumo, altares com imagens, andores, velas, procissões, trabalhos espirituais, talismãs, amuletos, sacrifício animal, santinho, horóscopo, cartomancia, quiromancia, astrologia, numerologia, pagamento de promessas, despachos, riscos de cruzes e pontos, não tem curas espirituais milagrosas, fórmulas mágicas para resolver problemas sentimentais ou financeiros, etc.
O que o Espiritismo explica, em relação a este tipo de "trabalho" é que, os agentes das sombras (espíritos malfazejos), contratados para fazer o mal, não têm o poder de criar o mal. Apenas alimentam o mal que há na pessoa.
Ninguém faz mal para ninguém, porque o mal só nos atinge porque está dentro de nós.
Jamais seremos induzidos à violência se conquistamos a mansuetude.
O Espírito evocado não exerce uma influência irresistível sobre uma pessoa, ele apenas explora a tendência da pessoa, por exemplo, se a pessoa gosta de bebidas alcoólicas, este Espírito irá "sugerir" que esta pessoa beba sempre, até causar um mal á saúde dela ou á vida dela; se uma pessoa é negativa, só fala em se matar, este Espírito só irá "sugerir" que esta pessoa se mate. Então, o mal que devemos temer, é o mal moral, que ainda se encontra em nossa vida. Os Espíritos farejam as chagas que se encontram em nossa alma. Muitos acham mais fácil buscar algum lugar que "afaste" o Espírito obsessor do que esforçar-se para mudar de atitude. O certo é criar o hábito de orar, de manter o pensamento e atitude no bem do próximo e no nosso bem. Quando soubermos que alguém tentou nos fazer mal, não sinta raiva e não queira revidar, ore por ela, é uma pessoa que ainda se encontra na ignorância no assunto "amor ao próximo", ainda não traz Jesus em suas atitudes. Nós temos, infelizmente, a facilidade em acreditar no poder do mal do que no poder de Deus que é maior que qualquer força negativa. Mas, lembremos Deus não nos livra do Mal, Ele apenas mostra como devemos nos livrar dele. Deus não é babá de ninguém. Se Ele fizesse tudo por nós, ninguém se esforçaria para melhorar suas atitudes.
Então, o que devemos fazer para evitar o nosso envolvimento com o mal? Jesus nos legou a fórmula perfeita para evitar o envolvimento com o mal: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação.” É preciso exercitar constante vigilância, não no próximo, mas em nós mesmos. Vigiar nossos impulsos, as ideias que surgem em nossa mente, nossos desejos, tendo por parâmetro a moral evangélica que nos oferece o roteiro ideal para uma existência equilibrada e feliz. Em qualquer atitude que tivermos de tomar, perguntemos: "O que cogitamos é compatível com o Evangelho?" Se a resposta for negativa, nos detenhamos imediatamente em oração, rogando a Deus forças para resistir à tentação.


Rudymara




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