O texto
Evangélico relata que Jesus apareceu materializado a Maria Madalena, após o
terceiro dia de sua morte.
O diálogo estabelecido entre Ele e Madalena neste
acontecimento, está narrado em forma de poema pelo Espírito Maria Dolores,
através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, sob o título Amor e Perdão
do livro Coração e Vida, o final desse diálogo apresentado a seguir, revela o
imenso amor de Jesus, que após a sua morte, vai ao encontro de Judas, que se
enforcou, ao constatar que o Mestre fora crucificado por culpa de sua insensata
ambição política.
E Madalena fora ao túmulo querido
Entre pedras de extremo desconforto...
Levava flores para o Mestre morto,
Tinha o peito magoado e enternecido.
O Sol reaparecia, resplandecente,
A névoa da manhã fundia-se no ar,
Na dourada invasão das flamas do Nascente,
Maria estava ali, unicamente,
A fim de estar a sós, recolher-se e chorar.
A desfazer-se em pranto, ela argüía:
- “Por que, por que Senhor?
Tanta saudade e tanta dor?!...
Toda a felicidade que eu sentia
Jaz aqui sepultada...
Transformou-se-me a vida em sombra e nada
No ermo deste pouso derradeiro...”
Nisso, ela viu alguém... Seria um jardineiro?
Um zelador daquele campo santo?
Mas tomada de espanto,
Viu-se à frente do Mestre Nazareno,
O excelso benfeitor ressuscitado,
A envolver-lhe de paz o coração cansado...
Ela gritou: “Senhor!”
Ele disse: “Maria!”
Ela era a expressão da perfeita alegria,
Ele, o perfeito amor.
Madalena ajoelhou-se e quis beijar-lhe os pés...
- “Maria, por quem és” – explicou-se
“Não me toques, porquanto
não te esperava aqui neste recanto,
e ainda não fui ao Pai revestir-me de luz...”
Maria, surpreendida,
indagou em seguida:
- “Senhor, onde estiveste?
Em que jardim celeste
Encontraste o descanso necessário,
Que vem de Deus, nos dons da paz completa?
Perdoa-me, Senhor, a pergunta indiscreta,
Dói-me, porém, pensar na angústia do Calvário,
Revolto-me, padeço, mas não venço
A mágoa de lembrar-te o sacrifício imenso”
Entre pedras de extremo desconforto...
Levava flores para o Mestre morto,
Tinha o peito magoado e enternecido.
O Sol reaparecia, resplandecente,
A névoa da manhã fundia-se no ar,
Na dourada invasão das flamas do Nascente,
Maria estava ali, unicamente,
A fim de estar a sós, recolher-se e chorar.
A desfazer-se em pranto, ela argüía:
- “Por que, por que Senhor?
Tanta saudade e tanta dor?!...
Toda a felicidade que eu sentia
Jaz aqui sepultada...
Transformou-se-me a vida em sombra e nada
No ermo deste pouso derradeiro...”
Nisso, ela viu alguém... Seria um jardineiro?
Um zelador daquele campo santo?
Mas tomada de espanto,
Viu-se à frente do Mestre Nazareno,
O excelso benfeitor ressuscitado,
A envolver-lhe de paz o coração cansado...
Ela gritou: “Senhor!”
Ele disse: “Maria!”
Ela era a expressão da perfeita alegria,
Ele, o perfeito amor.
Madalena ajoelhou-se e quis beijar-lhe os pés...
- “Maria, por quem és” – explicou-se
“Não me toques, porquanto
não te esperava aqui neste recanto,
e ainda não fui ao Pai revestir-me de luz...”
Maria, surpreendida,
indagou em seguida:
- “Senhor, onde estiveste?
Em que jardim celeste
Encontraste o descanso necessário,
Que vem de Deus, nos dons da paz completa?
Perdoa-me, Senhor, a pergunta indiscreta,
Dói-me, porém, pensar na angústia do Calvário,
Revolto-me, padeço, mas não venço
A mágoa de lembrar-te o sacrifício imenso”
Mas Jesus respondeu:
- Não Maria, não fui ainda ao alto. Nem me elevei sequer um
palmo a luz do firmamento. Quem ama não consegue achar o céu de um salto. Ao invés de
subir aos altos esplendores, desci, mas desci muito aos reinos
inferiores. Despertando no túmulo escutei os gritos de aflição de alguém
que muito amei, e que muito amo ainda. Embora visse além a luz sempre mais linda. Sentia nesse
alguém um amado companheiro, em crises de tristeza e de loucura. Fui à sombra abismal para a grande procura. E ao reencontra-lo, amargurado e louco, a ponto de não mais
me conhecer. Demorei-me a afaga-lo, e pouco a pouco, consegui que ele
enfim, pudesse adormecer.
- Senhor? - Interrogou Madalena. - Quem é o amigo que te fez descer antes de procurar a Luz do
Pai?
Mas Jesus replicou em voz clara e serena:
- Maria, um amigo não esquece a dor de outro amigo que cai.
Antes de me altear a celeste alegria, ao sol do mesmo amor a Deus em
que te enlevas. Vali-me após a cruz, das grandes horas mudas, e desci para as
trevas, a fim de aliviar a imensa dor de Judas.
Maria Dolores - Chico Xavier
Essa revelação, via mediúnica, esclarecendo onde esteve o Cristo nos três dias após de sua morte, fato não registrado no Novo Testamento, demonstra sobretudo, a extensão da infinita misericórdia de Jesus, para todos os sofredores.
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